Conversa
Eu posso conversa com uma, duas, três ou quatro mil pessoas por dia e nada será atraente ou original, as pessoas são cópias umas das outras e tanto faz sair com A ou com Z sempre escutarás as mesmas baboseiras.
Você acredita que já te esqueci.O que você não sabe, é que todos os dias olho nossa última conversa no facebook.
O Novo Velho.
Esse jeito de nossa prosa
mais parece um galanteio
que conversa de gente nova
Dizem ser coisa de velho
Que preciso me atualizar
Pois para mim não importa
eu gosto sim !
eu gosto assim ,
como antigamente era bonito o jeito de se amar .
Uma conversa ao pé do ouvido traz desconfiança porque é do mal, se fosse do bem, não seria ao pé do ouvido.
Uma conversa longa com alguém importante, marca muito mais que momentos fisícos.
Acredito que a verdadeira conquista parte do intelecto, parte de dentro. Que primeiro devemos ganhar a alma, pra poder ganhar o corpo.
Assim como primeiro faz-se ausente a alma, e só mais tarde é que o corpo se despede.
Daí que homens que tocaram a alma, são mais inesquecíveis do que aqueles que tocaram somente o nosso corpo.
Não é a ida a um determinado lugar ou a conversa com determinada pessoa que nos transforma e nos torna pessoas melhores, mas sim o encontro consigo mesmo e nesse encontro, perceber e abraçar Deus, O habitante de ti mesmo!
Certas pessoas não valem a pena serem lembradas,
nem para dizer em uma conversa atoa
que elas mal são lembradas.
Aí você está numa ótima conversa no celular pedindo que nunca chegue a hora de dizer: tenho que desligar!
Não preciso andar no salto 15 pra mostrar quem eu sou, não vivo da conversa dos outros, dos olhos dos outros ou do que os outros possam julgar! Gosto de pés descalços e cabeça erguida, da simplicidade presente nos mínimos detalhes, sei lá , me preocupo em VIVER !
Na vida tudo tem jeito, uma boa conversa é suficiente para as coisas voltarem para o seu lugar de origem. Ninguém vive procurando culpado em tudo o que dar errado, procuram sim, solução para em outra oportunidade dar certo.
As promessas ficaram sobre a mesa. A conversa também ficou sobre a mesa. Atirei meu coração sobre a pilha já feita. Num ímpeto a mesa virou. Não sei se foi a minha ou a mão dele, mas não importa agora. Não existe mais. Pertence ao chão agora. E logo mais, ao nada!
Turbilhão
Escuta o final de uma conversa ao telefone, quando se senta ao lado de uma mulher no ônibus:
- Mas olha, Valmir, eu vou ter que desligar. Meu bônus tá acabando e eu ainda tenho que falar com…
Mas deixa a conversa alheia para lá. Mergulha nos sentimentos daquela música que ainda cantarolava desde que saiu de casa. Era de Caetano (sempre), I’ts a long way. Pegou dois ônibus para chegar ao seu destino e, na metade do caminho do segundo, um da linha 500 e alguma coisa, repetia, já cansada:
- “We’re not that strong, my lord, you know we ain’t that strong. I hear my voice among others…”
Mergulha não só nos sentimentos que essa música lhe causa, mas cai de cabeça na sua vida. Dói. Ela sempre dói. Sempre falta alguma coisa, sempre tem algo de errado. Ela, menina. Ela, mulher. Ela tão confusa. Incompreensível até para ela mesma. Dói. Sua cabeça bagunçada. Entorpecida, nada disso lhe vem à tona. Mas assim, pegando dois ônibus de uma vez só e triste com as coisas que não tem controle sobre, pensa em tudo. Sempre se entristece. Sempre acha que tem algo errado. O que seria? O que será? O que é?! As perguntas sempre lhe angustiaram. Mil imagens passam pelos seus olhos abertos que fingem observar as coisas que passam borrando pela janela. Mas não dá tempo de entender nada, ela pede parada, tem que levantar logo porque o ônibus tá lotadíssimo de gente, tá apertado. Desce, anda pela rua de pedras pretas e brancas, observando o anel no dedo do seu pé. Pensa que é melhor deixar para lá… são só coisas da sua cabeça, invenções que ela nunca compreende mesmo. Tem tempo para essas loucuras mínimas - ou máximas -, não. Vai embora, esquece a perturbação momentânea que teve. Já não sabe mais direito o que é sossego. Mas pensa que pode amar, ainda. Quem sabe esteja chegando a hora de novo. Pensa que daqui a dois ou três dias estará meditando e tomando banho de cachoeira. Pronto! Contenta-se com as coisas que lembra, assim, do nada. Mesmo quando são as memórias saudosas da sua breve vida. Conversa com as outras pessoas e brinca, sorri, dança. Passou. Pelo menos por enquanto.
Em uma conversa só, disse tudo que tinha dentro de mim, em um pedaço de noite externei meus pesados sentimentos, dei risadas, matei um pouco das saudades ao ponto que criava outras de um tempo que nunca existiu, renovei minhas agonias assim como minha esperança de que a incerteza é a unica que prevalece, pois bem, agora tenho mais um passatempo que é pensar nessa conversa, um quarto de noite em um quarto, serve de início para longas noites mal dormidas, juntando os pedaços do ontem e do hoje, chorando e sorrindo por motivos tão torpes quanto o próprio amanhã.
Via: Real
Essa de que " só me arrependo do que não fiz " é pura conversa, todo mundo tem algo que fez e nunca faria de novo.