Contos de Fábulas
A Princesa e a Incerteza
Era uma vez, num reino muito distante, uma princesa de pele clara como a neve, ela tinha o corpo coberto de estrelas e seus cabelos mudavam de cor assim como seu humor. A princesa adorava cantar, era amorosa e muito alegre. Ela não vivia num palácio, pelo contrário, vivia em meio a simplicidade, porém a princesa nunca se importou com isso, pois para ela o amor era seu bem mais precioso. Seu reino sempre foi conhecido por ser muito alegre, cheio amor, planos, sonhos e principalmente esperanças.
Um dia esse belo reino foi tomado por uma escuridão horrível. A princesa perdeu tudo o que lhe era mais precioso, sua vida, antes tão alegre se tornou vazia e sem cor. As canções, antes cantadas com tamanha alegria, se calaram e seu coração se partiu com a solidão que ali se fez.
A princesa, sempre muito determinada, não aceitou que seu destino fosse esse e depois de muita tristeza resolveu lutar, virou guerreira. Suas batalhas contra a escuridão eram diárias, incansáveis, ferrenhas. Ela estava tão determinada a mudar seu triste destino que não percebeu quando uma nova moradora chegou ao reino. Ela era silenciosa e parecia inofensiva. Seu nome era incerteza.
A incerteza se alimentava de cada pedacinho da guerreira, mas seu apetite tinha uma predileção por esperanças. A cada dia a Incerteza consumia mais e mais suas esperanças e com ela se iam também as alegrias, sonhos, planos. Tudo aquilo que levara tanto tempo tentando recuperar.
A guerreira enfim notou a Incerteza, ela estava grande e muito forte. Tão forte que a guerreira com medo, correu para bem longe e deixou somente a princesa ali. A princesa mais uma vez determinada enfrentou a Incerteza como pôde e ao se ver fraca para lutar sozinha gritou por socorro, mas ninguém a ouviu. Então ela gritou mais e mais. Gritou, suplicou, rogou, mas o socorro nunca chegou.
Dizem as histórias a princesa gritou tanto que perdeu sua bela voz. Alguns camponeses juram ainda ouvir seus gritos nas noites mais silenciosas, mas a princesa, aquela do reino das alegrias, essa nunca mais foi vista.
Iasmin Borges
Lábios
Qualquer dia desses vai acontecer uma chuva dentro de você, quando você se pegar pensando em mim. Vai escorrer nas suas pernas. Só que você nunca vai me falar. Vai ser assim... você estará distraída, no sofá, na sua cama, ou em algum lugar por aí. Sua cabeça vai me buscar, vai buscar minha boca, vai buscar minhas ideias, vai buscar minha imagem, vai buscar minha voz e minha voz vai falar baixinho na tua orelha. Minha voz vai reconhecer as coisas mais lindas em você, minhas voz te fará se sentir acessa, brilhante como uma estrela e viva como nunca, minha voz acompanhada do tato do meu queixo encontrará a tua nuca, acompanhado do meu olfato sentirá teu cheiro, ligeiramente respirando perto do teu pescoço,minha voz acompanhada das minhas mãos tocará tua cintura, acompanhado da minha força apertará você mas de forma suave, pressionando seu corpo no meu corpo, encostando minha respiração na tua. Nesse momento tua pele não estará mais tão branca, o sangue agitado na sua corrente sanguínea deixará teus batimentos cardíacos mais acelerados, a tua respiração ofegante, teus olhos hipnotizados, tua boca seca e tua calcinha molhada. Se você estiver de calcinha.
E eu nem toquei teus lábios.
E foi só um sonho.
04/05/2019
Contando as horas
6:45Am
Bocejo sossegado, olhar pesado, pálpebras fechando e cá estou eu, pensando em você!
6:50Am
Andar cambaleante, um samba bêbado até o banheiro, água da cabeça aos pés, pensamentos se organizando e cá estou eu, pensando em você.
7:15Am
Café quente, leite frio, queijo coalho, torrada morena, manteiga cheirosa, paladar apurado, Café-da-manhã concentrado e cá estou pensando em você.
7:45Am
Trânsito parado, semáforo quebrado, rádio sintonizado, música de Erasmo Carlos e cá estou eu, pensando em você.
10:00Am
Escritório desorganizado, papel pra tudo que é lado, ao lado uma janela grande, eu em pé ali me lembrando da música no carro “Amada amante” Remetendo a todo instante... Você.
12:15PM
Comendo rápido, almoço acelerado, pra poder entrar no carro terminar o meu trabalho e correr pra poder te ver.
3:55PM
Relógio em frente à mesa, tic-tac assustador, o tempo para a todo instante e tão longo e aborrecedor.
5:00PM
Saindo apressado, tropeçando no assoalho, secretária educada “Tenha uma boa tarde empresário”.
6:30PM
Pego ansioso o elevador. Subo para o 13º andar, toco sua campainha, você abre a porta tranquila e sorri. Eu nem um pouco calmo carrego você em meus braços, rasgo seu vestido mais caro e desejo que a noite não tenha fim.
11:32PM
Olho apaixonado aquele rosto delicado, digo, dessa vez bastante calmo – “Pensei em você todo o dia”, você sem acreditar, mas emocionada declara “Contei os minutos pra te ver!”. Eu ri.
(...)
Vaga a mente numa exaustão profunda e encontra o fim do que parece ser a tolerância, trama o plano de fundo fronteirando o inalcançável, segue o longo, estreito e profundo abismo estendido infinitamente sob o céu escarlate de poeira vermelha vagando com o vento seco levando consigo resquícios de esperança qual clama por seguir adiante e atravessar o desfiladeiro dos cânions abissais que cercam e emparedam-o aos cantos escuros das sombras geladas.
Teme os estrondos longínquos que vagam pela grande vala, das nuvens carregadas em algum lugar a despejar torrentes de águas a escavar e aprofundar valetas no solo que de tão seco não enxarca. Tempestades que ameaçam dar por fim um gole sedento e refrescante engolindo para o fundo dessa garganta todo irrelevante presente, presos, entalados, incapazes de se defenderem do tumultuoso reboliço gélido e embarrado da saliva secular que torna a jorrar dos céus para terra numa faxina destrutiva reiniciadoramente confortável.
O sol lá fora ferve e frita os que vagam num passeio infernal por entre as areias escaldantes e entorpecedoras, passos que levam o ser cada vez mais perto do fim de seus curtos tempos. Enquanto lá em cima desejam o fechar do tempo e o cair da chuva, aqui em baixo só se procura sentir novamente um confortável sopro de vento refrescante. Cansado de olhar para a silhueta das bordas do precipício, vaga procurando por algo caído, folhas, galhos, flores, sementes, qualquer coisa que alimente a esperança desconfiada da remota chance de sair dali, espera que esteja descendo rumo a um lago ou riacho, pelo menos o fim dessas paredes que o engolem mais a cada hora que passa, a cada passo que hora em hora ficam mais insensíveis à caminhada fatídica infindável do vale que engole a todos e digere até mesmo a sanidade.
Restos de carniça, abandonada, esquecida, refugada pelos livres urubus a voar tão alto que daqui parecem moscas no risco de céu que se vê. O derreter paciencioso da carcaça fedorenta vai sendo banqueteada calmamente por vermes lúgubres
habitantes isolados nesta garganta que a tudo abandona
deixa morrer
se findar
acabar
porque ela
final
não possui.
Desprovida de fim serpenteia a eterna víbora por entre o quente e desértico solo, rico em ausências e espaços, imensidões vazias que põe qualquer infeliz vivente à condenação de ser devorado mais pelo tempo que pelos vermes. Vastidão isolada de qualquer presença, tendo o uivar dos ventos no alto das entranhas como companhia, o aguardar paciente das aranhas em seus emaranhados nós tricotados com exímia destreza milenar, calmamente a espera de um inseto qualquer que por azar o destino lhe finda a vida neste fim de mundo enrolado numa teia tendo suas últimas lástimas ouvidas por um vagante tão azarado quanto ele que de tando andar no fundo do abismo já alucina e ouve lastimando a pequena criatura que alimenta o predador com suas energias, lembranças, sentimentos e sonhos nunca alcançados.
(...)
Pegou atalhos, passou à frente levando tudo olhou para trás e começou a atirar. Conseguiu montar um forte onde instalou-se e de lá continuara atacando.
Até que um dia, um raio partiu ao meio a torre onde estava instalada, uma forte língua dágua saiu do mar e invadiu as suas instalações e ela foi levada para o mais profundos dos mares, onde foi degustada pelas criaturas marinhas.
A sua alma vagueia, atormentada pela própria consciência e a sua descendência cuspirá sobre a sua lápide simbólica.
Ai de ti...
Vou te falar o que sempre falo para alguns dos meus amigos:
Só evite se magoar.
Evite o desnecessário.
Evite as expectativas.
Evite as ilusões negativas, mas ame as ilusões que só te fazem bem!
Viva o momento, mas não seja escrava do momento.
Quando se investe em qualquer relação, a coisa mais importante, é está atento e consciente. No mais, tudo brota.
Depois é só esperarmos pra ver se a colheita vai nos trazer bons ou maus frutos. E apesar de esperarmos o melhor, sempre tem a porcentagem de danos. Afinal, vivemos fora dos contos de fadas.
Meu Ernesto Azul...
Voltava eu daquelas paragens de Pirapora, dirigindo meu possante Gordini Delfini, carinhosamente tratado por Ernesto, já de cor não muito definida, trazia uns leves amassados em ambas as portas, umas ferrugens no piso, faltava-lhe o retrovisor esquerdo e o para-choque traseiro... nada demais!
Mas aquele Gordini era meu xodó, até carreto o “bravo Ernesto” fazia: meio metro de brita ou de areia pra ele não era nada. Só não se dava bem com subidas, em compensação, nas descidas, ninguém e nem nada o segurava. Um detalhe que não podia de esquecer, no momento de passar a marcha, tinha de ir da primeira pra terceira... em algum momento ou lugar, ele perdeu a segunda marcha, porém, uma certeza eu tinha: um dia, mesmo que não parecesse, sua já havia sido cor foi azul, mas, não um azul qualquer, um de respeito, admirável e solenemente azul. Bem, mas isso se deu em tempos que eu ainda não havia vindo ao mundo.
Dona Orsina, mãe de “Zé Goiaba”, me encomendou um carreto: levar 14 frangos até o sítio de João da Grelha. Em troca de “dois dedos” de pinga, Juvenal aceitou a incumbência de me ajudar nessa empreitada, mas, não deu muito certo, numa curva de chão batido, entre a porteira da Fazenda Craviola e a ponte do Manguezal, meu amigo Ernesto foi, literalmente, atropelado por um boi. Mas, não um boi qualquer! Foi um desses de grande porte, de passos firmes, grandes orelhas caídas, negro focinho, peitoral extenso, parecia ter sido “construído” de concreto e músculos, coberto por uma pele negra, com algumas manchas brancas e outras, em leves tons marrons, reluzentes. Estava selado o destino de Ernesto: faleceu ali, naquela curva e o boi, seguiu em frente... sequer olhou pra trás. Seguiu seu caminho, me deixando apenas com o que sobrou de meu companheiro, dores pelo corpo e vendo os frangos entrando no manguezal.
Pensei até em fazer o velório e o enterro de Ernesto, mas o Padre Policarpo me aconselhou a não fazer, segundo palavras dele, “seria uma sandice”, na hora, entendi sanduiche, e rebati: “Não sô padre, vô fazê é o enterramento do Ernesto, num é um lanche não”, e o Padre nem respondeu, virou as costas e saiu resmungando: “é cada uma que parecem duas...”.
Voltando àquela curva, onde jazia Ernesto, me deparei com Bento Carroceiro e, entre uma prosa e outra, contei a ele de meu luto e que não ia conseguir enterrar Ernesto. Foi quando Bento me disse: “mas ocê é bobo demais, sô! Hoje, ninguém enterra mais ninguém não, só toca fogo e pronto. Depois, pega as cinzas e joga no rio. Isso é que é coisa chique”.
Pensei, matutei e decidi seguir o conselho de Bento. Toquei fogo em Ernesto ali mesmo e fiquei olhando ele queimar. Chorei muito, doeu fazer aquilo, mas o que mais me intrigou foi o caminhão de feno de Tião Matadô passar ali exatamente na hora que Ernesto queimava. Senti cheiro de mato queimando e, logo que olhei pro fim da curva, vi que o feno que o caminhão de Tião Matadô levava, queimava e a chama já subia pra mais de 10 metros...
O tempo e o espeço nunca estão separados, pois não podem viver sem a companhia do outro. Mas você sabe o porquê? É sobre isso que esta estoria vai contar.
Era uma vez dois grandes irmãos um era chamado de Tempo, o outro era o Espaço. O Espaço era um garoto alegre, sempre radiante e cheio de energia. Já o tempo, bem, era sempre mal humorado nunca era uma boa hora para ele.
Um dia, um humano conseguiu se aproximar dos irmãos e conversou com o Tempo.
"Tempo, por que é sempre mal humorado?"
"Não sou mal humorado, sou apenas uma pessoa entediada."
"entediada por quê? Você é incrível, sabe tudo que já ocorreu e tudo que ocorrerá. Como pode se entediar dessa forma?"
"O Espaço diz a mesma coisa, mas e daí que sei de tudo? Conheço o passado, mas não posso muda-lo, vejo o futuro, mas não posso evita-lo. O tempo é algo magnifico, mas o único que podemos viver é o presente. Eu sou o único ser de todos os seres que não foi abençoado com o tempo, não vejo passado, presente, ou futuro, eu não sei o que eu vejo! Nem sei se essa conversa já aconteceu, vai acontecer, ou está acontecendo! Eu só queria ter tempo."
Suas lágrimas ecoaram pelo seu irmão, Espaço. Ele mandou o humano embora e consolou seu irmão.
"Por que nunca me disse isso antes?
"pra que!? Eu sou amaldiçoado, nunca vou poder... ", Tempo não conseguia terminar suas frases, de tantas lágrimas que soltava.
"Então vamos nos unir."
"mas..."
"Assim você conseguirá sorrir"
"Mas assim você perderá sua liberdade, não poderá sair na hora que quiser, ficará preso."
"Qual é o problema? Não é justo que apenas eu sorria."
Porque nos contam contos de fadas quando crianças?
Crescemos com uma expectativa muito errada sobre a vida.
Crescemos e vemos que a vida não é nada daquilo que nos contavam quando éramos crianças.
A vida é dura, é triste, é difícil.
Temos que lutar muito para chegar perto de um possível "final feliz".
Lição de um cão putrefato
Certo dia a caminhar e pensar minha'mada,
Conjecturando se o amor me abatera pela beleza.
Não foi por serdes bela, esta foi minha certeza,
Após estudar um cão putrefato na estrada.
Parei à estudar aquela coisa torta.
Outrora criatura, agora poço de verme.
Transmutaram em piscina a antiga epiderme.
A vida surgindo da vida já morta.
É estado da mente a beleza encantada.
Muito aprendi em pouca caminhada.
Aprendi a lição e nisto sou grato.
Não sei se por justiça natural ou ironia,
Mas sei que tua beleza, querida, algum dia
Será semelhante à do cão putrefato.
►Mariana
Mariana era uma garota tímida
Uma garota deprimida
Na escola, vivia escondida
Apesar de ser filha de uma professora
Apesar de ser sobrinha da diretora
Mas, pelas colegas era atormentada
Mas, pelos colegas era provocada
Afinal não eras "enturmada"
Ela também era um pouco atrapalhada
Muitas provas ela reprovava
Muitas vezes ela faltava
No canto do quarto ela chorava
E sua mãe, desinformada, se preocupava
O motivo das faltas ela questionava
Mas, Mariana nada declarava
O seu pai muitas vezes a consolava
E, todas as vezes, suas lágrimas enxugava
E do canto do quarto, teu pai a tirava
Ele, ela admirava.
Então aquele dia chegou
E, na escola ela não se ausentou
Na chamada, o dedo ela levantou
"Estou presente", ela falou
Muitos jovens, dela, debochou
Mas algo nela havia mudado
O que será que o pai dela disse no canto do quarto?
"Eu ainda serei criticado
Não importa o que faço
Por um futuro melhor sou motivado".
Essa foi a frase escrita em seu caderno
Começará a sentir algo interno
Fora isso que o pai dela disse?
Ele desejava que ela se visse?
Mariana continuou se esforçando
Continuou estudando
As ofensas, já não a incomodava
Aquelas críticas, já não "ligava"
Nos dias antes das provas, estudava
Seus pais sentiram orgulho por ela
Sabiam da força de vontade dela
Ela começou a conversar com outras pessoas
Aquelas que eram, com ela, boas
Já não era mais ofendida
Naquele grupo, com brincadeiras era entretida
Mariana, com um rapaz se tornou comprometida.
O tempo passou e ela mudou
Na faculdade ela se formou
Seu relacionamento aprofundou
E na primavera ela se casou
O nome do seu pai, ao filho, colocou
E ela morava perto de quem a amou
Seus pais ela nunca abandonou
Sua mãe se aposentou
Para teu pai, um carro comprou
E um texto lindo para ele, ela dedicou
E a história agora terminou
Os sofrimentos que passou na escola
Mariana superou
"Parabéns, jovem", diz o autor
AteopPensador!
A Nogueira e o Carvalho
Vou lhes contar uma história...
Triste,ou alegre,quem vai saber...
Uma certa gata,se escondia nos galhos de uma nogueira,sua árvore desde sempre.Ela tinha medo de sair,pois seus passeios nunca acabavam bem.Se limitou aos arredores de sua árvore, onde se sentia segura,pois fora educada a viver dentro do circulo,por conta seus instintos.Uma fera educada para ser,nem mesmo a sombra do que nascera pra ser.
Viu todas suas amigas evoluírem,tornarem-se lindas e exuberantes nas mais variadas espécies, umas com asas e outras vantagens, e ela porém presa ao chão,ao seu galho,furtiva nas folhagens...
Um dia,cansada de apenas circular,quis dar uma volta,e foi até as margens do Rio,beber e comer,quando viu algo tão inesperado,pois que a figura si afugentava qualquer um quea visse,então não entendeu porque ele não fugiu,e já desconsertada parou seus passos diante dos olhos paralisantes dele que disse:
-Oi,tudo bem?
Sua resposta foi toda atrapalhada,mas manteve sua pose,afinal todos fogem:
-Sim,obrigada.
Ele sorriu,e continuou o seu caminho,ela o dela,mas não antes de se olharem atentamente.
A expressão curiosa e misteriosa daqueles olhos não saíram mais da mente.Virava e mexia,eles a encaravam, como se olhassem além,como se vissem além dos olhos lindos profundos e tristes dela que se sentiu despida,invadida,profanada,mas muito atraída.
Ela comeu e bebeu,mas o tempo todo uma sensação de estar sendo observada.Quando terminou voltou para o seu galho.
Lá de cima,em meio as folhas,percebeu que ainda não tinha reparado a vista maravilhosa que tinha.Todas aquelas copas de árvores, umas altas,outras baixas,a passarada fazendo festa,seus olhos se abriram de uma maneira tão ampla que nada cabia no seu campo de visão.Então olhou lá, próximo a margem sob a sombra do carvalho, estava ele que também olhava para ela,coisa que ele fazia já havia algum tempo.
Os dias se seguiram,e ela mal podia esperar que eles se esbarrassem outra vez.Ela voltou no Rio,e não o viu.
Foi então,que passava por ali um rebanho,não muito numeroso,mas que iria aumentar no encontro do Rio com as águas da Cachoeira,lá estava ele,passando no meio do gado,faceiro e presunçoso,olhou para ela que também passava, sorriu como quem a desafiasse a continuar olhando,e ela cedeu aos seus instintos, não recuou,aceitando o desafio.
Aquela troca de sorrisos e olhares,durou o suficiente, até o encontro das águas, depois dali cada um tomou seu rumo.
Dias depois ele estava à beira do Rio,debaixo do seu carvalho, quando ela chegou,silenciosa,mas ele já sabia da presença dela,e tentou deixá-la mais à vontade.
-Segundo nossas naturezas, um de nós não sairá vivo desse encontro.
-Faz tempo que não me alimento.-retrucou ela com destemor.
-Eu também,entretando tenho sangue frio,posso ficar meses sem me alimentar...
-Isso não faz de você mais forte.
-Nem fraco.Te observo já faz tempo.Nunca vi uma fera tão pacata,você se segura muito, por quê? Você é linda,e se esconde?Tem um poder que poucos tem e muitos desejam.Sua natureza é livre,e não aproveita,fica deitada lá em cima,o mundo não é só o seu quintal.
Ela se assustou com o que ele dizia:
-Não sou nenhuma fera!
-Não negue quem você é!
E caminhando até a beira d'água,ele mostrou para ela um reflexo na água:
-O que vê?
-Uma onça.
-Eu vejo uma fera,presa por correntes e jaula invisíveis.Uma fera linda,cheia de um potencial desconhecido por ela mesma.-ela olhou demoradamente para o que via,de uma forma jamais vista por ela própria, encontrou a criatura a quem ele se referia,ele virou o rosto dela para ele e olhou profundamente nos olhos dela,alisou seu rosto delicadamente e continuou -tens uma beleza rara,uma pureza que nunca vi,do que você tem medo?
-Há muito não via esta fera,e é melhor que continue assim.Dessa forma não haverá estragos desnecessários, vidas serão poupadas,e todos ficarão bem.
-Menos você!-disse ele com pertinência.
-É um preço.
-Que você não precisa pagar sozinha.Liberte-se!
Olhando triste para a imagem na água, ela disse:
-Não posso,é arriscado demais,muito perigoso..
Se virou rapidamente,e num salto sumiu.
( continua)
Oi! E aí?
O que você vê no casal Shrek e Fiona?
São os opostos ou os dispostos que se atraem? O que você está disposto a viver? Se você está a procura da alma gêmea que o Fábio Jr. encontrou tantas vezes, o que deseja encontrar?
O amor perfeito que o Roberto canta,
O amor tranquilo de Cazuza e Frejat,
O amor puro do Djavan,
O amor maior de J. Quest,
O amor de índio de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, ou seria o amor barato de Chico Buarque? O nosso amor a gente inventa! Já dizia Cazuza e em toda forma ele é justo, como diz o Lulu! Mas será que toda poesia do coração está em plena conexão com nossas atitudes e com a nossa forma de relacionar? Será que praticamos a teoria do amor? Estamos a procura da perfeição ou da verdade? Isso é conto de fada ou realidade? Você, de verdade, já amou de verdade? Você aceita alguém diferente de você? Você aceita alguém mais rico, mais pobre, mais feio, mais bonito, mais inteligente, mais popular, maior ou menor, mais branco ou mais preto que você? Você aceita o amor que bate à sua porta ou você está sempre a procura? Você vive ou sonha? Vale a pena refletir, não é?!
Eu acho o Shrek, o príncipe mais lindo de todos os reinos, assim como acho a Fiona a princesa mais sábia.
Eles me ensinaram que o amor verdadeiro, chega na sua vida e você nem percebe de tão simples que ele é.
Não! Ele não é perfeito! Se você estiver atento, saberá que ele não vem pronto. É você quem vai construindo e quando menos esperar vai perceber que ele se tornou uma fortaleza que nada... nenhum problema, diferença ou obstáculo poderão destruir. É assim que se é feliz para sempre. Bom, pelo menos é assim que eu acredito. De verdade!
Por mais Shrek & Fiona
Mônica e Cebolinha costumavam fazer piquenique numa pequena caverna em um lindo bosque, próximo de onde moravam.
A caverna oferecia abrigo e lá comiam os diferentes pratos que Mônica preparava com muito bom gosto e Cebolinha adorava tudo que ela fazia.
Mônica num destes piqueniques, observando Cebolinha devorar as gostosuras com satisfação, perguntou:
— Cebolinha, entre tantos e diferentes pratos que preparei pra comermos nesta caverna, me conte, qual deles mais gosta?
— Se está culiosa eu conto:
— Não adolo plato algum.
— Adolo Platão.
cafés da manhã
A ressaca do acordar traz a sede de satisfação e de calor para quebrar o gelo solitário da manhã.
Seus instintos imediatistas a levam ao empoeirado boteco da esquina.
Copo barato, que na noite passada serviu de alguns goles, na tentativa de tirar o amargo do peito com o amargo da cerveja, mas a trava da garganta não se tira com álcool, apenas se disfarça por alguns instantes, peito pede sangue, boca pede saliva e o corpo pede outro corpo... esquece, hoje é o dia seguinte, outro propósito, outra história.
Enquanto a boca mastiga um pão seco com manteiga, quase um tira gosto, o café lhe sacia de calor e ânimo suplicado por cada célula.
Naqueles poucos segundos entre um gole e outro, sua mente pede mais, a vontade grita, pensamentos balbuciam seus demônios, mas entre flashes de consciência eu estou por lá, aliás sempre estive.
Não lembra mais de mim? acho que mudei desde que nos conhecemos… ou foi você que me mudou? sei que em algum momento eu servi pravocê.
Amanhã talvez de novo… uma pergunta inquieta minha já embaçada mente. o que você me fez de mim?
Eu sou o copo quase vazio de café frio que você deixou em cima da mesa, esquecido até que alguém me lave por dentro e por fora, me renove, se eu não quebrar nas mãos descuidadas de qualquer um que me manipule posso servi outra boca, não escolho muito, mas só espero quero que venha com sede, pra que me seque e me sugue por completo, melhor do que largado pela metade ficando morno com o resto de mim que ninguém quer.
REFLETIR Joao P. Da Silva
A história a se relatar aqui é sobre um casal. Um fato que pode ocorrer com qualquer pessoa, em seu casamento ou relacionamento sério.
Bom, dois jovens, (casal de namorados) viviam muito felizes, com aquela pespectiva de que um amava o outro verdadeiramente. Mas é aquela percepção no qual qualquer pessoa pode ter, a inconfiança. Eles viviam em liberdade, pois, seus pais apoiaram seu relacionamento sério, a mãe dela gostava muito dele e o admirava, por ser um rapaz de confiança e trabalhador. Mas a questão não estava somente aí, pois eles de vez em quando brigavam, como é comum nos relacionamentos...
Certo dia eles estavam saindo da escola e combinaram de sair, para dar um passeio, e começou assim:
- Então nos encontramos ás 7:30 tá? beijinhos - disse a Megan
- Ta bom amor, ás 7:30 estou na praça te esperando - disse o João.
Entao... O João esperou e esperou, e de repente passou uma velha amiga de escola e decidiu ficar ali conversando... Ele porém desconcentrado que estava esperando a Megan, não percebeu que sua amiga estava dando em cima dele.
- Quanto tempo João - disse sua amiga chamada Mary.
- Verdade Mary. Como você está? - disse o João alegremente.
- Estou ótima! mas e aí está namorando? - disse ela com interesse moral.
- Sim estou! e você? - disse o joão.
- Eu... não... não estou.
- Então ta bom! Até mais! - disse o joão despachando-a pois a Megan estava prestes a chegar.
- Ah! mas num vai dar nem um abraço na sua velha amiga? - disse a Mary.
- Ta bom , um abraço... - disse o joão, (tímido)
De repente a Mary aproveitou o abraço e beijou o João. A Megan porém chegou na suposta hora! E ela vendo aquilo disse:
- Não pode ser! - com um semblante triste e descepsionante...
Ela saiu correndo, o João se abstou da Mary e correu atrás da Megan; o João porém no caminho, chorando, pensando e se culpando disse:
- Não, eu não posso ir, eu a traí... Não mereço seu perdão, não sei o que faço!!!
A Megan chegando em sua casa, foi falar com sua mãe.
- Mãe, ele me traiu, eu cheguei na praça e ele estava se beijando com outra! - disse a Megan chorando e soluçando.
- O que?! Meu Deus! minha filha não pode ser, pelo que eu o conheço não foi a intenção dele. - disse sua mãe com autoridade.
- Mas mãe, se ele me amasse ele nao faria isso!
- Minha filha perdoe-o, pois, igual ele você pode não encontrar mais! com ele eu me senti segura, ele cuidava de você, ele te ajudava nos momentos difíceis no qual eu que sou sua mãe, nao pude te ajudar.
- Mas mãe, porque ele não veio pedir perdão? Ele deveria ta nos meus pés agora, ta vendo! ele nao se arrependeu...
- Filha, ele não veio justamente por passar pela sua cabeça de que não merece seu perdão. Vá atrás dele e perdoe-o mesmo se ele não aceitar.
- Ta bom mãe, farei isso!
- Vai minha filha, vai com Deus!
A Megan então saiu andando e chorando... De repente seu coração ia batendo cada vez mais forte, e ela ia apressando os passos, e apressava, e apressava, e começou a correr... Chegando numa pista local onde vai direto pra casa do João, ela via uma multidão de pessoas... Na sua curiosidade ela foi ver o que havia acontecido... Para sua aflição e tormento quem estava no chão sangrando muito porém ainda vivo era o João. Ele quando vinha se culpando um caminhão se chocou com ele pois ele ultrapassou o sinal e foi atropelado violentamente.
A Megan desperada dizia:
- Nãooooo!!! Não!!! Não!!! Meu amor!!! não me deixe por favor, amor não me deixe não!!!
O João com sua voz muito baixa disse:
- Eu Te amo - e naquela hora morreu...
A Megan não saiu de cima do seu corpo, chorando, lamentando, se culpando, inacreditando perdeu seu único amor...
Essa é uma história comovente sobre um relacionamento, por isso, reflita muito antes de pedir um simples perdão, perdoe mesmo que você não tenha sido o culpado do erro... Perdoe de coração e verás a perfeição de um relacionamento...
fim
Carlos Albertofilho Collier
Ontem às 10:32 • Recife • Editado •
John Walker era um jovem senhor que morava num bairro da periferia da cidade
Alcoólatra inveterado fazia um tratamento para se livrar do vício, porém
Já tinha varias passagens em clínicas de recuperação mais sempre tinha recaídas
Certo dia foi ao shopping da cidade tentar desparecer , porém lá chegando ficou entediado com tanto barulho e movimento
Tinha olhado todas as lojas mais não se interessava por nada até que viu uma loja de brinquedos onde as crianças sabiam exatamente o que queriam, porém os pais tentavam tirar sua atenção de seus objetivos. É difícil sabermos exatamente o que queremos, ter um sentido exato para o querer porém para uma criança é fácil e isto chamou a atenção de John.
Viu então uma caixa de madeira pintada de vermelho e amarelo. Parecia feita artesanalmente coberta de papel vitrificado.
Ao chegar em casa, pois a caixa que comprara, em cima da estante na sala e se acomodou enfrente a televisão
Havia cochilado quando a campainha tocou.
Era EzÍo ,amigo que conhecera quando ali foi morar e que tinha lhe apresentado a toda a galera do lugar e lhe familiarizado com o pedaço
Aí John alguma novidade perguntou
Não Ezío sem novidades .Chego a me sentir irritado com tanta rotina tudo é sempre muito igual nada parece acontecer ; as vezes acho que o tempo não passa.
Que é isto John É uma caixa ! , bonita É um presente para sua mulher
Não amigo! É só uma caixa a pus aí até descobrir uma utilidade para ela
Acho que serviria para guardar algo dentro dela não Ezío
Claro respondeu Sim, sim é bonita e tem personalidade
O que você guardaria aí amigo
poxa! pergunta difícil de responder. não tenho dinheiro, nem joias . Na verdade não tenho quase nada para guardar.
John olhou a caixa e retrucou. Eu guardaria meu pensamento para que ficasse bem confortável como quando em nosso quarto deitamos no travesseiro e dormimos.
Na manhã seguinte John voltou a se interessar pela caixa
Pensou o que na verdade guardaria ali. Todos nos temos algo na caixa as vezes nossas experiências, nossos sonhos e realizações dependendo do que temos na caixa encontramos as resposta do que procuramos
John resolveu que ali guardaria tudo que lhe acontecesse no seu dia a dia Com quem conversara , quem conheceu, algum lugar interessante que foi ou um acontecimento e assim foi por vários anos.
Durante muito tempo ele foi enchendo o caixa sempre com algo marcante que lhe acontecera ou quem conhecia Parecia uma viagem ao encontro de algo que procurava.
era como um jogo, um quebra cabeça, um brinquedo de criança que inventara.
Logo saiu para comprar cigarros no mercadinho que abria bem cedo e onde os papudinhos madrugavam para tomarem o primeiro trago quando um senhor lhe pediu cinco centavos completar uma cana
Senhor o senhor podia me emprestar cinco centavos para eu tomar um aperitivo
Pois não respondeu John que compreendia bem o problema daquele homem e lhe deu dois reais
Sempre que John passava por ali aquele senhor lhe cumprimentava e nunca mais lhe pedira nada até que um dia ele lhe disse
Senhor o senhor é um homem de DEUS pois certa vez lhe pedi uns centavos para beber e o senhor não me jugou e me deu até mais
John sabia por que tinha agido daquela forma pois estava lutando para vencer o seu vício e se apegava ao bíblia e a DEUS para ter forças e lembrou um versículo da bíblia: Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu?
então o homem lhe pediu para leva-lo ao medico pois sentia muitas dores na perna quando bebia e não conseguia quase andar.
John lembrou que sentiu certa vez a mesma coisa e que voltara pra casa já de manha após ter passado a noite bebendo com a mesma dor
Foi logo a casa de seu vizinho que trabalhava em um hospital próximo mais o moço disse que conhecia Demorou e não ia fazer nada pois ele era um alcoólatra, um morador de rua e nada podia fazer
Esta bem retrucou John eu mesmo irei marcar o medico para ele pois quem quer verdadeiramente ajudar a alguém ,ajuda independente das circunstancias e seguiu ao hospital
Na fila de marcação de consulta disse ao atendente
Moço sou pastor da Igreja Irmãos em Cristo e quero marcar uma consulta para uma ovelhinha nossa desgarrada e relatou o problema
O atendente disse logo que iria marcar de imediato
Normalmente seria necessário os documentos, endereço e nome da mãe do paciente mais logo ele marcou a consulta
Demorou de tam agradecido começou a frequentar a igreja com John
Era segunda feira John continuava a lutar contra o vício Chegara a passar um mês sem beber mais sempre acontecia algo que o levava a voltar a beber as vezes perdia a esperança e na ressaca da embriagues se via vencido na vontade e nas forças e clamava a DEUS e lhe pedia pelo livramento
Nesta luta constante e sem trégua seguia sua vida com um único propósito vencer aquela prisão
No caminho que percorria ia pensando no eu problema e nos dos outros. Pensava que o que mais impedia uma pessoa de ajudar outra era o preconceito. Alguém ao seu lado via os cigarros em seu bouço e dizia
Há eu deixei de fumar de uma vez. Disse mim mesmo de hoje em diante não fumo mais e pronto
Parecia à John que ele dizia “é você é assim porque quer, não tenho nada com isto”
lembrou de Demorou , da sua atitude e pedia a DEUS, que colocasse alguém em sua vida que lhe compreendesse e lhe ajudasse de verdade
Assim passava os longos dias e John ia acumulando coisas para colocar na caixa
Certo dia de repente viu na calçada um aglomerado de pessoas em volta de um menino
se aproximou e viu que era um menino que morava na rua e provavelmente cheirava cola
falou sem pensar em voz alta e firme policia militar o menino esta comigo e pegou na mão do menino
as pessoas meio que assustadas começaram a irem embora deixando o menino com John
é menino ! tu ia se metendo numa fria né ! vai e vê se não volta a cair pois desta vez te ajudei mais na próxima não vai aparecer um doido como eu dizendo ser da policia militar sem ser e te livrar.
O menino saiu correndo e foi embora
John relatou o acontecido a um amigo advogado e lhe questionou se agira certo ou não e o seu amigo falou que sim pois ele livrara um incapaz e isto é permitido por lei
As vezes John lembrava do passado achava que não tinha sido tão culpado assim por ter se tornado alcoólatra. Lembrava de seus pais e que eles tinham lhe dado o primeiro gole de bebida
Lembrava de sua mãe e dos cigarros que ela ganhava dos padres franceses que lhe davam de presente Eram lembranças agradáveis porem hoje percebia onde tudo começou
Com DEUS mantinha um relacionamento sincero e pedia pela sua misericórdia pois pedia por uma nova chance
Costumava sempre colher ou roubar uma rosa de um jardim para oferecer a JESUS. Certo dia andando pelas ruas da cidade sentiu no coração um desejo forte, algo que lhe pedia para dar uma rosa a ELE. Meu DEUS disse ele que vontade de dar a vós mais aqui senhor onde vai haver uma rosa pois não tem jardins nem tenho dinheiro para comprar e orou declamando o versículo “quem não dar o que gosta não tem direito a desejar” e olhando no mesmo instante viu um pé de rosas na calcada de uma livraria e lá havia uma rosa e a tirou escondido e dirigiu-se a escola de músicos onde iria encontrar um amigo. La chegando na recepção viu a cruz na parede e disse Senhora de a ELE e entregou lhe a rosa.
Esta era a expectativa dele que por um milagre ele deixasse de beber
Era tarde e já havia passado muito tempo que tinha iniciado seu tratamento para parar com sua dependência e que havia comprado a caixa
Nesta tarde encontrou um homem passeando pela causada e que balançou um arbusto para ver as flores caírem, pois citou santa Terezinha costumava fazer isto
O homem lhe disse que na sua casa havia muitas rosas mais teria que pagar a alguém para pular o muro e colher as rosas ele que brincando falou que pularia o muro sem cobrar nada e colheria as rosas para jesus o homem prostrou-se e começou a chora. com as mãos em seu obro lhe falou pra ele se acalmar pois era DEUS que permitia aquilo. Não devemos questionar a razão das coisas. qual o sentido das coisas
sei que existem mais não tem nenhum significado
buscar entender o que não tem sguinificado
melhor aceitar como são.
o sentido oculto das coisas
é mais estranho do que todas as estranhezas
e do que os sonhos de todos os poetas
e os pensamentos de todos os filósofos,
que as coisas sejam realmente o que parecem ser
e não haja nada que compreender.
pois a razão de todas as coisa esta naquele que cremos
Ali John percebeu que estava no caminho certo
Certa vez John resolveu voltar ao passado
E reencontrar seus amigos que outrora compartilhava com ele a bebida mais não era tarefa fácil pois tinha que pular um muro tinha que atravessar para o outro lado era como mudar de universo e de realidade
De repente foi despertado pelo som escurecedor de uma buzina e percebeu que estava no antigo bairro onde morara
La encontrou o pessoal no bar de Aurino onde a cantoria dos pássaros enchia o lugar de musicalidade
Alegre pelo reencontro contavam as novidades e tudo que acontecia depois que ele se mudou
Seus amigos pareciam bem mesmo que ainda que de uma forma estranha ao seu entendimento parecia verdadeiros etes com uma cor quase que azulada de tão brancos.
Um senhor lhe perguntou se ele tinha alguns lençóis para dar pois estava precisando
John lhe falou que ia pedir a sua filha e lhe traria e assim.voltasse
Sua filha porém dissimulou dizendo que ia conseguir
Porém lembrou que na mudança havia ficado um guarda roupas e uma cama box e resolveu levar ao sr. Mauricio e assim deu lhe os objetos
Após alguns dias voltou lá novamente para se certificar que estava tudo onde deixara e percebeu que já não estava lá perguntando lhe disseram que seu Mauricio deveria estar na casa ao lado
John dirigiu-se para lá e ao entrar encontrou uma senhora idosa deitada na cama sem lençóis e percebeu que era a mãe de seu Mauricio
Voltou logo para casa e continuou a colocar na caixa suas experiências
John percebia que DEUS caminhava com ele este tempo todo e levava o de um lugar para outro com o objetivo de lhe levar a um porto seguro. sempre sonhamos com algo que desejamos e nos surpreendemos quando DEUS nos proporciona algo muito maior
aos poucos John ia montando o quebra cabeça. neste dia ele novamente caíra e bebeu já meio tonto lhe deu uma revolta e uma irritação quase sem pensar atravessou a rua vindo um carro que quase lhe atropelara já no outro lado na esquina uma avenida assustado viu uma criancinha de mais ou menos dois anos andando trôpega pela avenida rápido John a pós nos braços pondo-se a chorar neste mesmo momento um carro fez a curva que dava para a avenida onde a criança andava. sua mãe logo correu e pegou a criança nos braços
a parti deste dia John resolveu que nunca mais iria beber
Certo dia John acorda sentindo-se muito bem era uma sensação de bem estar tamanha ao senti a brisa leve da manhã que lhe fazia percebe que o dia era dourado com os raios do sol bateu lhe então uma sensação de autoconfiança e seu ego disparou de alegria sentindo-se seguro pra ora a DEUS e clamou obrigado por me liberta ; estou livre como um pássaro que voa no céu , estou livre pra dizer que sois o meu DEUS e estou seguro que nunca mais beberei bebida alcoólatra
Não sabia bem porque se sentia assim. Talvez, pensou por ser véspera de natal e o espirito natalino nesta época invade os corações das pessoas
O dia passou rapidamente , e logo estavam todos reunidos na sala de estar para festejar e para a ceia de natal
Disse a se mesmo o que darei a cada um de sua família os quais amava muito neste dia algo que não se compra algo vindo do coração então lembrou-se da caixa onde anotara e guardara todas as sus experiências foi ao seu quarto e a apanhou e dirigiu-se a saa. John disse que tinha um jogo e queria compartilhar com todos mostrou a caixa e falou que tinha se tornado, aquele simples objeto, em um divertido jogo que guardara as sua memorias, e tudo que aconteceu até aquele dia na sua busca incansável de seu objetivo
Falou que ali tinha guardado muitas coisas que foram importantes mais agora iria em vez de guardar tirar da caixa o que era importante para todos que amava
As crianças iam logo pegando seus presentes e abrindo o embrulho para ver o que ganhavam
E John abriu sua caixa e tirou a liberdade
- Sorria mesmo que os problemas acabem com seu dia. Sorria mesmo que o seu coração esteja quebrado. Se você apenas sorrir, todos os seus problemas podem desaparecer.
- Mas não é possível sorrir.
- Mostre seu sorriso para mim
- Meu sorriso se esconde…
- Seu sorriso é o mais belo.
- Meu sorriso pode ser belo, mas o que me corrói por dentro faz com que tudo que há em mim, se torne feio.
- Nada em você é feio, olhe-se no espelho.
- Se eu me olhar no espelho, vou querer morrer.
- Morte é uma palavra forte…
- Morte é do que eu preciso.
- Você precisa de amor.
- Amor é para quem não tem o que fazer.
- Amor é para quem sabe viver.
- Você precisa de amigos de verdade.
- Nesse ponto eu concordo com você, eu preciso de amigos de verdade.
- Você precisa de quem te faça sorrir, de quem te faça mostrar esse teu sorriso lindo.
- Eu preciso ficar só.
- Tem certeza que é disso que você precisa?
- Tenho absoluta certeza que não preciso de você.
- Se eu não fosse eu, você iria precisar?
- Não, você poderia ser quem fosse que eu não precisaria.
- Você precisa de um abraço
- Me largue!
- Acalmasse, feche seus olhos…
- Eu não preciso de você.
- Você precisa de mim mais do que pensa.
- Eu quero você… Longe de mim.
- Você quer meus braços te envolvendo levemente
- Eu quero você…
- Eu sei, eu quero você mais do que você pensa.
- Você não quer…
- Eu quero você.
- Pra que você iria me querer?
- Para te ensinar a amar.
- Eu preciso aprender a amar?
- Todos precisam
- Então me abraça e me ensina a amar.
- Quer mesmo que eu ensine você a amar?
- Quero.
- Feche seus olhos.
- Estão fechados.
- Agora, só os abra quando você sentir o amor entrar em você.
- Mas como eu vou…
Ela aprendeu a amar, com um único beijo e finalmente conseguiu abrir seus olhos e sorrir."
QUANDO VOCÊ FECHA OS OLHO
Quando molhamos o rosto
Quando o secamos
Quando passamos shampoo
Quando dormimos
Fechar os olhos não é seguro
Com os olhos fechados
Não da pra saber
Se Ele estão perto
Ele não pode chegar perto
Fechar os olhos não é seguro
Ele vive na escuridão
De nossas mentes
Não depende de mais ninguém
Mante-lo longe de você mesmo
Fechar os olhos não é seguro
A cada piscada
Ele chega mais e mais perto
Até o momento
Em que Ele te alcançará
E o que Ele fará?
Isso depende do quão escura
Seus olhos conseguem deixar a sua imaginação
Tudo que você precisa fazer
É manter seus olhos bem abertos
Porque...
Fechar os olhos não é seguro
A estrela que mais brilhar
Sentado na varanda do meu casebre eu avistava as estrelas iluminando o céu negro enquanto fazia movimentos de vai e vem na cadeira de balanço. Recordava-me dos momentos em que Samuel era vivo e o quanto o mesmo reclamava das coisas. Eu ainda era capaz de ouvi-lo protestar da demora do almoço, da comida muito quente, das toalhas molhadas em cima da cama e de muitas outras coisinhas presentes na rotina de um casal - ele era cabeça dura, levou um tempo para admitir para si mesmo que nós éramos um casal. Samuel era teimoso e demorou muito para se aceitar como um gay, mesmo depois que estávamos juntos, ele vivia dizendo que não era um, mas que me amava mais do que qualquer outra mulher que já havia conhecido.
Os dizeres, da pequena cidade, o inibia e o deixava com receio. Algumas brasas de coragem queimavam em Samuel, todavia ele jamais falou, e jamais exporia sua sexualidade em público. Talvez também fosse para não perder sua pose de machão, porém acredito que ele agia daquela maneira por medo de que fôssemos apedrejados em praça pública. Após sete anos nos agarrando às escondidas nas madrugadas, em pastos distantes, em riachos e rios poucos frequentados, em celeiros e construções abandonados ou em qualquer outro lugar distante dos olhos de terceiros, decidimos morar afastados daquele povo.
Planejamos uma saída discreta. Samuel foi embora com sua prima que sabia do nosso caso. Fizemos a cidade acreditar que eles dois tinham partido para morarem juntos. Camila aproveitou para fugir com um fazendeiro pelo qual desejava. E Samuel partiu sozinho para uma área isolada de uma cidade distanciada, construiu uma humilde casa e, através de cartas, me chamou para viver junto a ele.
Apesar de gostar da minha simples cidade e amar a minha família decidi partir sem muito pensar. Amar está conectado ao processo de ceder e a abdicação de coisas que julgamos ser imprescindíveis em nossas vidas. Totalmente seguro, deixei tudo para trás. Eu dei a desculpa que estava farto daquele pequeno lugar. Era fato que ficaria exausto de lá com o tempo, Samuel estaria longe. E, sinceramente, pouco me importava o local onde eu estivesse contato que Samuel se fizesse presente ao meu lado.
Vivemos durante muito tempo juntos. Por mais que estivéssemos distantes de muitas coisas, a presença de um alimentava a sede e o prazer de continuar a viver e ser feliz do outro. Samuel foi o meu primeiro e único homem, mas eu não fui o primeiro, tampouco único homem da vida dele. Desde pequeno eu soube sobre mim, nunca precisei ter relações com uma mulher para ter a plena certeza de que era gay, assim como meu pai nunca precisou deitar com o homem para ter a convicção de que era hétero. Com Samuel foi diferente, ele ficou com muitas mulheres, era inseguro e fazia isso para manter a pose de heterossexual perante a sociedade. Os relacionamentos que Samuel tivera com mulheres não partiam da sua genuína e natural vontade, eles serviam apenas para esconder a sua sexualidade.
Samuel, apesar de todas as brigas e implicâncias, sempre estivera comigo em todas as situações que enfrentei. Éramos dois corpos conexos vigorosamente por meio dos nossos espíritos.
Samuel começou a ter problemas cardiovasculares e respiratórios, aos sessenta e nove anos, por conta dos poucos cigarros que fumava.
No seu terceiro enfarte, quando eu chorava em desespero com medo de perdê-lo, Samuel me disse que quando não estivesse mais presente neste mundo seria uma estrela, olharia por mim sempre que aparecesse e que caso eu quisesse também vê-lo bastaria eu olhar para aquela que mais brilhasse em todo o céu. A declaração fez com que minhas lágrimas se triplicassem e encharcassem o meu rosto. É difícil, para qualquer pessoa que cultiva o amor, perder aquele que mais se ama.
Imóvel naquela varanda desértica eu contemplava as constelações. De repente uma estrela reluziu mais que todas as outras, de modo notável. Parecia que ela estava a sorrir para mim. Respirei fundo, meus braços levantaram-se levemente em direção ao céu, meus dedos se abriram, como o brochar de uma rosa, ao tentarem alcançar a estrela, uma lágrima desceu do meu olho esquerdo e percorreu meu rosto até afundar-se na minha barba grisalha. Aquela foi a última noite que meu coração bateu.