Contos de Fábulas
Um conto
Surfista Prateado
Quando eu não passava de uma criança, me perguntavam o que eu seria quando crescesse. Eu era categórico. Lendo milhares de revistas em quadrinhos e vendo muitos desenhos animados, eu só desejava ser um super-herói. Todos riam de minha inocência.
Certo dia meu pai, vendo minha tristeza diante da incredulidade dos outros, explicou que eu seria um super-herói de qualquer forma.
Um super-herói como pai, na visão de meus filhos. Para eles eu teria conhecimento ilimitado, uma força insuperável, bondade e empatia sobre humanas. Teria até o poder de realizar os desejos deles. Na visão deles eu seria um herói.
Um super-herói como marido, na visão de minha esposa. Eu seria sua fortaleza nos momentos difíceis. Como uma rocha eu estaria ali, inexpugnável, virtualmente indestrutível e protetor.
Um super-herói como filho, na visão dele. Ao me ver crescido, honesto, bondoso, também pai de família, eu teria o poder de inspirar os melhores sentimentos nele e em minha mãe. O Orgulho de ter dado uma educação excelente, de missão cumprida.
Ele explicou também que o super-herói tem uma identidade secreta. Era sobre essa identidade que as pessoas me perguntavam. O que eu faria quando não precisasse ser um super-herói. Outra profissão.
Os anos se passavam eu eu ficava com a dúvida na infantil mente: Porque eu precisava de uma identidade secreta? Porque eu não poderia ser um super-herói o tempo todo?
Lendo quadrinhos conheci um super-herói de tempo integral, o Surfista Prateado. Fiquei maravilhado por ele não ter identidade secreta. Era um super-herói o tempo todo. O Surfista Prateado abandonou uma vida comum em seu planeta para salvar e ajudar outros. Quando a entidade que o conferia a condição de super-herói deu uma ordem contrária a seus princípios ele não se submeteu, abriu mão da sua condição.
Corri para contar a novidade ao meu pai. “Papai achei! Achei um super-herói sem identidade secreta!”. Ele, meio sem jeito e sem querer frustrar minha alegria, simplesmente disse que quando isso acontecesse me apoiaria.
Eu cresci e chegando em casa joguei a “bomba”: Passei pra Polícia Militar! Ninguém ficou a favor. Meu pai me chamou para conversar outra vez:
-Filho, esse trabalho é muito perigoso! As pessoas não gostam de policias porque alguns se desviam do caminho certo e acabam manchando o nome da maioria que é honesta!
-Eu sei pai! Pra mim basta que minha família e amigos saibam que sou honesto!
-Mas o salário é muito pouco! Você não vai ganhar o suficiente para ter uma vida digna!
-Quero uma vida digna! Mas não quero ser policial pelo dinheiro!
-Ninguém reconhece esses homens! Mesmo que você morra no cumprimento do dever, salvando alguém, vai ser apenas mais um número anônimo.
-Também não é pelo reconhecimento!
-MAS QUE DROGA RAPAZ! No que você está pensando? Policiais não tem descanso! Mesmo na folga, quando não precisariam ser policiais, eles o são! Muitos morrem nas suas folgas!Eles são policiais em tempo integral e… - Ele fez silêncio como que se sentisse um nó na garganta e deu seu sorriso amarelo. Olhos trêmulos deixando escapar discretamente uma lágrima ele sussurra:
-Maldito Surfista Prateado!
Passei a receber total apoio e compreensão de meu pai, que hoje defende a profissão. Ele me vê como um super-herói em tempo integral.
Só quem veste a farda sabe como é. Só vestindo a farda podemos ver a expressão de alívio da vítima que é salva do agressor. É vestindo a farda que vemos o medo nos olhos do malfeitor. Em alta velocidade numa viatura com a sirene histérica temos pressa para atender o 190! Quando alguém liga, só nós podemos ajudar! Somos nós que temos a responsabilidade pela vida daquela pessoa que passa a respirar aliviada ao avistar a farda!
ORGULHO DE SER POLICIAL MILITAR!
TEMPO ,tempo tempo ....
Me fale de você tempo ...
Que te conto de mim
E em cada frase seu nome será dito .
Tempo dono do meu tempo
Tempo dono de tudo
senhor das mudanças
Senhor das coisas
Tempo senhor de idas ,dono das voltas
Tempo que faz ruir ,tempo que constrói .
Tempo que leva esperança
Que derruba sonhos
Tempo que trás vida ,
Tempo que leva o sopro
Tempo de promessas esquecidas
Tempo de folhas caídas
Tempo que foste amigo
Tempo grande inimigo ...
Tempo de sorrir
Tempo maior pra chorar .
Tempo me diga então aonde esta seu coração
SE entra como brisa
e Destrói como furacão ?
Ah senhor tempo, não sei te peço a bênção .ou se me viro de vez ....
Tempo me diga por piedade mas me diga a verdade
O que você fez com meu pobre coração ?
Que hoje acorrentada na saudade
Lamenta assim , sem lado o presente de um passado
eo passado de um presente
Que não entra em comunhão pois você com sua mão embaralhou tudo !!!
Se podes me responder deixo aqui pra você meu verso triste desta hora ,que foi o verso de outrora e será amanhã talvez
Porque colheste meu fruto ainda tão verde e não me deixaste ver a marca do tempo em seu rosto que guardado no retrato jamais fará historia ....
edmasfcosta .....
Qual é a mentira contada com maior Freqüência? Não conto, ainda.
A greve dos bancários já acabou?
Qual era o nome do caixa que te atendeu, quando você pagou a sua última conta?
Essa eu respondo: Caixa Eletrônico.
Os Bancos não querem você lá dentro, só lhes interessa o seu dinheiro.
Quando popularizaram a Internet, disseram que o mundo ia virar uma "Aldeia Global". E virou mesmo. Uma aldeia onde tá todo mundo prontinho pra lhe desferir uma flechada virtual. A tecnologia atual aproximou as pessoas?
Sim, aproximou você de quem está distante na mesma proporção que distanciou você de quem estiver bem próximo.
Hoje existem escolas OnLine
Videoconferências
Redes Sociais
E estamos a cada dia mais distantes uns dos outros. Você pensa que pelo menos assim você consegue ter notícias das pessoas que antes estariam distantes?
Agora eu respondo.
A mentira contada com maior freqüência pela Humanidade é a seguinte:
"Sim, está tudo bem comigo"
Edson Ricardo Paiva
MAIS UM CONTO DE AMOR
Foi no meio de um convívio feliz e duradouro que, desde que me entendo por gente e, permanentemente vi e senti o amor se propagar nas suas mais belas demonstrações. Pouquíssimas vezes vi meus pais discordarem aliás, eu diria até que foram feitos um para o outro. Se assemelhavam em tudo. Qualquer pessoa por mais estranha que fosse à nossa família, poderia perceber que naquele relacionamento havia uma coisa mais forte que um laço de uma simples união. E assim foram durante toda suas vidas, companheiros inseparáveis. Mesmo com tantos filhos e muitas dificuldades nunca se desentendiam. Apoiavam-se mutuamente. Praticamente, tinham os mesmo gostos pra culinária, artes cênicas, cinema, política e principalmente música. E, quando alguma coisa não andava bem, discutiam moderadamente o bem comum. Uma coisa que sempre me admirou neles, foi a forma como liam o pensamento um do outro, como se houvesse uma telepatia. E não eram raras às vezes...
Praticamente os amigos eram os mesmos amigos de sempre.
Na nossa casa, liberdade de expressão sempre era o 'prato do dia'. Lembro-me de que cada filho expressava à larga mesa seus sonhos, suas convicções. E o posicionamento dos meus pais era sempre de ouvir todos com o mesmo carinho acolhedor, com a mesma atenção. E quando discordavam porventura do pensamento exposto daquele filho, orientava e aconselhava da maneira mais sensata possível. Assim fomos todos bem criados, cada qual com sua opinião própria. Meus pais sempre foram justos, honestos, trabalhadores.
Tudo sempre era divido entre os filhos na mesma proporção.
Nos finais de semana, quando podíamos degustar do bolo saboroso que minha mãe fazia, observava meu pai reparti-lo em onze partes iguais. Éramos servidos por eles em uma única e repentina rodada...horas depois ainda mastigávamos o sabor tão repentinamente degustado. E sempre com o mesmo amor, a mesma alegria!
Poesia?
Este sou eu
O perdido
Do ontem e do amanhã
Dia corrido, sofrido...
Conto de 1 à 10
Os ventos retornam
O milagre aqui vivido
Se sucede em outro lugar...
No universo que corre... Artigos.
Os barcos não são companhia ao mar.
A minha semelhança
Dentre as semelhanças de uma vida
Assemelha-se aos postos de rimas
Onde aquele mais jovem poeta viaja...
Como um motor à alma,
O de 40 anos de poesia
Vive o amor com plenitude, com ímpeto!
O de 15g, se perde no ar
Enquanto o sem-teto vê-se festejar
A falta de um forro em sua vida
Que lhe cubra
Da mais maldosa maldade do ser... Seja lá qual for.
A criança que brinca acolá
Escreve no barro molhado
A vida a qual cumprirá
Pobre criança...
Cheia de esperança! Criança.
Conto de Enfado (Perdido)
Não há placas na floresta
Que me apontem uma trilha
Já nem sei quanto me resta
Alguns metros ou uma milha
No meu barco há uma fresta
Estou preso numa ilha
O que antes era festa
Revelou-se armadilha
Ora o meu ser protesta
Ou se engaja na guerrilha
Se o pavor se manifesta
Não me escondo na escotilha
Que fortuna indigesta!
A lanterna está sem pilha!
Se tem uma, me empresta
Luz que é luz se compartilha
O meu coração detesta
Freio que perde a pastilha
Gente séria e modesta
Não se exalta, nem se humilha
Toda árvore no apogeu
sempre aponta para o alto
Não há rastro de pneu,
Nem sinais ou mesmo asfalto
Paraquedas de ateu
Não me servem neste salto
A ferida me doeu
Inútil é gritar bem alto
Do meu grito ouço o eco
Pois sou gente, não boneco
Se acerto ou se peco
Minha paz que hipoteco
Extraíram meu sorriso
Do molar até o siso
Me deixaram duro e liso
Deixaram o chão, levaram o piso
Só me acho, se perdido
Minha alma não se espanta
Não me poupo, fui ferido
Pela mão que me acalanta
Já não caio neste conto
Nem no canto da sereia
Que diante do confronto
Sem ter pernas, esperneia
Pois o raio nunca cai
duas vezes na areia
Presa fácil, nunca mais
Eu rompi com sua teia
Hoje volto a sorrir,
Mesmo que quase banguela
Meu caminho vou seguir
Pra tristeza não dou trela
Restam os dentes da frente
os caninos e os incisivos
Só caminho com gente decente
Mais que fichas em arquivos
Confiança quando se quebra,
De uma vez se esfacela
Nem tudo se celebra
É meia-noite, Cinderela!
CONTO
E quanto ao teu olhar e o teu carinho,
Meu ninho e meu encanto
Eu canto, eu conto,
Eu sei que nem existo
Meu verso é corvo louco
Perdido no deserto
E longe eu não sou nada
E perto eu me desfaço
Em miragens que me cercam
Curiós e odaliscas,
Lagos e horizontes
Tudo como o último beijo
No penúltimo sonho
E quanto a você,
Uma visão é tão pouco
Fica o encontro marcado
Para o próximo sono
E eu me abandono
Ao abandono
Surgindo numa esquina,
Quando a alma se declina
Eu vagabundo
Me dou conta
Que nada conta
Que nada tem sentido...
Depois de
uma certa idade
não conto mais
o tempo, não que
tenha problemas
com isso, mas por
entender que cresço interiormente,
revejo experiencias vividas e
vou tentando me preparar
para as que ainda estão por vir
e para que isso aconteça,
a essa altura da vida,
a idade é o que menos me importa.
Raquel Magno
Conto de Ilusão
Eu estava com meu grupo de amigos na praça da cidade. Estávamos bebendo. Fazíamos isso constantemente. Sempre à noite, claro. Mas tinha um garoto. Sempre tem um garoto. Eu e ele conversávamos bastante. Ele era muito inteligente e interessante. Naquele instante estávamos todos ali, conversando, rindo e ficando bêbados. À essa altura, alguns vão para um lado, outros para outro. Começa a rolar aquela história de pegação. Odeio essa parte porque sempre fico só. Mas tudo bem, apesar de tudo, eu ainda acho que o amor é lindo. Que meus amigos aproveitem. Então me sentei em um muro, acompanhada pelo copo de vodca, e fiquei olhando todos eles com um olhar meio vago, flutuante. E claro, fiquei me perguntando aonde o ele tinha ido. Não estava em nenhum lugar à minha vista. Imaginei que tivesse saído com alguma garota, mas todas estavam ali. Quando de súbito ele me deu um susto por trás.
- Caramba, que susto. Eu quase caí.
- Eu não ia deixar te deixar cair.
- Ah, ta bom.
- Posso sentar aqui?
- Sim.
Ele subiu o muro e se sentou ao meu lado. Fiquei olhando-o subir. Quando se acomodou, me encarou. Ficamos nos encarando por alguns instantes, e então ele perguntou:
- Por que você se diz tão pessimista? Não parece ser. Está sempre tão bem humorada, rindo...
Ele deixou a frase morrer no silêncio. Não esperava uma pergunta assim, mas respondi:
- Quando a vida nos machuca muito, nós acabamos por perder a esperança de dias melhores. Então tudo acaba por dar errado e você pensa que tudo sempre será errado. Você acaba se tornando pessimista. E então, quando algo bom acontece, você se surpreende. E você tenta aproveitar ao máximo esse algo bom. É o que eu tenho feito. Aproveitado cada segundo que estou com vocês. Meus amigos.
Ele me encarou por alguns segundos e perguntou:
- Quer ficar comigo?
Por esse eu não esperava. Sinceramente.
- Acho que não.
Ele pareceu se ofender, então me apressei em dizer:
- Não é nenhum problema contigo. Sério mesmo. O problema é comigo.
- Tudo bem, não precisa se explicar.
- Não preciso, mas eu quero. Eu gosto de ti. Me sinto atraída por ti. Em vários sentidos. E é exatamente por isso que eu não quero me envolver mais. Eu não quero ficar dependente de ti.
Ele pareceu surpreso. Deu aquele sorriso de canto e falou:
- Tem medo de se apaixonar?
- E depois eu que sou convencida...
- Não estou sendo convencido, só achei que fosse isso.
- É, pode ser.
- Não é você que vive dizendo que o amor é lindo? Porque não aceita a beleza dele?
- Porque, na maioria das vezes, ele não me mostra beleza alguma. Só me mostra seu lado ruim. Para os outros ele é bonito, mas para mim, não.
- Então você tem medo de amar porque pensa que vai se machucar, é isso? Já foi ferida por alguém, certo?
- Sim e sim.
Novamente ele me encarou. Desviei o olhar e bebi mais uns goles de vodca. Ele disse:
- Eu te acho muito interessante. Poderia me apaixonar por ti e te dar todo o meu amor. Mas, como eu já te disse, não está nos meus planos me entregar para alguém. Então não posso te prometer amor.
- Sim, eu sei. Não quero que prometa. Só quero me compreenda.
- Compreendi, sim. É uma pena que você não queira apenas se divertir.
- Gostaria. É uma pena que eu não saiba separar as coisas. E também uma pena que você não queira se entregar à mim. Por completo.
- É esse o seu desejo?
- Talvez. Acho que seria bom.
- Talvez.
Mais uns goles na minha vodca. Ele desviou o olhar para o nada. Pensei, vagarosamente, por uns instantes. Dei o último gole da vodca. Desci do muro e estendi a mão para ele.
- Desce aqui.
Ele aceitou a minha mão. Quando desceu, estávamos bem próximos. Olhei nos olhos dele e disse:
- Quer saber de uma coisa? Acho que já estou ferrada mesmo, então não faz diferença me ferrar mais. Aliás, sei que vou gostar.
Ele deu aquele sorrisinho de canto e eu o beijei. Na minha lentidão, causada pela bebida, eu imaginava que um dia ele me amaria. Um dia ele sentiria e acreditaria no verdadeiro amor.
Um namoro de conto de fadas
Duas pessoas amigos de longa data. Ela sempre gostou dele, e ele não se ligava - mas como pode todo homem ser igual dizia ela ao pensar.
Ele de algum jeito encanta, faz com que tudo a sua volta se torne legal e divertido, ele faz acontecer, consegue conquistar...
Ela sempre alegre, de olho em tudo, atenciosa e carismática, faz de tudo pra agradar.
Por algum motivo esses dois ficaram juntos por um longo tempo e escreveram sua história, muitas brigas e muitas conquista, porém brigas aconteciam com mais frequência, ele com medo de perde-la sufocava-a e ela com o mesmo medo de perder o cobrava, erros e mais erros por bobagens e coisa pequenas aconteceram, mas uma certeza os dois tinham se amavam pra valer.
Até que um dia certa coisa aconteceu.
Ele pensou que que tinha algo errado e por um tempo se perdeu...
E ela dizia: -Meu amor tudo esta ótimo conosco, o que te faz pensar o oposto.
E por um longo tempo ele ficou distante.
E após longo período voltaram a se falar, ele dizia o motivo - se perdeu porque quanto mais brigas, cobrança e ciumes haviam mais ele sumia e não sabia o por que isso ocorria. Porém como ele re-apareceu?
Respondia ele - sumi por aqueles motivos, mas toda vez que tu pensava em mim, no nosso amor, com saudade, confiança e paixão, aos poucos ia voltando - e assim o amor reascendeu .
Ela pensava como pode uma atitude e um pensamento errado fazer tanto efeito, e ele então replicava, pelo mesmo motivo que as atitudes e pensamentos bons em tudo dão um jeito.
[...]
A história é longa... por isso não coloquei o final, porém basta imaginar.
Todos temos o poder pra dar um final feliz ou não na história, basta acreditar.
Moral: Mantenha quem tu ama dando razões pra ela estar perto.
UM CONTO ZEN - OS DOIS MENINOS
Osho
Havia dois mosteiros vizinhos cujos mestres tinham meninos de recados.
Os dois meninos costumavam ir ao mercado, buscar legumes ou outras coisas para os mestres.
Esses mosteiros eram antagônicos entre si, mas meninos são meninos.
Esqueciam-se de suas doutrinas e encontravam-se no caminho para conversar e se divertir juntos.
Estavam proibidos de conversar, pois os mosteiros eram inimigos.
Um dia, o menino do primeiro mosteiro disse a seu mestre:
"Estou confuso; estava indo ao mercado quando vi o menino do outro mosteiro e lhe perguntei: Aonde você está indo? Ele me respondeu: Para onde o vento soprar. Fiquei sem saber o que dizer; ele me confundiu."
O mestre então disse:
"Ninguém do nosso mosteiro foi alguma vez derrotado por alguém do outro, nem mesmo um empregado; portanto você tem de acertar as contas com esse menino. Amanhã pergunte novamente aonde ele está indo. Quando ele disser: Para onde o vento soprar, você dirá: E se não tiver vento?"
O menino não conseguiu dormir a noite toda, pensando no que aconteceria no dia seguinte.
Ficou ensaiando muitas vezes como falaria com o outro garoto.
No dia seguinte esperou à beira da estrada e quando o outro menino chegou, ele logo lhe perguntou:
"Aonde você está indo?"
O garoto respondeu: "Aonde meus pés me levarem."
O primeiro menino ficou novamente sem saber o que dizer. Sua resposta estava preparada.
Mas a realidade é imprevisível. Ele voltou muito triste e disse ao mestre:
"Aquele menino não é digno de confiança. Ele mudou e eu fiquei sem saber o que fazer."
Então o mestre disse: "Da próxima vez quando ele responder : Aonde meus pés me levarem você dirá: E se você ficar aleijado, ou se suas pernas forem cortadas?"
Novamente o menino não pôde dormir.
De manhã cedo, foi esperar o outro na estrada.
Quando ele chegou, o primeiro perguntou:
"Aonde você está indo?"
E o menino respondeu: "Buscar legumes no mercado."
O primeiro menino ficou atrapalhado e foi dizer ao mestre:
"Esse menino é impossível! Está sempre mudando!"
A vida é aquele menino.
A realidade não é um fenômeno fixo.
Você tem de estar presente nela espontaneamente, só então a resposta será real.
Se sua resposta é preparada de antemão, você já está morto.
Então virá o amanhã, mas você não existirá mais.
Estará preso no ontem, no que passou.
Todas as mente muito verbais são fixas. (...)
Essa é a diferença entre um homem de sabedoria e um homem de conhecimento.
O homem de conhecimento tem respostas prontas - você pergunta a resposta já está lá. (...)
Se você vai a um homem de sabedoria ele não tem respostas para você.
Não tem nada pronto.
Ele está aberto; é silencioso.
Ele responderá mas primeiro sua pergunta irá ressonar no seu Ser e não na sua memória.
Ninguém pode predizer qual será sua resposta.
OSHO em Raízes e Asas
Melhor papel...
Eu danço, canto, conto.
Algumas vezes,
sou a bailarina,
em outras,
sou o palhaço que ri,
faz graça, arregala o olho,
mas chora dentro de mim.
Ando descalça sobre brasas,
fico insegura no fio que balança.
Há dias,
que sou como folha de papel,
me amasso,
me olho no espelho
e me abraço forte,
com pena de mim.
Abro a porta do coração
para a platéia entrar
faço um show especial
e quando termina o espetáculo,
deixo a emoção ficar.
Sinto medo,
choro na solidão,
mas assim é a vida,
um palco imenso,
onde a peça apresentada,
mostra a vida como é
e o protagonista,
recebe o melhor prêmio,
ao representar o seu real papel.
by/erotildes vittoria
Tem dias que conto sua ausência...
Tem dias que nem quero saber de ti...
Tem dias que sinto nojo de mim mesma por ter te amado...
Tem dias que leio o que você escreve e me embrulha o estômago...
Mas tem dias , que desejo a você vida , para que possa ver o que me tornei e felicidade em que me encontro.
Lá norte, no nordeste,
Falaram de um caba da peste,
Que eu não quis nem conhecer
Mas, te conto , se quer saber.
Esse caba conhecido
Famoso pra muita gente
Agora já é falecido
Ajudava, os mais carentes,
Os sem casa e sem comida.
Ajudou tanta gente,
Que esqueceu-se da vida.
Dia desses me falaram,
Que o sujeito era benevolente,
Tão bom, que até a sua mulher,
Ele doava a quem não tinha.
Um caba desse merece viver no paraíso,
Dizem que a mulher era linda,
Eu mesmo não conheci,
Era magrinha e carnuda,
Olhando de frente era vip,
Por traz era especial.
Eu sei que o sujeito vivia,
De que ninguém sabia nem eu,
Só se deram conta disso.
Depois que o caba morreu.
To aqui te esperando sentada te amando voce é um tipo de menino diferente conto as horas para te ver na minha frente um tipo de pessoa q contagia a gente
Se precisar vou para guerra se precisar viro a pantera tudo isso pelo seu amor e só chegar perto de vc q eu fico com calor quando vai perceber q eu te amo vc nem ta imaginando q eu fico horas te olhando quando esta despercebido fico pensando tudo isso e vc
Eu so pensooo em vc
Eu espero ansioso
na minha janela
e você não vem...
Conto as estrelas
perdi as contas,
e você não vem...
Estou ansioso,
esperançoso.
Saudoso.
E agora,
medroso.
E. Você.
Não. Vem.
Sonhos roubados
amores deixados,
desejos acabados.
amigos levados.
Agora.
Sei.
Porque.
Você.
Não.
Vem.
Da mensagem que fica
dessa noite sofrida,
escutem nossos irmãos...
“e valorizem a vida”.
Homenagem ao rapaz que discutiu com a namorada e foi para casa achando que ela ia aparecer, ou ligar, e ficou esperando. Infelizmente a menina decidiu ir a uma festa com os amigos (Kiss, Santa Maria - RS). De manhã ele recebeu uma ligação, mas não a que esperava... Briga boba e orgulho, fizeram ele perder o que mais amava. Mas apesar de toda a dor, ele deixou uma mensagem que teve muito valor nessa hora. " Valorize a pessoa que você ama e está do seu lado".
Conto: Um coração partido é cego.
Um conto baseado em um a música da dupla The Black Keys.
Ele liga para ela do telefone velho da base militar. Depois de um tempo de conversa, a ligação cai e a telefonista não consegue fazer contato novamente.
- Não é possível completar a chamada, soldado. - Apenas me coloque na linha novamente, por favor.
A operadora tenta outras vezes, mas a mensagem é sempre a mesma. Sem chances. Pelo conteúdo da conversa ele sabe que tinha realmente magoado seu amor, mas só queria ser breve e dizer que ia voltar para revê-la, independente do que havia acontecido. Nada justificaria o mal que ele causou, mas já é tarde para se lamentar. Ia contar toda a história a ela quando voltasse para que ela ouvisse de sua boca, não de terceiros.
Depois de tanto tempo, jamais pensaria que aquilo voltaria à tona e só ele sabe como as lembranças do erro ainda o atordoam.
Antes de a ligação cair, ela disse que estava tudo terminado. Depois houve um longo silêncio. Apesar disso, ele intimamente ainda alimenta esperanças. Não sabe o motivo de tudo aquilo estar acontecendo. A única coisa que gostaria era ir embora para justificar seus injustificáveis erros.
Soa a sirene. É sinal de que ele, dentro de minutos, tem de estar pronto. Durante todo o processo de preparação até a chegada ao ponto do conflito, ele não está verdadeiramente ali. Não consegue se desligar do que ela lhe disse. Só pensava nos planos que tinham juntos. Do casamento que viriam a ter. Dos filhos brincando no quintal. Do sorriso dela.
Tiros e bombas cortam seus pensamentos. Ele desce do veículo com os outros soldados e são recebidos com metralhadoras cuspidoras de balas. Se escondem, revidam e já estão ofegantes. Os mais corajosos avançam e disparam contra o inimigo. Muitos são atingidos, soltando gritos de dor.
As bombas explodindo não impedem que seus pensamentos de estejam nela. De costas para o carro e com os olhos cheios de lágrimas o tempo passa devagar dentro de sua mente. Naquele momento, as ordens e as preces não são ouvidas.
Sente dor. Tenta se focar, mas o modo como ela o olhava não sai de sua cabeça. Os lábios, que se encontravam tantas vezes com os dele, sussurram palavras que ele não consegue compreender. Se esforça e na mais irresponsável atitude, tenta se aproximar. Sem sucesso. A dor ao seu redor é maior e cala tudo. Subitamente, passa só a vê-la e não mais ouvi-la. Foi atingido. A cabeça pende para trás. Sangra. Os companheiros que resistem ao ataque gritam para alguém socorrê-lo. O soldado mais próximo o coloca nos braços e pressiona o ferimento na lateral da cabeça. Todos sabem que é em vão. Ele sabe que será em vão.
Um calor lhe envolve. Os olhos arregalados e fixos no céu encontram-se com os dela. A respiração rápida e curta é sincronizada com as lágrimas que escorrem pelo rosto ensanguentado. Não deixou de pensar no seu amor um minuto. “Como posso não ter visto? Eu deveria ter visto...”, pensa ele. Não viu o que lhe atingiu e nem de onde veio. As vozes lhe chamam. A voz dela o chama. Os sentidos falham. A visão então escurece e ele sabe o verdadeiro motivo: um coração partido é cego.
O Conto de Alice
Ele provavelmente não fazia à menor ideia de que, há algum tempo, eu havia passado por seis longos anos de aulas de dança, muito menos que em algum momento nos meus oito anos, jurei que seria a melhor professora do mundo. Ele me conhecia há tão pouco tempo, apenas sabia a cor dos meus olhos, se é que sabia. Porque eu o encarava – mesmo que inconscientemente – e via refletindo no mar cor de bronze a minha vida toda. Via um passado movediço, um futuro tão borrado quanto o presente incerto. Eu cobiçava a vontade de ser dele, de ser uma bailarina, uma professora. Eu só cobiçava. Queria abraçar o mundo num sufoco só, sem me dar conta que de ele estava me mudando e não ao contrário. E nas vezes que pensei em desistir do teu sorriso, lembrava das tantas outras vezes em que tu sussurrava meu nome no escuro como se conseguisse a proeza de fazer carinho nele. A mim me encantava a nossa poesia silenciosa, descompasso bonito de se admirar. E do dia para a noite eu não era apenas Alice, eu era a Alice do menino dos olhos cor de bronze e, sinceramente, eu nem me importava. Comparava a presença dele com uma manhã fria acompanhada de raios solares efêmeros, e num abraço, sentia a calmaria de uma noite de Natal. Acho que a felicidade tem exatamente o contorno da sua alma – de alguma forma -, acho também que nunca me imaginei feliz, mas se caso assim fosse, o imaginava do meu lado. Achava os nossos horizontes desproporcionais, nossas sinas tão distintas quanto. Não o queria pra sempre, apenas o queria por aqui, por perto. Porque descobri através dos dias sem notícia alguma que um lugar bom mesmo é aquele onde ele está. Nas horas a fio, procurando um antídoto para a falta de sossego, um equilíbrio entre o pensamento e o corpo, nas horas sem sentido, nos minutos sem ele, sem sentir o perfume tão presente na ausência, eu entrava em combate com o controle das minhas ações e o encontrava nelas também. Tinha urgência dos teus instintos persuadindo os meus, queria ouvir teus passos num rumo que você sequer cogitou conhecer. Acho que as estrelas não serão mais as mesmas sem o teu semblante, assim como as nuvens tão cinzas sem o teu disfarce. Eu nunca serei tão eu sem a parte de mim que foi embora. Num beijo salgado que nunca mais irei sentir, no desconforto das palavras que estão cansadas e querem repousar também. Eu devo ter te perdido a cada frase que nunca disse. A cada mudança de estação. Pegava-me desconsertada, olhando uma xícara quente e me perguntando o porquê de você não sentir a dor que eu sentia a cada gole que, a mim, vinha acompanhado do teu gosto. Encontrava-me desnorteada, perdendo tempo sentindo inveja de quem tu conheceste antes de mim, sentia ciúme do teu passado, das outras bocas, dos outros abraços. Desejava que você tivesse me conduzido as aulas de dança naqueles seis anos, que me incentivasse a ser a melhor professora do mundo. Desejava que você me conhecesse tempo suficiente para que já soubesse de cor os nuances dos meus olhos. Sabe, tive que me costurar na tua pele para descobrir que o teu avesso te revela muito mais, que os teus poros têm a necessidade que uma respiração desregulada que por infortúnio não é a minha. Nunca imaginei que o nosso final seria assim, uma roleta russa sem balas. Numa guerra silenciosa, sem escoriações visíveis. Eu só queria ter tido tempo de dizer que de todos os meus desamores,b’shert, você foi o mais bonito. Que a sorte te acompanhe, já que nem isso mais eu posso fazer.
A história tão bonita de fim trágico fez a menina mudar de nome, mudar de tom.
E tudo virou um amontoado de recordações. Um amontoado de causas perdidas.
Tudo virou apenas mais um conto de Alice.
Que chorou, chorou, conseguiu recolher seus pedaços e foi embora.
Inveja de Alice.
Um conto, um encanto
Confesso, completamente admirado!
Cada sorriso, uma história vivida
Cada suspiro, uma felicidade presente, constante...
Cada olhar, um reencontro com a certeza que você é a minha eterna alegria!
Se existe uma intenção, ela é toda minha, se existe um querer, que seja infinito, se existe uma razão, é você!
Tudo o que eu não posso deixar para trás...
Para ela, por ela e com ela.
O conto dos dois caminhos
Eu estava perdida em sofrimento, solidão e agonia. Desejava tanto a morte quanto a luz do dia. Já não sabia se amava mais a vida ou se desejava mais a morte. Só que eu era covarde. Tão covarde que eu não sabia viver e nem morrer. Tinha medo da vida e da morte. E eu vivia vazia, parada nessa encruzilhada. Olhava para os dois caminhos, sem saber qual seguir. Então peguei a direita, o caminho da vida. Fiquei tão apreensiva que eu chegava a subir nos barrancos da vida, só para não entrar de cabeça nessa estrada. Olhava para todos os cantos, todas as sombras... Eu prossegui pelo caminho da vida solitariamente. Durante algum tempo... Mas, ao decorrer desse, eu encontrei outras pessoas nesse caminho. Pessoas como eu. Que também haviam parado na encruzilhada e que também haviam ficado indecisas. Conheci um senhor que havia dito que havia conhecido um homem sofredor, como nós dois. Esse homem optou pelo caminho da esquerda, o da morte. E o senhor me disse que não sabia por quê. E eu lhe disse que também não sabia. Então nós rimos, aquele riso triste. E então o senhor começou a narrar-me sua história de vida. Disse-me que, quando tinha a minha idade, também havia chegado na primeira encruzilhada. Nesse instante, arregalei os olhos. E o senhor entendeu porquê. E ele disse-me para não me assustar, pois no decorrer deste caminho eu hei de encontrar mais encruzilhadas como essa primeira. E eu perguntei-lhe como ele sabia disso, sendo que nós dois estávamos apenas no início do caminho da vida. Ele me disse que ele já não estrava mais no início. Disse-me que havia nascido, prosseguido feliz e chegado à primeira das encruzilhadas. Disse-me que passou pela vida e que a seguiu até encontrar outras tantas encruzilhadas, iguais à primeira. E disse-me que, como eu podia observar, ele havia optado sempre pela vida, mesmo desejando também a morte. Ele me disse que a única certeza que tinha nessa vida era que um dia ele teria de seguir o caminho da morte, mesmo querendo ou não. E então ele me disse que não havia porque em apressar o fim, já que ele viria de qualquer jeito. Ele me disse, então, que optou pela vida porque queria saber mais sobre ela. Queria encontrar, no fim disso tudo, mais uma vez a alegria que sentia ao ser criança. Perguntei como ele sabia que a encontraria. Ele me disse que não sabia. Perguntei, então, se ele havia encontrado. Ele me disse que sim, mas que já à havia perdido. Ao me ver com um olhar desentendido, ele disse à mim que havia encontrado o amor. E então eu perguntei a ele por que ele havia voltado. Ele me disse que não tinha mais o que viver. Que sua vida já estava no fim e que jamais encontraria felicidade nessa, já que seu grande amor se fora. Ele me disse que optou por voltar, apenas para narrar aos outros, como eu, suas histórias. Disse também que queria terminar no início. Que gostaria de morrer na primeira encruzilhada. Que esperaria pela morte ali mesmo. Disse-me que estava apenas voltando no tempo. E disse-me também que queria prosseguir, antes que esse já não o deixasse mais fazê-lo. Assim, o velho me disse um adeus e se foi. E eu prossegui meu caminho, desejando, lá no fundo, encontrar a alegria. Prossegui. Após um tempo, encontrei um garotinho. Estava escondido no meio do mato que crescia pelo barranco em que eu andava. Ele se escondia da vida, mas ela não o deixava. Perguntei a ele por que se escondia. Ele me disse que era a vida quem se escondia dele, e não o contrário. Ele me disse que a vida é que não quis ser gentil com ele. Ele era tão pobre com um rato. Era sujo e imundo. Olhei para ele e disse-lhe que a vida também não me é gentil, mas eu não desisti de conquista-la. Disse à ele para prosseguir que um dia daria certo. Dei então um abraço bem forte no garoto sujo e prossegui. Ao olhar para trás, vi que ele sorria. Eu continuei andando. O tempo passou. Encontrei pelo caminho água, comida e ar fresco. Encontrei o necessário para continuar vivendo. Mas não encontrei a alegria que, lá atrás, aquele velho senhor dizia ter encontrado. Eu, hoje, sou tão velha quanto ele. Estou tão cansada que resolvi parar na próxima encruzilhada que me vier. E farei a mesma coisa que fez aquele velho. Vou ficar parada na encruzilhada, pensando na vida e na morte. Esperando-a chegar. Pensando em como fui feliz antes da primeira encruzilhada. Tudo porque eu tinha conhecido a alegria que um dia aquele velho sentiu. Eu só não dei a sorte que ele deu. Eu apenas vi a alegria andando ao longe, já o velho pode abraça-la. Ele pode amar e ser amado. Já eu, parei na primeira parte, na primeira encruzilhada.