Contos de Fábulas
Mas esse sorriso no rosto tem sim, nome e sobrenome, até endereço eu te conto, mas não é amor, pelo menos ainda não. Não sou a favor de vestir a paixão de amor, prefiro que ela nasça de dentro, para que aos poucos eu possa decifra-la, degustando desse momento ímpar de transformar os medos em sonhos.
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Eu deveria ter notado que a realidade não é como um conto de fadas, assim evitaria um livro inteiro de ilusões, mas toda menina gosta de acreditar que a própria história a ser escrita sera perfeita. Percebi, na medida em que ia entendendo as lições duras dos meus atos, que uma coisa é certa: a realidade distorce o sentido de tudo o que achava ser certo, a visão sobre o mundo, sobre si mesmo, a sinceridade do amor e questiona seus sonhos, planos, até mesmo o quão grande é sua fé. Ainda uso vestido, não abandonei meu salto de cristal, nem deixei de ser grata e radiante, mas os desafios estao me tornando forte, com os desencantos pude me valorizar e as feridas do passado, eu enfrentei e fechei o ciclo de lamentações.
No momento em que se fez presente em meu caminho, meus pensamentos e sentimentos, não era um tempo propício para qualquer tipo de relação, pois havia perdido o equilíbrio, sorria por fora mas chorava por dentro, estava em um daquelas fases em que não se consegue enxergar o que vem depois da tormenta, uma daquelas fases em que continuar lutando e ter esperanças já não valia a pena. Naqueles instantes de escuridão suplicava por uma intervenção divina, algum sinal, uma força extra que me ajudasse a enfrentar o que estava sentindo e seguir em frente, então, não demorou muito e você apareceu. Quem eu precisava finalmente tinha chegado a mim, mas a princípio fiquei receiosa, com medo de que o passado se repetisse, por isso não me envolvi, por isso demorou alguns dias e meses pra finalmente me ver livre das mágoas, livre do que estava deteriorando tudo de bom e inocente que tem em mim.
Mas você entendeu, não teve pressa, ficou ao meu lado conhecendo meus defeitos e enaltecendo as qualidades. Dias e noites nos nossos abraços, beijos tão delicados e nos amando pensava comigo mesma: estou na companhia do meu único amor, meu melhor amigo, o homem que faz eu me sentir amada, desejada, plenamente feliz.
Recordo o nosso primeiro beijo... E mesmo que nao se lembre, mesmo que o céu não estivesse tão estrelado eu ainda posso sentir o gostinho dos seus lábios nos meus. É essa boca que quero comigo.
Se as vezes em que fico sem dizer ou não sei tao bem demonstrar o quanto significa pra mim não se preocupa, não há nada de errado comigo nem contigo, mas é que cada minuto perto de ti, andando de maos dadas, nos olhando e sentindo seus braços na minha cintura me fazem esquecer dos verbos e adjetivos que definam minhas pernas cambaleando e mãos tremendo.
Você é o dono das minhas palavras mais bonitas, puras e verdadeiras pois é desse jeitinho que tratamos quem a gente ama, dando carinho, tornando a felicidade do outro a sua própria, escutando com o coração, ser o ombro quando precisar chorar e as maos pra levantar, orar e superar juntos.
Muito obrigada meu amor por ser esse anjo lindo que me guia para a realização dos meus sonhos mais loucos e por trazer a paz, a fé e o meu lado bonito.
Nenhuma barreira ou dificuldade poderá abalar um sentimento recíproco, o respeito mútuo e a persistência de tornar o nosso namoro melhor, mais sereno e forte.
Eu te amo, sempre contigo e por ti !
Era uma vez, uma garota que perdia-se em devaneios, fantasiando seu próprio conto de fadas, á espera de que, em um dia ensolarado trovaria o príncipe encantado, do jeitinho que desenhara em teus sonhos mais bonitos; seria um cavalheiro lindo por dentro e por fora, com cabelos esvoaçados pelo vento, sorriso ingênuo e olhar puro.
Combateria os vilões que quisessem o mal daquele amor, anuniciaria nas redondezas a seriedade dos dois, e gerariam demasiados frutos abençoados pela união de duas almas alma gêmeas; habitariam num castelo com espaço suficiente para abrigar e proteger as pequeninas e os pequeninos; o único feitiço lançado sobre eles seria o de serem bem amados reciprocamente e intensamente e eternamente.
Mas as pessoas a achavam insana, diziam e gritavam que não era real, que na vida não há uma bela historia de amor, que era uma enganação para mentes frágeis e inocentes de esperança.
Porém ela não os escutavam, na verdade sentia pena dos que duvidavam de algo maior, de um sentimento forte e vivo.
Á medida em que ia se transformando em mulher, suas crenças cresciam e tornara-se uma das mais lindas damas...não por causa de suas curvas, mas porque tinha uma face radiante, pois acreditava no amor e isso, já a deixava feliz.
Até que numa tarde, distraída e escrevendo teus parágrafos, esbarrou no corredor com um homem que fez suas pernas e mãos dançarem...ele se desculpou incessantemente, mas a garota romantica não escutara som algum, pois naquele momento soubera de algo que estava delineado no gargalhar daquele belo rapaz: havia enfim, encontrado a pessoa por quem os dias, as tardes, noites e madrugadas estava esperando.
Meu amor, perdoa-me se esta carta ficar um pouco extensa, mas quero que saiba que crer em você e em um sentimento genuíno, foram as mais claras razões para eu não desistir, de me entregar mais una vez, duas ou quantas vezes fossem preciso, pra te ter e não perder a chance de ser amada, por temer desilusões, pelos equívocos do passado.
Obrigada por estar ao meu lado, segurar minha mão tão firme e tão gentil, por abraçar-me sem motivos, por teus beijos suaves e por ser a minha melhor realidade.
Eu te amo, sempre contigo e por ti!
OLHE COM O CORAÇÃO
Eu conto mais pássaros do que antes.
Sinto que perdi foi muito tempo.
Já que eles sempre estiveram no céu.
Mesmo que distantes.
A ti contemplo! Feito réu.
Somente com o coração poderá ver.
Seja na simplicidade da alma,
Conseguirás ver meu brilho!
Assim, reluzir teu ser.
Enquanto os desafortunados
Enxergaram somente meus defeitos.
Que perfeito, nada ira me conter.
Não me peça para ser normal.
Por que não sou!
Não me olhe com olhos comuns,
Pois assim fico escondido de ti.
Poupe-me da dor que senti.
Do tempo que perdi!
Estou além da música de tua audição,
Estou acondicionado em seu coração
Quando me olhar?!
Olhe nos olhos.
Janelas ou barreira oculta.
Revelará meu íntimo.
Mas lembre-se:
Somente com o coração poderás me ver.
Um conto de Ivanor
Eu e ele estávamos no quarto dele. Ele me encarava e eu retribuía o olhar. Ao nosso lado havia um espelho, que ia da cabeça aos pés. Após uns segundos, virei-me para o espelho e fiquei encarando-o através do espelho. Ele, então, fez o mesmo. Agora nós nos encarávamos, mas dessa vez era através do espelho. Então eu disse:
- Eu e você temos o cabelo praticamente da mesma cor, e os olhos também.
Ele me olhou, ainda através do espelho, com um olhar inquisitivo. Então virei-me novamente para ele, e ele para mim, e disse:
- Se nós tivéssemos um filho, ele seria lindo como nós!
Ele sorriu, deu um passo até mim e me beijou.
Ele é o meu sonho mais bonito
Conto segredos, medos, pensamentos,
raivas, e ele me ouve com carinho e
entende, mesmo que às vezes não
concorde (isso me deixa um pouco
irritada, porque sempre quero ter a
razão).
Ele me abraça, e é como fosse um
abrigo em um dia chuvoso.
Ele me faz sorrir sem nenhum
esforço, pois só a sua presença traz
alegria ao meu coração.
Conversas fluem como rios.
Sorrisos se abrem.
Ele é como um sol em dias nublados.
Ele é como chuva calma que resfria
até a alma.
Como pode existir alguém assim ?
Ele é o meu sonho mais bonito.
(É, eu acho que me apaixonei pelo
meu melhor amigo)
"CONTO DE OUTONO"
A chuva caia com imensa intensidade
A noite estava escura cheia de neblina
Como se não houvesse lua no céu
Ela estava perdida à procura do seu amado
Mas o seu amado não estava em lugar nenhum
O amor e a dor consumiam o seu coração
E uma parte dela morria
O seu amado havia levado essa parte com ele.
Ela não conseguia explicar a dor no seu peito
Chorava de saudade sangrando por dentro.
Pergunta ela porque o conheci?
Era uma simples noite de outono, numa simples festa
Num simples momento, um simples beijo
Coisas simples que foram o bastante para abrir um buraco
De esperança no seu coração para faze-la sofrer de amor
Ela fecha os olhos e pensa no seu amado
No dia em que se conheceram
Do primeiro abraço, do seu único beijo
Olhares profundos dentro dos olhos um do outro.
Uma lágrima desce vagarosamente pelo seu rosto
A dor que de repente a consome, simplesmente desaparece
Olhou para o passado para sentir o que viveu
Não no sentido de quem me dera voltar para trás
Mas apenas para perceber se valeu a pena amar tanto o seu amado!
Monique (Poema II)
Conto as horas para
Chegar em casa
E em apenas um olhar
Ver seu sorriso sem graça
Sempre espero suas mensagens
E respondo depois de um segundo
Não quero perder tempo
Não tenho todo tempo do mundo
Contamos tantas histórias
Nossas coisas preferidas
Contamos segredos
Coisas da nossas vida
Mais guardo um
Sentimento profundo
Que não sinto por mais
Ninguém nesse mundo
E aquela solidão que
Era o fardo do meu coração
Logo queimou-se
Com o fogo da paixão
Mas não sei ainda como dizer
Talvez nenhuma palavra saiba
Traduzir o que eu sinto por você
Se teus olhos brilham ao ver os meus
Se sua mão treme ao falar comigo
Acho que você também gosta de mim
E não me quer só como um amigo
Mais guardo um
Sentimento profundo
Que não sinto por mais
Ninguém nesse mundo
E aquela solidão que
Era o fardo do meu coração
Logo queimou-se
Com o fogo da paixão
Sou uma pessoa muito tímida
Mas pra você eu conto tudo
Mesmo as minhas coisas íntimas
E meus planos para o futuro
E aquela solidão que
Era o fardo do meu coração
Logo queimou-se
Com o fogo da paixão.
CONTO "A VELHINHA TECIA,TECIA"
As suas mãos teciam numa noite
De inverno longa e fria
As serras cobriam-se de neve
O rio detinha-se congelado
Ela tecia o fio de lã
Como fios transparentes de seda
As folhas mudavam de cor das árvores quase despidas
Dentro de casa a lareira acesa
Ela continuava a tecer os fios finos de lã.
O seu amor era incondicional e divino
O que sentia pelos seus amados filhos.
Lá longe nas grandes cidades
Dizia ela os meus amores.
Docemente contemplava com fervor
O caminho entre as fragas.
Cheias de neve
Onde o peito tanto doía de saudades.
Aquelas saudades d`alma pura
De vários sentimentos que ardem no fogo.
Dentro de água que o gelo detinha e o rio não corria.
Vida estreita na vivência
Que ninguém duvide dos seus longos anos.
As suas mãos teciam a manta que lhe cobrira
O corpo como uma mortalha.
De bravura esta sua humilde vida sofrida
Onde rezava e colhia tantas bênçãos.
Do Senhor seu Deus
Tantos favores que Deus
Lhe dava pela sua perseverança
Pela fé que tinha mesmo nos dias de dor, de mágoa
Ela era sempre muito abençoada.
Ela dizia que Deus é o meu caminho
Sem ele não resta nada, só pó.
Tinha um coração de amor e sabedoria
Dizia ela que tinha aprendido com os seus pais.
Gente humilde, sábia, honesta
E muito respeitada pelo povo onde mora.
Está uma noite de inverno fria e longa
Ela continuava a tecer com os fios fininhos de lã
Da sua mortalha ao pé da lareira
Estava contente
Sentia-se feliz porque sabe que Deus
Ira chamá-la em breve.
A qualquer hora , dizia tenho que acabar
Estou nesta empreitada à quase 80 anos.
Estou muito feliz por que Deus
vai estar à minha espera
Bendita senhora já tão velhinha
Benditos os lírios do campo
E todas as flores silvestres.
Só Deus cuida delas
Como cuidou de mim estes anos todos.
Benditos todos os meus filhos que pari
Com muitas lágrimas de dor.
Com sabor a mel que era amor
Tecia tecia os fios de lã, finos fios como seda.
Rezava, rezava, tecia e dizia a Deus
Senhor está quase pronta a minha mortalha.
Que me cobrirá ao encontro marcado
Contigo quando chegar a hora.
UM CONTO "HOMEM SÓ, JÁ NÃO"
Homem deixado entregue ao seu destino
roto quase despido, tinha chorado, tinha gemido.
Já tinha fugido das responsabilidades, tantas vezes do tempo
Da verde eufórica mocidade, agora já na madura velhice
O gosto falso de uma caminhada dada na verde preguiça,
Onde quis fortalecer a fraqueza da solitária serra
Mora nos bosques repletos de diversidades, nos rochedos nas grutas
Com o seu fiel amigo, um lobo abandonado
Por um caçador repugnante que tantas vezes batia no lobo indefeso
Como nos cães que ele tinha e tem
Caçavam juntos o homem sem nome,
Ele não gosta nem de lembrar o seu passado
Apenas o presente numa terra agreste dura
Fugia das pessoas que o olhavam de lado chamando-lhe louco
Coitado diziam, mal sabiam
Que era mais feliz numa gruta na serra
Do que com um bom carro que tinha
Um Audi topo de gama, uma casa na zona mais cara de Lisboa.
Mas não era feliz, encontrou a felicidade quando o deixaram
O roubaram, entregue a si próprio no meio do Monsanto,
Roto quase despido e revoltado
Quando deu-se por ela era um sem abrigo triste e solitário.
Resolveu fugir da cidade para o campo
E foi quando começou a viver nas grutas das serras
Enfiados nos rochedos, nas fragas
Foi quando viu um animal quase morto cheio de feridas
Não deixava ninguém aproximar-se dele
Estava moribundo mas tinha garra
Afinal era um animal selvagem
Domesticado por um verdadeiro animal o seu dono
Um caçador que o tinha roubado à sua pobre mãe loba, coitada
Lentamente começou a aproximar-se, mas o lobo uivava
Ele com calma foi ganhando confiança
O lobo começou a baixar a guarda, estava tão ferido que metia dó
Mas devagarinho conseguiu aproximar-se dele
Tinha caçado um coelho selvagem
Coitado nunca tinha comido carne crua
Era repugnante dizia ele em pensamento, comer a carne crua
Mas o amor que ele tinha por aquele animal ferido
Era tanto que nunca tinha sentido por ninguém
Era uma mistura de sentimentos desconhecidos dele até então
Repartiram a carne entre os dois e a confiança estabeleceu-se
Ele conseguiu agarrar-se ao lobo que ainda o abocanhou
não o mordeu, aceitou o abraço de um homem que não conhecia
Afinal o antigo dono nunca o tinha abraçado
Só lhe batia como batia nos seus cães o caçador era um homem rude
Talvez sem instrução coitado não é desculpa mas enfim
O lobo tinha ganho um amigo, o homem tinha ganho
Mais uma razão de continuar o seu destino
Já não estava sozinho tinha um fiel amigo, o lobo.
Andam assim os dois pelas serras, montes
Bosques, rochedos, fragas e grutas do nosso amado Portugal!
Tempo
Ao tempo olhar,gozar,zombar,aturar e por a me abandonar conto em imaginação o tempo que estarei restaurado para doar e fazer pulsar meu coração mais forte por alguém, por fazê-lo se liberta de sua jaula suja a que o pus a trabalhar que o insignificante intuito de me fazer funcionar sem um por que ou um pra que. Espero voltar a deixa-lo a brincar pelas ruas e avenidas de um amor seguro e bonito que até o fim possa brincar.
Sua face fria...
Um conto de tantas histórias
Do que realizei cada soneto
Repete-se no teu nome....
Simplesmente uma sintonia perfeita
Do seu corpo risquei a vida.
Conquistei em cada citação meu amor.
Em cada noite um para vida toda...
Sem querer senti a vida passar
Num sopro de uma música
Que destino tocou em nossas vidas.
CONTO DE NATAL: O Caçador e o Anjo
Era uma vez um jovem Anjo que duvidava da existência dos homens. Ele via uma forma de carne, ossos, sangue, pele, cabelos, uma forma material. Essa forma se movia, alimentava-se e descansava, mas ainda assim o Anjo duvidava de que fosse um homem.
O anjo sabia que os homens são espírito e matéria, e que ele tinha uma missão: cuidar de um deles. Porém, questionava se a forma rude que enxergava era mesmo de um ser humano.
O homem, chamado Estevão, só acreditava no mundo material e ria quando alguém lhe dizia que existiam anjos. Um dia ele foi caçar numa floresta e, correndo sobre o mato úmido atrás de um veado, bateu contra o tronco de uma árvore morta que estava caída no chão. A arma escorregou de suas mãos e um forte estrondo, como o rugido de um leão, agitou a floresta. Rapidamente os pássaros revoaram e animais pequenos voltaram a suas tocas. Ao cair no chão a espingarda disparara e o caçador, com tão pouca sorte, foi ferido.
Estevão, lá deitado, vendo o sangue escorrendo de seu peito, olhou para o céu a fim de pedir socorro e, num raio de sol que penetrava pela copa das árvores, divisou a imagem de um anjo com suas asas brancas.
O Anjo, por sua vez, ao ver o homem clamando por Deus, percebeu seu espírito. Ambos se olharam com curiosidade e, em seguida, passaram a se examinar mutuamente.
– Você é um Anjo? – Então os anjos existem! – disse o homem, admirado.
– Você é um homem? – Então os homens existem! – exclamou o Anjo.
Ambos deram-se as mãos. Estevão, no entanto, havia perdido muito sangue e desmaiou. Foi acordar num quarto simples, da casa de um lenhador que por acaso passara por onde ele se encontrava na floresta e, ao vê-lo ferido, decidiu a ajudá-lo.
Desde esse dia o caçador se fez amigo do Anjo, e o Anjo se fez amigo do homem. O humano sentiu-se tão feliz com seu companheiro celeste que deixou de matar outras criaturas. Agora, sua maior diversão era observar os seres da natureza: ondinas e gnomos, silfos e salamandras. Mostrou também seu mundo a seu amigo: casas e fábricas, lojas e clubes, cinemas, teatros e shoppings. Mas o ser celeste preferia as florestas, as montanhas e os mares, o ruído dos ventos, das ondas e dos pássaros.
O homem e o Anjo sempre permaneciam juntos, e os sensitivos que por acaso os viam, detinham-se perplexos a observá-los: ambos caminhavam juntos, tão serenamente que ninguém sabia se o homem era guiado pelo Anjo ou se o Anjo era guiado pelo homem.
Isabel Furini é escritora e poeta.
Precisamos nadar contra a correnteza
Dia desses a gente se encontra e eu te conto que a minha reza antes de dormir tem sido pra você. Que eu vago todos os dias pra ver se esbarro contigo em algum lugar, que eu te enxergo de uma maneira tão bonita no horizonte e que é por isso que eu espero o pôr-do-sol. Cê já percebeu como é lindo quando a noite cai e a cidade dorme? Dormem as obrigações e dormem as angústias, dormem as tristezas e dormem as certezas; durmo eu com o pensamento vidrado em você.
Você ri de uma maneira tão bonita quando fica sem jeito que faz com que eu fique sem jeito. O amor deixa a gente meio bobo mesmo. É bobo e ainda assim é bonito. É lindo, na verdade, porque tudo ganha um pouco mais de cor e a gente começa a nadar contra a correnteza. A aquarela fica mais colorida e a gente até se esquece das feridas, esquece o que arde e o que corrompe a gente por dentro; esquece as dores e as promessas todas de quando a gente bateu com a cara no muro pela última vez e jurou pra si mesmo que nunca ia encontrar alguém igual a quem se foi. E ainda bem que foi. Se não fosse, eu nunca teria esbarrado com você.
Acho que é sempre isso mesmo: a gente nadando contra a correnteza. Porque a correnteza tortura, leva a gente com as angústias todas e carrega pra um lugar que atormenta. Ser levado pela água é horrível. Até dá pra tentar se segurar, tentar encontrar alguma pedra que nos ofereça abrigo em meio ao rio, mas é mais forte que a gente. O corpo fraqueja e a gente também, e aí tudo se entrega. Só que quando nos apaixonamos, deixamos a boia e o que sobrecarrega de lado, e nadamos contra a correnteza; contra as pessoas e contra o fluxo, contra as angústias e contra a certeza de que se apaixonar de novo seria o mesmo que naufragar. E aí a gente percebe que naufragar é desistir do amor.
Dia desses a gente se encontra e eu te conto que todas essas metáforas que eu crio sobre o amor são sobre você, e o quanto valeu a pena nadar contra a correnteza pra te encontrar. Te conto o quanto eu vago e nado por ai pra ver se encontro abrigo em você. Cê me abriga? Se abrigar, a gente senta na proa e olha o pôr-do-sol. Sobra nós dois no rio contra a correnteza.
Na solitária busca de mim mesmo, conto contigo.
E teu olhar atento me acompanha.
Sem hesitar prossigo, na certeza daquilo que quero.
Sem acreditar naquilo que é predestinado.
Mudo o rumo de tudo que me foi ensinado.
…
Estou em busca de novos horizontes.
Quero enriquecer a biografia de minha vida…
Trilhando caminhos desconhecidos
me aventuro e corro risco, porque assim tem que ser.
Isso me dá prazer.
No começo somos apenas crianças indefesas e felizes ,onde o conto de fadas é verdadeiro e toda história tem um final feliz; até você crescer e a vida te dar uma rasteira .
Aí você começa á realmente enxergar, que conto de fadas é apenas a imaginação de alguém de como ela queria que fosse as coisas. Ai e o momento de sua queda ,a decepçao de viver em um mundo de mentiras que nada você dele conhece.
Esta e a faze que chamamos de adolescência.
Dandara menina humilde que veio da favela,menina bonita q sonha em viver um conto de Cinderela.
A menina cresceu,pras dificuldades disse adeus.
Menina q hoje é moça,tem carro,casa e empregada,mas ainda curte lavar a louça.
Nos seus ela se aprofundou e hoje um ótimo futuro ela herdou
menina trabalhadora que não precisou usar uma metralhadora,para vencer na vida usou dos conhecimentos dos livros e dos professores e estudou pra ser doutora
Um Conto De Amor!
[...] ele então
perdeu um grande amor...
Que dava asas,
sonhos, ilusões.
impulsionava-o a seguir
sorrindo e feliz.
Infeliz pela perda,
chegou ao fundo do poço.
Lá conviva com a solidão.
A escuridão.
E o desassossego.
Pensava que não encontraria saída.
Até que um dia sentiu
a presença de Deus.
E Ele lhe estendeu a mão dizendo:
_ Venha...Saia daí.
Venha para fora dessa prisão
Ai cheira mofo, é escuro.
Não existe sonhos e nem vida.
E a vida anda querendo
pulsar em seu coração.
Aqui fora a liberdade o espera.
O ar é puro.
A vida sorri.
Não se pode entregar
assim a sua vida.
Porque perdeu um grande amor.
Grandes amores
ainda surgiram.
Mostra-se forte.
Levanta a cabeça.
Abra um sorriso.
Ele então segurou
nas mãos de Deus
e o agradeceu.
Percebeu então que
poderia de lá sair.
Que tinha asas de sonhos.
Só bastava fortalece-la.
Conseguiu sair do buraco negro
de onde havia se enfiado.
E sorrateiramente sobrevoou
a sua superfície.
Descobriu que não era um buraco.
Era um lago.
Um riacho de águas cristalinas
que lutava para sobreviver.
E foi daí que sentiu o ar
circulando por dentro de si.
Dando força.
Trazendo os melhores ventos.
Fazendo chover em seu leito.
E ele se fez belo.
Lindo como um leão.
E daí nada mais o tornou inferior.
Porque nunca mais deixou
a fé diminuir naquilo que o fazia sofrer.
E voltou a desbravar novos sonhos
de vida e de amor!
O que estou fazendo?
Nem te conto face!
Sentada, preguiçosamente, numa confortável cadeira (aquelas com cordão de nylon colorido).
Só a varanda está iluminada, além disso um breu total.
Sequer uma estrela no céu!
Um ganso grasnando por perto, uma vaca berrando ao longe.
No mais, grilos "crililando" uma sinfonia de uma nota só....
Ah
O que estou fazendo?
Nem te conto face!
Sentada, preguiçosamente, numa confortável cadeira (aquelas com cordão de nylon colorido).
Só a varanda está iluminada, além disso um breu total.
Sequer uma estrela no céu!
Um ganso grasnando por perto, uma vaca berrando ao longe.
No mais, grilos "crililando" uma sinfonia de uma nota só....
Ah, e nas mãos um celular... teclando...teclando...--
me - ((*_*)) 15/01/2015
mel - ((*_*))
me
...eu ainda conto estrelas e suspiro em noites de luar! Eu ainda adoro quando o vento brinca de jogar os meus cabelos contra o meu rosto, e da vida não tenho reclamação nem desgosto! Eu ainda dou risada das minhas pérolas do dia a dia, quando troco Hong Kong por King Kong e nem percebo a diferença! Quando o sol nasce e me acorda dando um bom dia caloroso ou quando a chuva levanta o cheiro mágico da terra molhada! Eu ainda consigo imaginar coisas maravilhosas, como o formato de uma nuvem que parece um elefante, ou fazer daquela minha biju barata, um anel de diamante! Eu ainda sonho com o impossível e faço planos de conhecer Marte! Acordo cedo, durmo tarde e quando vou à praia, só saio quando a pele arde! Tenho uma certa ambição em me tornar uma mulata de cabelos black power depois de 5 horas de sol! Não consegui até hoje, mas sei lá, que voltas que a vida dá! Eu falo sozinha coisas que nem eu entendo: e respondo com a seriedade que merecem as coisas incompreensíveis! Um dia vou me armar até os dentes e acabar com as guerras, as bombas, os mísseis! Vou me alimentar de paz e emagrecer 10 quilos e viver feito um esquilo, comendo nozes! Ah, já contei que ouço vozes?
E depois de todas essas confissões - secretas e sagradas - eu me pego pensando se deveria ter exposto tanta intimidade, e gargalho certa ao perceber, que problema pode haver, se ninguém vai achar ser verdade?