Contos de Cora Coralina
Quando seu herói cai em desgraça
Todos os contos de fadas são descobertos
mitos exposta e dor ampliada
a maior dor descoberto
você pensando comigo a ser forte
mas eu estou confuso de ver você tão fraco
Você nunca disse para desistir
e dói ver você denovo na derrota
Quando seu herói cai assim faz as estrelas
e assim o faz a percepção do amanhã
sem o meu herói, só existe eu
sozinho para lidar com a minha tristeza
Seu coração deixou de funcionar
e sua alma não é feliz com tudo
O que você espera fazer
quando o seu herói só cai
Era uma vez uma menina, que acreditava em todos os contos de fadas que ouvia para dormir.
Acreditava no amor verdadeiro e em felizes para sempre, ela tinha viva a esperança de que algum dia todos seus sonhos se tornariam realidade.
Ela acreditava em fadas, que um dia o toque magico de uma varinha realizaria todos os seus sonhos e a tornaria uma princesa, e que ela por fim encontraria seu principe encantado.
A menina cresceu, mas ainda crê em fadas, e abraçada a sua almofada.
Ela sonha acordada, com seu príncipe azul, em seu cavalo branco.
Pensa como seria quando o encontraria, os sonhos são o mais belo dos tesouros que podemos carregar. E essa magia que um dia pode nos encontrar brilhando como uma estrela azul, entrando pela nossa janela, tudo que você tem que fazer é acreditar, que cedo ou tarde eles irão se realizar. E você ira encontrar seu ” Felizes para sempre”.
Coisa típica em contos e em filmes de romance, é o dito amor a primeira vista..daqueles
que você para e pensa:
-Que idiotice você se apaixonar ao ver uma pessoa sem ao menos conhecê-la! Rsrsrsrs
Sabe..o pior é que aquela idiotice toda, acontece! E aconteceu! De um jeito que te pega
desprevenido, te deixa confuso, tenso, alegre e curioso…
O mais idiota é perceber que isso tudo que aconteceu contigo é amor. Amor?
Mas, o que é amor? Talvez eu não saiba o que realmente seja..mas sei, sei que ao pensar
na pessoa meu coração vai a mil, a imaginação vai longe, a ansiedade aperta o peito, da nó
na garganta. Ao vê-lo, cabeça fica confusa, borboletas fazem revoada no estômago, boca
fica seca, e a vontade de “ter” aquela pessoa é inevitável...se é amor, não sei..só sei, que o
que mais almejo é viver esse sentimento idiota com o tonto por quem aparentemente me
apaixonei a primeira vista…
Não irei mais chorar
Apenas amor sairá do meu olhar
Porque de lágrimas conto meus contos
Faço meus encantos
Lágrimas assim, não mais desejo
Apenas as despejo
Numa rua de saudade
Por um pouco de humildade
Saudade sentirei
Eternamente lamentarei
O tempo perdido
Que jamais aproveitei
De Goiás a Brasília –
Memórias de Minas Gerais
[J.W.Papa]
E como se eu carpisse três quartos de chão duro de terra vermelha numa empreitada só, e ensimesmado olhando para o sol visse meu futuro por entre as folhas já quase secas de um abacateiro - sem abacates.
E a lua antes da hora de costume, já fosse se aproximando e se antecipasse a mim, feito os beijos quando são roubados.
E as estrelas raivosas não me alumiassem e desconjurando-me negassem seu pisco aos meus olhos, já marejados de tanta tristeza e solidão.
Feito se eu fosse de pedra, dos pés ao fio de cabelo mais encravado do couro cabeludo ou se eu fosse de veludo, feito o fundo mais profundo de uma caixinha dessas de guardar segredos e quinquilharias.
Feito se eu olhasse mudo a transição de mundos e a patifaria que ocorre todos os dias e em silêncio, tivesse de permanecer até que se secasse a última gota de suor de minha testa escaldada pelo calor dos raios deste sol enorme posto no céu de Minas Gerais.
E visse o vento ligeiro soprando ainda tímido por entre as frestas das coisas, trazendo-me a brisa, que me aliviaria por hora deste meu sofrimento.
Se pudesse, veria o vento, se curvando a todo tempo para não se chocar com a montanha avermelhada - do pó da terra que eu carpia logo ali perto!
Mesmo que topasse com onça brava no caminho ou outro bicho grande, destes que habitam as matas selvagens.
Mesmo se topasse de frente com bicho bravo, seguiria a pé pelas trilhas e pelos caminhos de terra por mais distantes que fossem, seguiria ereto e rijo até o ponto mais alto do vale.
E desceria o abismo escuro enrolado em cipó de macaco numa queda só, até a cachoeira d'alça d'água, só para me refrescar desta quentura toda.
E se eu fechasse a janela às três horas da manhã sem um pingo de sono sequer e me deitasse na cama de olhos abertos e ficasse olhando o escuro e tateasse o mundo, o meu mundo...
E pontilhasse no ar constelações inteiras de insetos luminescentes ponderando acerca de conferir ou não o incômodo do Xixixi... Das formigas e cupins desfazendo minha porta, transformando-a em minúsculas esferas de madeira marrom.
E eu acordasse todas as manhãs bem cedo desejando do fundo de minha alma que já fosse de noite, só para recomeçar tudo de novo.
Desejando que fosse esse, o meu mundo; que fossem esses, os meus sonhos; que fosse esse, o meu futuro!
E mesmo que esta terra nunca mais me quisesse, nem eu a quisesse, e mesmo que ambos não se quisessem - (E mesmo que eu não fosse daqui, e nessa terra não tivesse nascido) – só desejaria carpir um quarto desse chão de terra fértil, plantar uma roça inteira de pés descalços pisando o chão quente aquecido pelo sol.
Mesmo que o chão fosse duro e a terra fosse vermelha e a colheita não fosse assim tão farta, mesmo se a terra fosse arrendada do patrão, e os impostos para explorá-la fossem muito caros acima de minhas possibilidades, mesmo assim!
Mesmo que este chão não se tornasse meu um dia, mesmo que não se tornassem meus os sete palmos de terra prometidos a mim. Mesmo assim, seria um sonho!
Se deste sonho um dia me despertasse e nada me adviesse, mudar-me-ia para Goiás, mudar-me-ia para Brasília.
Quem sabe lá não encontrasse as minhas origens, as tais raízes... Que nos fazem querer retornar à nossa terra natal.
Que nos faz enxergar os traços em comum com gente que a gente nunca viu, mas se sente bem ao ver pela primeira vez, e é como se as conhecesse desde sempre.
E neste caso, voltaria para Goiás Velho, iria revisitar as memórias de Cora Coralina e quem sabe não escrevesse algum verso sentado em sua cozinha!
E perto do fogão a lenha, sentindo o calor do tacho quente a me aquecer no inverno sorriria, saboreando as delícias feitas pela poetiza. Com um pedaço generoso de bolo de milho com queijo às mãos e rodeado por vários cães e gatos manhosos, por todos os lados que olhasse me lembraria de Minas!
Dada toda essa alegoria política, talvez eu seja mesmo de Brasília, talvez seja um filho bastardo de Juscelino!
Pensava ser de Minas... Mas agora não tenho tanta certeza se sou. Se fosse de Goiás não me importaria.
Pensando bem... Vou para o Planalto Central tocar viola caipira, comer arroz feito com pequi e falar de política ao largo do Lago Paranoá.
ouço seu andar pelos morros dos meus olhos
nem sei se aqui é Minas
mas vejo pontas de minhas raízes ressequidas nessas páginas
conheço esse caminho de pedrinhas miúdas, reviradas...
florzinhas acanhadas, pisadas, maltratadas.
- aqui há sol! muito sol!
sua voz de nascimentos sopra-me versos
feinha vou milagrando em letras nas rachaduras
da dureza da vida
frágil, relutante, bravia...
integrando na lição terna
curvo em seu ouvido
-semear, vigiar, colher...
Ah, Aninha, ainda faço doces com suas receitas.
[...] E perto do fogão a lenha, sentindo o calor do tacho quente a me aquecer no inverno sorriria, saboreando as delícias feitas pela poetiza. Com um pedaço generoso de bolo de milho com queijo às mãos e rodeado por vários cães e gatos manhosos, por todos os lados que olhasse, me lembraria de Minas!
Fragmento do poema
"De Goiás a Brasília –
Memórias de Minas Gerais".
A FIRMEZA DE ANINHA.
( de Madalena Ferrante Pizzatto )
Aninha ajuntou pedras,
das pedras fez sua escada,
com firmeza subiu alto.
Entre pedras com firmeza
plantou e cultivou rosas.
Com firmeza entre pedras
edificou sua história.
Uma pedra foi seu berço
morou na casa de pedras.
Aninha comeu pedras
com seu marido de pedra
e teve filhos de pedras.
Viveu seus anos de pedra
com pedras no seu caminho.
As pedras duras e rudes,
esmigalharam Aninha
Com firmeza fez seus versos
que brilharam nos poemas.
E com firmeza se fez,
doce Cora Coralina.
* Uma releitura do poema PEDRAS ( de Cora Coralina )
Cidade de Goyas (Goiás Velho)
Hoje, eu fui o menino de cabelos brancos,
que andou na ponte da menina feia (Aninha)
poetando suas lembranças em cânticos
do rio vermelho e das serras que recitam poesia em ladainha
E lá em sua janela a figura dela, Coralina, de versos românticos
tão meigo, tão terno, tão teu... que alegria
poder caminhar nos teus passos semânticos
das ruas indecisas, entrando e saindo em romaria
em trovas dos teus larguinhos e becos tristes
ouvindo os cochichos das casas encostadinhas
fui cada trepadeira sem classe, que vistes
cada morro enflorados, lascados, grotinhas
fui cada muro da ruinha pobre e suja, momentos tão teus...
Eu,
só quero te servir de versos, meus...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
A Cora Coralina (paráfrase)
Após minha primeira visita a sua cidade
09/06/2015, 19’13”
Cidade de Goyas
Faz do cenário da tua vida,
Do cenário de horror que você presencia, um filme inesquecível.
Um show que você irá se lembrar para sempre,
Um espetáculo do qual você é a maior atração que brilhará no centro principal.
Faça uma reviravolta e construa um final feliz,
Pois, finais felizes existem sim, mas para aquele que faz acontecer no mundo real, e não apenas sonha.
Seja o protagonista da sua própria trama
Crie o enredo
Seja o personagem que você acredita,
Mas nunca, nunca mesmo, seja o coadjuvante da sua própria vida.
Ali fizera curso brilhante e mais brilhante concurso em concorrência com a fina flor da inteligência e cultura de vários Estados, tirando o primeiro lugar, recusando alta colocação no Rio de Janeiro, afirmando que estudara e fizera aquela prova não só para brilhar e sim para servir Goiás, sua terra, e que voltaria.
CONFESSO QUE AINDA ESPERO…
Algum cavaleiro armado…
Sim, um príncipe encantado
montado num alazão,
que me desperte o desejo,
me ressuscite num beijo…
Me leve desta prisão!
Mas “para sempre feliz”,
do jeito que eu sempre quis,
é na verdade ilusão.
Amor pra mim é um mito,
em nada disso acredito…
E me devora o dragão!
DEVORADORA
E o Lobo, que não é bobo
Deixou-se levar
E das mãos da Chapeuzinho
Aceitou a taça de vinho
E ela, dele foi se fartar...
E logo, ambos em desalinho
Exaustos deste jogo
Puseram-se a sonhar.
Dizem que nessa história
O lobo não teve escapatória:
Ele é quem foi o "manjar".
Desejava mais do que queria desejar
Queria mais do queria querer
Ansiava mais do que queria ansiar
Chorava mais do que desejava chorar
N'alguns momentos
Vivia sem querer viver
E desejava morrer
Sem querer morrer
Que confusa vida era a minha vida
Que vida mais confusa era o meu viver
Por fim, de tanto penar,
Compreendi que na vida não se pode haver compreensão
Se não compreendemos por meio de nossa própria dor
A dor dos outros.
Até hoje não entendi,
se era minha fascinação
ou a distração dos outros,
que faziam dela,
a mais linda das solitárias.
Para mim,
ela era perfeita,
linda, doce, sexy,
mas a solidão era sua rotina.
Eu não compreendia tal combinação,
mas creio que seu jeito,
fascinante no olhar,
nos lábios,
no andar,
vinham justamente de sua solidão.
Talvez por isso,
ela,
mesmo sem perceber,
tomava atitudes para manter-se só.
Ela flertava com a solidão,
ela maquiava-se de solidão.
Deixa passar. Certas coisas não compensam sabe? Não compensa esquentar a cabeça e muito menos o coração. Ás vezes temos que simplesmente ignorar e deixar pra lá, não vale a pena se desgastar por qualquer coisinha atoa. Ás vezes temos que deixar algumas palavras serem esquecidas, deixar alguns momentos somente no passado e deixar algumas coisas simplesmente passarem. Temos que parar de fazer drama por qualquer coisinha. A gente já está crente de saber que as pessoas não foram feitas para nos agradar e muito menos para nos corresponder. A gente tem que dar atenção para o que realmente importa, para o que faz bem, para o que motiva a nossa alma, para o que vale a pena, e tem que deixar de lado toda essa baboseira de ficar sofrendo por quem a gente sabe não merece a gente, por quem a gente sabe que não compensa, que não vale a pena. Tem que deixar de lado toda essa negatividade, todo esse orgulho, todo esse sofrimento desnecessário! Deixa passar, deixa o vento levar isso embora e deixa o tempo te fazer aprender que não compensa sofrer. Deixa essa angustia passar e dar espaço para o que vale realmente a pena chegar e ficar.
Respiro o ar da alegria, ao ver o sorriso em um olhar, o grito em um sorriso, a explosão em um coração, o retumbar do silêncio, a fé no amor, no ser humano, o bailar de uma criança, a reflexão de um ancião, o despertar de um amor, a coragem em viver, a convicção no amor, a vida no passado, a alegria do presente, a esperança do futuro.
O problema é que a gente se ilude demais com pouca coisa. Mas mulher não é burra não, nosso coração que foi feito de material maleável e se derrete com qualquer calor a mais. Por isso o coração de algumas fica igual a pedra depois de tanto derreter a toa, pedra não derrete e só quebra se a queda for muito grande.
Desde que pus as malas dentro do carro, soube que te perderia. Quando a certeza me assolou, meu coração não doeu, como já aconteceu tantas vezes antes e, assim acredito, seja apenas por eu estar pré-consciente de um futuro não mais presente. Presença. A tua, meu bem, que não é mais e que não me dói mais, embora lateje louca nos dias de chuva e te conto que cai temporal devastador todo fim de tarde. É o instante que arregalo os olhos e sinto o coração tornar-se pequenino dentro do peito, com todos os medos mais inocentes e as saudades, minhas, mais doces. Tu és a minha saudade mais bonita e me é estranho te perder, pois sempre te tive feito vela acesa dentro de mim, ritmando meu coração pra lá de descompassado e que sabias ler de olhos fechados, apenas decifrando a pulsação. E eu sinto falta disso, de quando fomos sem ser. E agora, que mudei, tudo se perdeu e assim entendo que aquele nosso encontro na praia não foi um reencontro — mas uma despedida.
Hello my friends,
A vida só tem sido boa na presença tão estimada mente presente do senhor nosso Deus. Aquele mesmo que criou o imbecil do ser humano e a vida que almejamos tanto que seja diferente pelos estereótipos desenvolvidos por outrem. Nada é perfeito, e sim refeito, através das bases que vivenciamos presencialmente nos inimigos e pessoas indigestas.
Você é problemático e eu mais ainda, e é uma pena que seja tão brusca e estupida.
Beijos e até logo.
Eu mesma.