Contar Histórias
UTOPIA DO PRESENTE.
La no futuro ainda irão contar historias de um tempo passado em que as pessoas brigavam entre si, que maltratavam animais, que elas eram capazes de achar que eram melhores que negros, homossexuais e pobres, nesse lugar do futuro irão contar a seus filhos que as pessoas ao caminhar pisavam de proposito em formigas sem a consciência da limpeza que elas fazem nos micro organismos espalhados no nosso habitat, irão falar sobre pais que abandonavam bebes em caçambas e mães que matavam filhos pra ficar com o amante, dirão até que existiram quem fosse capaz de derrubar ininterruptamente arvores e mais arvores sem sequer jamais ter plantado uma fruta pra comer, espalharão aos quatro ventos que homens foram capazes e financiar gerras em outros países colocando irmãos para lutar contra irmãos alegando que havia um deus que éra melhor que outro e la nesse futuro eu não estarei respirando mais, mas aqui, nesse presente eu busco fazer de tudo para não parar de respirar por entupimento nasal de estupides de uma existência medíocre.
Mergulhei de cabeça em uma historia de conto de fadas, loucura? Não mais sim uma busca desesperada pra ser feliz , basta eu querer que coisas boas vão me acontecer, seguir suas regras e seus pedidos, me fazem bem, porque eu sou você e você sou eu, amor eu te amo mais do que nunca e jamais vou te decepcionar com nada, nossa historia é mais do que linda, muitos por ai tem inveja, mais nos sabemos que somos fortes e vamos conseguir passar por tudo junto.
Essa história não conta apenas, uma história. Essa história depende de cada pessoa que passou pela minha vida. Tanto de pessoas que me tocaram de várias formas, quanto daquelas que namoraram minha alma, como se ela não tivesse mais fim, fazendo disso, muito mais do que apenas.
25/10/2007 Noite de Lucce – Parte 1
Suas mãos são tão leves quanto suas palavras. Doce. Da ponta de seus dedos até o toque de seus lábios nos meus. Tem o dom de harmonizar o sensível, o ardente e o sujo, transformando-os numa canção relida a cada olhar. Lucce é o homem que qualquer mulher pediu a Deus. Esse foi seu maior desafio, eu não sou qualquer mulher. Ele tinha um apreço incrível pelo sabor dessa palavra, aliás.
Desafio era o que inconscientemente o movia à superação. Você deve estar se perguntando: Mas que superação, se ele até agora soou como um sonho de homem?
Ele, como você e como eu, é humano. Talvez não como eu, mas não estamos aqui para falar de mim. Antes de irmos ao ponto, só quero você atente para um fato: Desconfie de todas as pessoas que lhe parecem perfeitas demais. Não que eu queira aqui parecer mais um daqueles sábios vazios que tem toda a sua sabedoria baseada em ditados populares como: “Ninguém é perfeito”, mas acontece que as pessoas que tem essa imagem, ou querem disfarçar a atenção pra esconder que são realmente o contrário, da imagem que passam, ou tem um sério complexo de inferioridade e não se aceitam como são.
Esse era o problema de Lucce. Essa era a solução de Lucce.
Embora nunca tivesse me dito o que realmente lhe causou essa revolta consigo mesmo, eu tenho minhas suspeitas.
Lucce não foi a primeira, e nem vai ser a última pessoa que eu conheço que anda agarrada com o fantasma de suas angústias, e cobranças exacerbadas que não fazem o menor sentido pra quem olha de fora. Esse é um dos motivos mais fortes que me trouxeram aqui, a falar do doce, sensível, terno, ardente, engraçado, impulsivo, imprevisível, previsível, inseguro, determinado e confuso Lucce.
Dentre tantas outras características, esse é o Lucce na maior parte de seus estágios, níveis, ou fases. Como preferir.
Nunca fui mística, mas a ardência dos escorpianos ainda vai trair minha base sólida. Eles são simplesmente capazes de envolver de uma forma tão singela que, às vezes, nem percebem. Isso me gerou um encanto imediato. Ele foi capaz de exercer total domínio sobre mim com apenas um olhar de ternura e rigidez.
Estava ele lá sentado sozinho na mesa perdido e completamente entretido, como se não houvesse mais ninguém entre sua caneta, seus papéis e sua funda xícara de café. Eu estava ali, perdida e anestesiada por aquele homem que nem sabia de onde tinha saído, mas sabia onde tinha chegado. Em mim.
Algo me dizia que aquele homem de rosto angelical e pouca barba, que o dava um ar de mistério excitante, tinha que ser meu. Mesmo que não fosse. Era meu ego ferido por ter perdido sua soberania. Sorri. De um jeito tão puro e envergonhado como nem lembrava que era capaz. Sentei numa mesa ao seu lado, com classe, e uma sensualidade que talvez estivesse mascarada aos olhos de Lucce, já que ele era bem mais velho que eu. 30 minutos e nada. NADA! Como assim?
Ele poderia ser até o homem mais seguro e controlado do mundo, mas como ceder ao meu encanto, COMO?
Quando eu já estava quase assumindo que eu tinha perdido aquele jogo, ele me acena e me convida pra sentar ao seu lado. Sou adepta do ditado que diz: “As coisas acontecem quando a gente menos espera”, mas ali, aquilo pra mim não fazia o menor sentido.
Lucce me disse tudo em apenas um olhar, mesmo assim não recusou as palavras, e disse: Um dos principais defeitos de mulheres sedutoras é que elas esquecem que podem seduzir sendo apenas sensualmente naturais. Enquanto você me observava, quem te observava era eu. Me vi em você, não há motivos pra eu não ser sincero, me encantei. Seu jeito leve de gesticular, seu sorriso de menina misturado ao seu olhar de mulher confiante e misteriosa.
Esse foi Lucce, absorvendo todo meu controle. A cada palavra dele, eu mergulhava ainda mais no seu mar sem fim.
Depois dali, acabamos juntos, banhados pela mesma taça de vinho ao som de instigante do barulho da chuva.
- Sabe o que é mais cruel em escrever histórias?
- Não poder vive-las?
- Não, não ter controle sobre a sua própria história..
- Sabe o que é mais cruel na minha?
- O quê?
- Não quero que escrevam ela sem você..
A História só tem um problema, já foi feita. E a única maneira de contornar isto, é fazê-la agora, de melhor maneira.
Não saem da minha cabeça as imagens que formei no momento em que ela me contava a história daquele livro.
Quanto ao filme, o filme não mudou em nada minha imaginação guiada pelo tom da voz dela.
*ao ver o caçador de pipas
Jota Cê
-
A verdadeira historia da vida do Cristão, consiste em se fazer da sua vida uma continuação da história de Cristo.
E pra cada trilha de sangue
Há uma nova história a se contar
E em cada paço, um personagem diferente,
Aparece para você esbarrar,
A cada passo você conquista um espaço
E perde um sem tanto valor agora.
"Uma história nunca é apenas uma história. O contexto no qual o escritor está inserido, contexto político, econômico, social, a sua vida real, sua intimidade e aspirações, mesmo que ele não queira se fazem presentes em sua obra."
Se contassem a história da minha vida, seria uma história fria e sem emoção. Mas se algum dia contarem a história dos meus sonhos, seria a história mais simples e perfeita a ser contada.
As nuvens dos meus sonhos sempre são iguais
Sempre contam as mesmas histórias.
Os mares são calmos e quentes.
A terra e fofa é fria.
As árvores não verdes, todas verdes.
No sonho eu falo todas as línguas.
No meu sonho eu canto alto sem abri a boca.
No meu sonho você nunca esta presente.
No meu sonho cansei de procura você.
Cansei de viver.
A vida é ligeiramente assim, uma história, ou estória, como queira, um sonho, um conto, com um ponto, sem reticências, sem vírgulas, somente um ponto final.
Então no caderninho da vida tenho muitas historia pra conta mesmo não podendo! Eu soube, e vou vive tudo que tenho que viver com sabedoria e destreza e só assim poderei um dia disser-eu sim vivi realmente o que eu queria viver levo comigo sempre nas lembranças saudade de você.
Um novo dia, um novo ar, uma nova história a ser contada...
Um sentimento, vários olhares...
Uma dúvida, várias respostas...
Uma solução, vários problemas...
Um brilho, um contraste...
Um céu sem nuvens, mas cinzento...
Que dia é esse? Cinzento, sem chuvas...
Quente como uma fornalha, enfurece minha calma...
Visão opaca, turva, desfocada...
Sorriso breve, olhar sem prece, como de um menino sem destino buscando um caminho, onde possa descansar...
Oh céus... Cinzentos... O sol pede licença, pois com sua presença ele não me faz brilhar...
Minha sombra me segue, me protege, pedindo luz para me iluminar...
Oh céus... Cinzentos... Nem mesmo tua sombra, me impede de brilhar...
As questões fazem girar...
O dia faz aprender...
A noite te enlouquecer...
E ao amanhecer, te faz saber, que a tua história amanhã poderás dizer.
Há aquela velha e boa fábula que conta a história do menino que sempre alarmava um falso ataque do lobo às brancas indefesas ovelhas. O Pastor, prestativo e atento, sempre acreditava nos falsos avisos do garoto. Quase sempre, um dia o Pastor se cansou. Justamente no dia em que o ataque era verdadeiro. O menino desesperado gritava pela ajuda do Pastor enquanto as ovelhas eram mortas.
Outra versão da fábula, mas com o mesmo efeito moralizante, é a do beija-flor que sempre dava enganosos alertas de incêndio na floresta. A inconsequente ave divertia-se ao ver toda a fauna mobilizar-se a fim apagar o que nunca existiu. Até que um certo dia... todos sabemos o que aconteceu.
Transpondo a fábula à realidade, apesar de não ser o garoto ou o beija-flor, por muito tempo emiti falsos sinais. Distribuí indícios e promessas de algo grandioso. Expressei, amiúde, (com uma dissimulação de fazer inveja a Capitu) sentimentos de bem-querer. Manifestei e fiz transparecer um amor sem começo nem fim.
Tal como o beija-flor ou o garoto, talvez tenha agido com o intuito de suprimir a pungente pequenez a que estava fadado. Fomos, eu e meus personagens, por muito tempo o centro das atenções. Nos divertíamos às custas da credulidade alheia. Crédulos que, por inocência ou ignorância, sempre guardavam na memória lembranças daquilo que, de fato, nunca existiu. Exceto em sonhos.
Hoje, por ironia do destino, minha história vai terminando como a de meus caros companheiros, o garoto e o beija-flor. Somos iguais em descrédito e desgraça. Hodiernamente, por mais sinceras e eloquentes sejam nossas palavras, ninguém mais dá ouvidos a elas. Eu não matei nenhuma ovelha. Quero, assim como o Pastor, cuidar do meu rebanho de um só exemplar. O que, no entanto e infelizmente, é impossível. Transformei-me no Lobo da história.
Eu tampouco quero apagar essa chama que sempre fantasiei ter, mas que só agora a conheço verdadeiramente. [Almejos sem meios. (Sonhos vãos). Não voltam.] O beija-flor que sempre fui, apesar de ter experimentado tantas rosas, apaixonou-se por uma flor intocável. Delicada demais para um lobo; grande demais para um pequeno e dissimulado beija-flor.
E o final dessa história... eu quero mudá-lo.
Nem todas as flores têm a mesma sorte: umas nascem para enfeitar a vida; outras, a morte.
Ignorar minha infância é deixar de contar minha história, minhas doces e amargas experiências, é deixar no esquecimento a inocência e a fé no impossível, é deixar de vivenciar experiências futuras e não viver a plenitude com Deus, é não amar sem se saber porque e deixar de perdoar, é não buscar abrigo e reconhecer minhas fraquezas, é não chorar com os que choram e me alegrar com os que se alegram, é não correr para os braços do Pai no silencioso e solitário deserto de nossa jornada rumo a Terra Prometida.
Não faça do mundo uma história de contos, fadas e fantasia porque, na verdade estarias totalmente elusionado, num ambiente em que, a cobiça, a emoção, a curtição, ambição serão principais aspectos que irão definir o incurtamento da sua vida.