Contar Histórias
Admiro as pessoas que não escolhem um lado para ficar...
Quando uma historia é contada!
Talvez fatos contados tenham mais dor, medo, euforia, excitação... Bem acho que as emoções ficam muito intensas nas palavras.
Por isso as vezes passo dias pensando para tocar em certos assuntos.
Aquele que controla sua vida prematuramente, que faz sua história sozinho(a), se defende com o que aprendeu a ter...
A maior demonstração de carinho e generosidade estará nos atos mais inconscientes, aqueles que dispensam o controle de sua própria vida.
Inspirando imagens, expirando sinais.
"Esta história se conta de um jeito diferente.
Não é compacta. Não é linear. Como quase tudo neste mundo, não precisa fazer sentido".
Está história não é escrita, é sinalizada.
...e por enquanto eu vou ficando por aqui, fazendo de conta que um dia a nossa história vai rolar...Te imaginando, te querendo, te sonhando...Me convencendo de que posso viver sem você, ainda que tudo em mim...te pertença!
É preciso viver intensamente para ter histórias para contar, mas também o bastante para poder conta-las.
Medo de me perder na história de um jeito que não dê pra encontrar. Medo de no fim das contas, perder o presente mais bonito que a vida me deu, por querer mostrar pro mundo, e não compreender o tempo de guardá-lo só pra mim.
Um homem perde sua história quando permite que controlem seu vôo, uma vida não é regada apenas de palavras, mas sim de atitudes e gestos de carinho.
Eu adoro pessoas que deixam as portas do coração abertas. Adoro quem gosta de contar suas histórias, sejam elas tristes ou alegres.
Pessoas que sabem abraçar e transmitir, no abraço, os verdadeiros sentimentos.
Se o projetor voltará a funcionar eu não sei. Mas continuarei rabiscando os roteiros dessa história que não era para ter um fim.
Não desejo ser do contra, mas algumas histórias não permitem novos ajustes, algumas reformas não são viáveis, alguns cansaços não se refazem com descanso e "nem tudo que "re-luz" é ouro". Alguns metais dourados não valem o quanto pesam e...m nossas vidas e vão ocupando espaços que precisamos urgentemente, esvaziar, tirar o pó bolorento, pintar novas cores, redigir novas letras, compor uma nova canção.
Contadoras de histórias, nossas, de outras mulheres, de nossas mães e filhas, somos repositórios de vidas e esperanças. Abnegadas, cordatas, eficientes, inteligentes, somos a resposta de muitas indagações, a salvação de muitos problemas, a que resolve, a que socorre. Mesmo a custa de nossa força interna, de nossa seiva vital. Nosso grito interno que uiva, que grita e nos chama de volta ao lar ancestral que nos liga à lua, que nos faz sangrar em suor, sangue e lágrimas, força úmida que borbulha em nossas veias. Somos fé e colo, somos agasalho e abraço. Somos aconchego de carências alheias e respiramos fundo a nossa própria. Somos mulheres que gritam, mesmo que sem voz, que suspiram sonhos que jamais compartilharão, que são animal e instinto. Somos gente.
Águas na california
Nas águas,
Eu vejo a lua,
Contando historias,
Para a estrela,
Sua filha.
Na california,
Eu vejo um monte de terra,
Escaldante,
Com um sol que queima o seu rosto.
A água e a california,
Da no mesmo,
Juntando 2 palavrinhas,
A jente brinca com as palavras,
Soletrando;
Á-g-u-a-s n-a c-a-l-i-f-o-r-n-i-a.
Não faço parte de uma história contada, lida. Sou um livro recém-aberto, onde o começo era uma vez. Moldo meus dias como criança, que sonha um mundo melhor, sem dores, com as cores de um velho jeans.
Por que não existe nenhum conto de fadas baseado na vida real? Baseado nas milhares de histórias que eu e você já ouvimos por aí.
O conto de fadas moderno, seria mais ou menos assim:
- Cinderela dos Tempos Modernos
Era uma vez uma linda moça chamada Cinderela (Cindy, para os mais íntimos), que conheçeu um lindo rapaz em um festa. Os dois trocaram olhares, até que o rapaz chegou em Cindy. Após algumas palavras, eles deram o primeiro beijo, ele estava com um bafo horrível de cerveja, mesmo assim ela havia gostado. O rapaz deu mais dois ou três beijos em Cindy, pediu seu telefone e disse que iria pegar outra cerveja e já voltaria. Cindy ficou esperando, mas é claro que ele não voltou. No outro dia também não ligou.
Passaram-se dias e dias, ele já havia ido em muitas outras festas, beijados dezenas de mulheres, quando lembrou de Cindy e resolveu ligar para ela. Para a sorte dele, o celular dela era da mesma operadora, o que possibilitava ele conversar com ela por horas, por apenas 25 centavos.
Eles marcaram de se encontrarem. Cindy passou horas se arrumando, escolhendo roupa, sapato e maquiagem. Já o rapaz, se enfiou dentro da primeira camiseta amassada que viu em sua frente.
Depois de vários encontros e algumas indiretas de Cindy, ele à pediu em namoro, e como já esperado, Cindy não pensou duas vezes antes de aceitar.
Cindy estava apaixonada, tinha certeza que havia encontrado o seu príncipe. Já o rapaz, estava apenas curtindo ficar com ela, afinal, ela era simpática e gostozinha.
Após algumas semanas de namoro, Cindy estava completamente envolvida, fazendo planos para o futuro (mania chata que as mulheres tem de romantizar tudo). Enquanto isso, o rapaz não se aguentava mais, estava subindo pelas paredes, os hormônios estavam todos à flor da pele. Mas como menino esperto que era, sabia que não seria tão fácil ter o que ele queria, pois Cindy ainda era virgem. Então ele tentou de tudo, desde "Eu Te Amo" até jantarzinho romântico. Até que um dia aconteceu, Cindy não resistiu aos seus encantos e se entregou à ele.
Eles continuaram juntos por mais alguns meses. Cindy sempre por amor, ele sempre por prazer. Até que em uma dia qualquer, ele já cansado da vida calma, resolveu terminar com Cindy e voltar para a farra com os amigos.
Cindy sofreu muito, não aceitava a separação. Foram longos meses de sofrimento, choro e soluços abafados pelo travesseiro. Ela que acreditava ter encontrado o seu príncipe, viu ele se tranformar em um sapo asqueroso, que só queria brincar com ela.
Depois de muito tempo, Cindy conseguiu superar. Entendeu que se alguém havia perdido ali, era ele. Ela levantou a cabeça, sacudiu a poeira, enxugou as lágrimas e seguiu em frente. Conseguiu um emprego, terminou a faculdade, se divertiu muito. Arrumou um namorado novo, que não era um príncipe, mas ao menos não era um sapo. E apesar de todas as dificuldades de um relacionamento, conseguiu ser feliz e envelhecer ao lado dele.
O rapaz continuou com a vidinha vazia dele de festas, bebidas, mulheres, amigos e muita pegação por anos. Iludiu outras meninas, mas se achava muito esperto para se envolver com alguém. Quando finalmente se deu conta de que precisava de alguém para ser verdadeiramente feliz, era tarde demais. Ele se arrependeu muito por todas as meninas que ele havia feito sofrer, principalmente por Cindy. Se casou com uma mulher que igual à ele, todo mundo já havia 'pegado'. Ela não tinha o mesmo encanto que Cindy, e nem o amava tanto quanto um dia Cindy o amou, mas foi com ela que ele passou os restos dos seus dias, quase todos infelizes. FIM.
Se ainda achar que tendes direito de julgar alguém, conheça toda a história na integra, do contrário,silencie-se.