Contar Histórias
O que fará quando eles pegarem você? O que fará se quebrarem você? Se você continuar lutando. O que vai se tornar?
Em ordem cronológica, Deus, família e pátria são, em nossa história, as grandes matrizes do mal e da imoralidade: é em nome desses três espantalhos que a humanidade se permitiu cometer seus piores crimes.
A História não vai se lembrar de mim. Não serão contadas histórias sobre mim, mas não vou permitir que isso me impeça de lutar pelo que é certo.
Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como – eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. (...)
Ela lia muito, e quando contava uma história nunca sabia ao certo onde a teria lido, às vezes não sabia sequer se a tinha vivido e não lido.
O anjo e o amargurado
Uma história que os anjos me contaram. Ria, mas pense…
Você foi feito para a vitória e em todos os momentos pode contar com a ajuda dos anjos.
A única pessoa que pode atrapalhar o seu sucesso, é você mesmo, quando deixa de acreditar no seu potencial e coloca um monte de problemas na frente dos seus sonhos.
Assim, muita gente anda amarga, reclamando da sorte, da vida e dos amigos, tem sempre uma resposta na ponta da língua para os seus fracassos, e nunca, jamais, admitem os seus erros, sempre existe um culpado, ou é o governo, ou um sócio ladrão, ou uma puxada de tapetes do banco, de um fornecedor, e outros “safados” (na visão deles).
Outro dia, um anjo chamado Filomeno, mandou-me o seguinte diálogo: após receber a incumbência do “Senhor” para ajudar o “Seu José das Dores”. Nosso anjo, segue para a casa do irmão pedinte, e logo de cara percebe a bagunça que a casa está, uma confusão de louça suja, fumaça de cigarro, chão por varrer e outras porqueiras que transformavam aquele ambiente em um celeiro de péssimas “sugestões”. Em volta do Sr. José, uma nuvem cinza-escuro mostrava o tipo de pensamento que ele estava tendo…
Nosso anjo amigo, aproxima-se e tenta mandar uma primeira mensagem de conforto e modificação:
- Seu José, arrume-se! Faça a barba, de um jeitinho nessa casa… e imediatamente o Sr. José responde…
Que besteira é essa de pensar em arrumar esse lixo, arrumar prá que? Não tenho dinheiro prá nada, visita não aparece mesmo… Fazer a barba prá que? Nem arrumar emprego eu consigo…fazer a barba prá que?
Nosso anjinho não desiste e fala no ouvido do nosso irmão:
- Seu José, vamos até o Centro das Indústrias, lá deve haver um curso gratuito para o Senhor.
O Senhor José que já sentiu as palavras do anjo e se arrepia todo quando pensa na Escola onde vários amigos se formaram em diversos cursos gratuitos:
- Eu não quero estudar nada, eu já sou profissional, tenho profissão, a culpa é do governo que não faz nada para aparecer mais empregos…
Nosso anjinho já começa a sentir saudades do céu, mas ele prometeu para o “Senhor” que iria ajudar o Seu José das Dores, mas, o que fazer?
Então, ele teve uma ideia, iria conseguir um prêmio em uma das loterias da época, afinal era a única maneira daquele homem conseguir um pouco de estímulo. rapidamente foi até os seus superiores e conseguiu a liberação de um “prêmio bem razoável” em uma loteria de números…
Nosso anjinho volta correndo e traz os números premiados para nosso “José das Dores”. Aproxima-se e sopra em seu ouvido os números que iriam mudar a vida do nosso amigo. José, pensa naqueles números e já imagina-se milionário, já começa a pensar no carrão, na casa nova, na piscina, mulheres, e viagens, muitas viagens. Enquanto pensa, sonha com o futuro e adormece, inutilmente nosso anjinho grita ordens no ouvido do José, inutilmente ele tenta lembrar o seu José do fechamento da Casa Lotérica, era o último dia e dentro de uma hora tudo iria fechar…
Não deu certo, Seu José não acordou, acabou babando no sofá velho, dormiu mais de duas horas e quando despertou falou bem alto:
- Droga de vida, era só um sonho, eu sabia que ganhar na loteria não era coisa prá mim. Deus não se lembra de mim, me esqueceu aqui nesse canto imundo…
Ainda bem que você não se parece nem um pouco com o Seu José das Dores, não é mesmo?
Choveu demais, esfriou. Mas deve haver algum jeito exato de contar essa história que começa e não sei se termina ou continua assim: Sonhei que você sonhava comigo. Ou foi o contrário? Seja como for, pouco importa: não me desperte, por favor, não te desperto.
Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.
Choveu demais, esfriou. Mas deve haver algum jeito exato de contar essa história que começa e não sei se termina.
Achei graça na história do seu contínuo dar meu nome à filha... Que tola “heroína” eu sou! Enfim, o que vale é que é um nome normal.
Um homem é sempre um contador de histórias. Ele vê tudo que lhe acontece através delas. E, ele tenta viver a sua vida, como se estivesse contando uma história.
A história de um homem que se aproximou de Sócrates:
“Como sou muito seu amigo, preciso lhe contar algo!”
“Espera!”, disse Sócrates. “E as três provas? Já fizeste a primeira prova, que é saber se o que me contas é verdade?”
“Bem… não tenho absoluta certeza, mas ouvi dizer…”
“Então fizeste a segunda prova”, disse o sábio.” A prova da bondade. O que contarás será bom para mim!”
“Não… muito pelo contrário…”
“Se não fizeste a prova da verdade ou da bondade, com certeza fizeste a da utilidade. O que me contarás é útil!”
“Útil?”, disse o visitante. “Bem, útil não é”.
“Então”, concluiu o filósofo sorrindo, “se o assunto não é verdadeiro, nem bom, nem útil, melhor não se preocupar com ele”.
"Eu tive muita raiva de ser a narradora de uma história que eu não controlava mais. Você podia ter me poupado da sua autonomia, mas saiu, no meio do parágrafo, atravessando as ruas, saltando minhas vírgulas, tropeçando minhas aspas, desrespeitando meus parênteses."
É melhor ignorar o passado, mas aprender com ele. Caso contrário, a história arranja um jeito de se repetir.
A Vida
Ao ler esse cordel
Eu quero lhe contar
A história de um jovem
Que gosta de estudar.
Todo dia vai a escola
E faz sua lição
Ao terminar o dia
Vai para casa no busão. ( ônibus )
Ele tem objetivos
E deseja conquistar
Um dia no futuro
Quem sabe ele chega lá.
De muita gente na escola
Uma pessoa ele marcou
Para dar confiança
E todo seu amor.
E no fim desse cordel
Eu quero agradecer
A todos que leram
E puderam compreender.
( Me desculpem pelos erros )
Artista, arteira que nos mil pontos
ponteia .
Artesã que conta histórias , que esconde tristezas
nas tramas bordadas,
que retrata nos nós as alegrias,
que avesso não diferencia.
Cheiro de café moído na hora. Logo sinto saudades da casa da vovó, das histórias que contava, me ensinou a nunca esquecer o meu sertão.
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