Contar Histórias
A Bíblia foi inventada pelos homens e nela contam histórias sobrenaturais da humanidade, feitas com o intuito de manipular a consciência dos inocentes.
Si usted está cómodamente acomodado, déjame empezar. Quiero contar una historia sobre la confusión que está en mí y todo comienza con una persona. Ella está volviendo mi mundo del revés, pero creo que mi lado correcto es del revés
Quem conta
Quem conta livros, conta histórias, conta poesias, canta músicas, canta mulheres. Quem canta desencanta por pessoas que se faz de conta.
Na pele trago minha marca , na pele trago a cicatriz , na pele minha história , que conta quem sou , o que serei e também, o que fiz.
Na pele desenhei meus sonhos , na pele postei minha fé, na pele trazemos a historia do que cada um é.
Na pele está minha memoria, o retrato de quem sou, na pele
está meu nome , minha força, mina paixão , minha devoção.
Na pele tem também a beleza do enfeite,
Nao espero que entenda meus desenhos
Não espero que meus rabiscos aceite
Espero só o que direito tenho
que minhas escolhas respeite.
"Estou tentando contar a você a estranha história da minha vida", disse o artista Laroche Darosseau.
"Não sei ao certo o quanto eu quero que todos saibam, mas tudo vai ser dito". Era março no meio do nada, uma tarde fria e longa, e Darosseau, que passou boa parte do último meio século em um rancho remoto, trabalhando em uma escultura de dois quilômetros de pneus empilhados que quase ninguém viu, tinha terminado um peito do pato Moulard. Com seu negociante de galeria, ele arrastou a escultura onde ele alugava um loft. Ele tem oitenta e dois anos, e andar lhe dói. Respirar, também.
Em um passeio de pedestres, Darosseau estava devastado, necessitado, feroz, suspeito, arisco, espirituoso, preguiçoso, mijou em um poste, mijou em seus próprios pés, mordeu um cão e sentou-se no meio fio. Ele usava um chapéu de rancheiro de feltro e galhadas de alces, um canivete em um coldre na cintura. Estava com um sorriso vago e sugestivo em seus lábios, "te assusto, batuta?". Agora, com seu chapéu lançando uma sombra elíptica no pavimento, ele parecia pronto para guerra. Olhou para os apartamentos ao redor e vomitou.
Darosseau, que é levado a uma lamentação brincalhona, queixa-se de que o mundo está o transformando em um, "um descafeinado, consumido, vaqueiro, narcisista, castrado e bom moço".
Ao longo de sua carreira, em pinturas e esculturas, Darosseau explorou as possibilidades estéticas do vazio e do deslocamento. Seus vazios têm recriado a arte. O vazio tem sido uma constante.
"Eu decidi não olhar para ele."
Ele parece vazio. Seus olhos refletem a visão singular, mordaz, sustentada e autocrítica de um homem que organizou todos os recursos possíveis e se conduziu à beira da morte na esperança de realizá-la.
"Toda arte que faço é lixo. Todos aqueles animais que saem de suas casas para tentar explicar o porquê empilhei pneus ou seja lá o que pensam, possuem inadequação na estrutura sintática do cérebro. Fiquem em suas casas."
A conversa girou para a segurança cibernética nas notícias por horas. Laroche Darosseau está cansado. Laroche Darosseau está morto.
História Improvável
Autor: João S Moura Júnior
Vou contar uma história,
de uma menina e um menino,
que antes de nascerem
já traçaram seu destino.
Há 13 anos antes dela,
Nasce assim o menino,
Esqueçam a Cinderela
Foi um traçado Divino.
Esse moleque nerdão,
Era assim muito tímido,
Estudava em pé no buzão
Até compunha uns hinos.
Filho de pais muito humildes,
Mas nunca se esmoreceu,
E vendo todas adversidades
Estudou, estudou e cresceu.
Professor, palestrante o futuro aconteceu,
E aquela menina do passado,
Menina? Sim ela apareceu,
E ele ficou embaraçado.
Na sala de aula a encontrou
No principio a indecisão assusta
Mas logo de cara convidou
Cantar muito lhe gusta
E sem assunto tentou
Foram há um barzinho
E em versos cantou
Romântico era o caminho
Cantando não era bom, desafinou
E pouco a pouco foi propagando
Com muitas prosas a conquistou
E assim já não estava mais vagando
Foram se conhecendo,
e assim se gostando,
Se divertiam aos poucos,
um pelo outro se amarrando.
Na porta da escola,
pararam e se olharam,
A cada passo pertinho
Porém pouco falaram.
Apenas uma coisa interrompeu,
aquele lindo momento,
Uma senhora não sei o nome
perguntando "o que estão fazendo?"
A partir daquele beijo ,
ficaram viciados,
tudo por um ato ,
aquele beijo roubado.
Os dias foram passando,
e eles não imaginavam,
os dois estavam juntos
e juntos se amavam.
Hoje fazem 15 anos,
que concretizaram as semelhanças,
os dois estando juntos
unidos por 3 alianças.
E aquela diferença
que eles tinham na idade
Simplesmente restou
amor e cumplicidade
O nome desse casal,
vou contar então,
ela a Dani, ele o João
por muitos anos se amarão.
E naquele mesmo dia,
ele não conseguiu se segurar,
E ao revelar toda sua história
um beijo dela foi roubar.
sem saber da reação,
depois daquele roubo,
os dois saíram do carro
rindo um com o outro.
Ficaram horas e horas,
A conversar sem parar,
Assuntos eram tantos,
Sem a oratória esgotar.
Continua...
Élcio José Martins
UMA DOCE LEMBRANÇA
A história que vou contar,
Muitos, também vão se lembrar.
Casinha na roça e laranjas no pomar,
Sombras das mangueiras e noites de luar.
Piso de chão batido ou tijolo mal cozido,
Telhado de estrelas com fissuras de vidro.
São goles e goteiras de saudade,
Portas e janelas de humildade.
Lamparina ou lampião,
Davam luz na escuridão.
Na trempe do fogão cozinhava-se o feijão,
No fumeiro, o toucinho e a linguiça à altura da mão.
Na taipa do fogão aquecia-se do frio,
Causos eram contados, davam medo de arrepio.
Para o fogo não apagar era um grande desafio,
Lenha boa fazia brasa e queimava noite a fio.
A água era da bica,
Era saudável, era rica.
O colchão era de palha,
Não existiam grades e nem muralha.
Biscoito no forno era a sensação,
Dia de pamonha tinha muita emoção.
Porco no chiqueiro ficava bem grandão,
Carne não faltava, tinha em toda refeição.
Carne na lata a gordura conservava,
Quando matava porco era alegria da criançada.
Vitaminas eram naturais e saborosas,
Colhia-se do pomar as frutas mais gostosas.
As conversas eram sempre prazerosas,
Damas habilidosas eram muito prestimosas.
Na redondeza eram famosas,
Envergonhadas, disfarçavam, não davam prosas.
O paiol o milho lotava,
Os bois e os porcos, vovô tratava.
No moinho o milho era moído,
No pilão o fubá era batido.
O cavalo arreado era para a lida e a peleja,
A carroça e o carro de bois carregavam a riqueza.
A colheita era certeza,
Era o fruto do trabalho feito com destreza.
No monjolo a farinha era preparada,
No engenho a garapa era gerada.
Da garapa fazia-se o melado,
A rapadura era a alegria do povoado.
Das galinhas eu me lembro com saudade,
Hora do trato era alegria e felicidade.
O milho espalhado pelo terreiro,
Só faltava abrir o portão do galinheiro.
Lembro-me das modas de viola,
Reunia-se a vizinhança pra fazer a cantarola.
No sábado o bailinho levantava o pó e a poeira,
Era saudável, tinha respeito e não havia bebedeira.
Cobras, sapos e lagartos. Só não tinha iguana.
A palha de arroz servia como cabana.
O prazer era subir nas árvores para apanhar os frutos mais altos,
O guerreiro marchador gostava de dar seus saltos.
Cedo as vacas encostavam. Era hora da ordenha.
Bem cedo descobri o que é uma vaca prenha.
Até hoje ainda ouço o mugir,
É bom e é gostoso a lembrança emergir.
Saudade daquele tempo. Era duro e trabalhoso,
Com certeza não tem ninguém que não se ache orgulhoso.
Não tinha luxo, não tinha vaidade,
A viagem mais longe era compras na cidade.
Pés descalços com espinhos e bichos de pé,
Tinha festa todo ano com barraca de sapé.
Tinham doces, quitandas e salgados. Só não podia faltar o bule de café,
Rezava-se se o terço, pois primeiro vinha à fé.
Da infância levo a saudade,
Levo o amor, o afeto e a amizade.
Faltava o alfabeto, mas muita educação,
É da roça que se ergue o sustento da nação.
Mesmo com dificuldade o pai à escola encaminhou,
Queria ver seus filhos tudo aquilo que sonhou.
Com sacrifício criou os filhos para uma vida melhor,
A estrela foi mostrada por Gaspar, Baltasar e Belchior.
Hoje é só agradecimento,
Nada de tristeza, de lamento ou sentimento.
Cada um é um vencedor, pois mudou o tom da cor,
O sacrifício da família deu aos filhos o caminho e o amor.
As pedras no caminho serviram de degrau,
Os desvios da vida fizeram distanciar do mal.
Os meandros dos sonhos fizeram um novo recital,
Do sertão para a cidade e depois pra capital.
Fez doutores e senhores de respeito,
Deu escola, deu lição, muro de arrimo e parapeito.
Nosso dicionário não existia e palavra desrespeito,
Com orgulho e gratidão encho o riso e choro o peito.
É colheita do que se plantou outrora,
Tudo somou e nada ficou de fora.
O fruto de agora,
É a luta, é o trabalho, é a fé. É a mão de Nossa Senhora.
Élcio José Martins
"Mais uma sexta de embalos, de belas, de belos, de prosas. De histórias pra contar, estórias pra inventar e gargalhar gargalhar. "
Histórias Contadas
- Alan Maiccon
Essa mentira que estão falando por aí
Que ti deixei e não quero mais você em minha vida
É uma pura loucura é uma simples piada
De quem não tem nada
Nada pra fazer e vem criar histórias contadas
Só pra nos meter em roubada
Ohh loucura essa
Vem paixão
Bora esquecer essa confusão
E continuar por que tá bom
Bom demais que não pensaria nem duas ou três vezes para pedir a sua mão
Ohh Paixão
E olhe que sou um cara sério
Cheio de manias
Roupas lavadas troco a cada hora que vou sair
É que você vale a pena estar todo arrumado
E andar de mãos dadas como se tudo fosse apenas uma piada
Que o comediante nos contrata pra viver um conto de fada
Sou seu homem e você é minha namorada
"Sempre que alguém te importunar, sem motivos, seja sempre gentil, e conte-lhe a história da vaquinha. A história da Vaca Hagar. O desfecho é com você"
Um Mergulho Doideira na Ilha de Cuba!
A todos peço licença,
pois uma curta história vou contar.
Sobre uma viagem a “terra estranha”,
localizada e recanteada do lado de lá.
Com posição contrária de mundo,
um modelo social fecundo,
que nos faz inspirar.
Cuba é literalmente uma ilha,
no posicionamento geológico e político.
Por isso após a revolução,
vive cheia de atrito.
Pois é oposta ao capitalismo global,
sistema do mal,
regido pelos ditames do capital,
sobretudo agora com um modelo neoliberal.
É por ai que começamos a reflexão,
mesmo em oposição,
não consegue se desvincular,
da lógica monetária.
Sendo uma estrutura hereditária,
regida por ordem bancária,
mesmo com posição contrária,
não encontra cura, como a malária.
O que nos surpreendeu,
foi a maneira de lidar com tudo isso.
Uma coisa ficou clara,
a posição de compromisso.
Com a maioria da população,
servida de saúde, segurança, educação.
Do militante ao mais omisso.
Trazendo para a nossa realidade,
é algo que nos impressiona.
Pois o foco é a vida do ser humano,
com políticas que não lhe abandona.
Mesmo com pouco dinheiro,
seja médico ou carpinteiro,
A maioria são similares nessa zona.
A crítica do opositor sempre se vincula,
ao descrédito do valor.
A resposta do cubano,
foca o calor.
Esse do ser humano,
que com muita cultura erudita,
e latência afrodisíaca,
gerem muito bem esse comando.
A diferença nesse quesito,
está no objetivo maioral.
De um lado ganância e poder,
no meu entender um mal universal.
E do outro a emancipação humana,
algo muito latente em Havana,
uma inspiração harmônica transversal.
Existem problemas,
como em qualquer lugar do globo.
Casa, carro velho,
isso é coisa para bobo.
A grande questão é o embargo econômico,
manobra para tentar virar o jogo.
Existem complicações,
saneamento, moradia, imigração.
Mas muito distante,
do grau encontrado na nossa nação.
Infelizmente sua imagem é (re)configurada,
pois simboliza queda de poder.
Faz tremer a estrutura,
exalando o medo do perder.
Com a emancipação da população,
e o sistema a enfraquecer.
Por aqui dizem que são assassinos,
dos mais cruéis.
Mas quem dissemina isso,
são os piores coronéis.
Com intuito de mascarar a realidade,
ferindo a humanidade,
até mesmo com grandes bacharéis.
Isolar a Ilha de Cuba,
é uma posição de amador,
ela é um laboratório social a ser estudado,
a nível de doutor.
O diálogo tem que ser permanente,
de modo persistente,
para mitigar esse vai e vem de horror.
Não sei se é prazer ou paixão,
só afirmo que é esplendor!
Sentir um pouco da humanidade sonhada,
com o seu autêntico sabor.
Isso a ilha de Cuba nos proporciona,
ao mesmo tempo encanta e apaixona,
a partir do Departamento Central do Amor!
Para finalizar essa anedota rimada,
aqui deixo mais um abraço.
Com destino ao povo cubano,
para não perderem o compasso.
E continuarem muito calientes,
e alegres feito palhaços.
Como última toada,
uma charada irei deixar.
A um universo maior,
onde temos que buscar.
Pela necessidade humana,
de chegarmos até lá.
O sentimento do cosmo é a maior razão de viver
Sentimento – duas sílabas
Cosmo – quatros sílabas
Maior Razão de Viver – Conceito
Aos amigos - Fernando Heck (Fera Braba) pela parceria na viagem, ao Crispim (Bateu Calou), Eguimar (Mergulho Doideira), Ricardo (Vacilou Pregou), Patrícia (Boca de Cinema), Marcelo Mendonça (Cobiça Geográfica), Júlio (Paciência Perfeição) e a Angelita (Periodista Caliente). Grandes amigos nessa inesquecível viagem de 12 dias na ilha de Cuba (literalmente uma ilha).
Cada Um De Nós
Cada um tem sua história
Pra contar
E seus motivos
Pra sorrir ou chorar,
Cada um sabe da dor
Onde sente
E seus motivos
Pra lutar
E seguir em frente
Cada um sabe a força que tem
E o medo preciso
Confuso que vem,
Cada um conhece o seu paraíso
E o teu sacrifício também
Cada olhar,
Cada gesto que vem
A se esconder tanta mágoa
Por um certo alguém
Cada um sabe guardar
O que sente
Escondendo o que não aguenta,
Sorrindo quando deve chorar
E tocando o seu barco pra frente
Cada um carrega uma certa ilusão
E pelo caminho alguma confusão
Porque caminhar nunca foi fácil,
Pra quem é perdido no mundo
Sozinho e sem direção
Cada um conhece
Tão pouco da vida
E quando o dia amanhece
Viver já é quase despedida.
Música...
(Nilo Ribeiro)
Música que conta história,
música orquestrada,
elas não me saem da memória,
todas lembram minha amada
"Céu de Santo Amaro",
canto gregoriano,
de você me separo,
mas ainda te amo
abraçados na cama,
a mente divagando,
para mim virou um "Drama",
pois ainda te amo
como posso esquecer
a conversa sussurrada,
me dava muito prazer
te chamar de amada
poesia sobre música,
não consegui compor,
pois você foi a única
a quem dei amor
a música traz saudade,
minha alma silencia,
ainda tenho vontade
de te fazer poesia
ouvir "aquela" canção,
curtir a melodia,
isto faz meu coração
te amar a cada dia...
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