Contar Histórias
"O ato de contar histórias, intrinsecamente humano, traz em si, talvez como poucos outros, o paradoxo de ser dos mais gratuitos e, ao mesmo tempo, dos mais empenhados. Contar para fazer lembrar, contar para mover montanhas e céus.
Por mais que passe o tempo e o ato de contar histórias adquira diferentes feições, desdobrando-se em um sem-número de linguagens e suportes, ele tem na sua origem essa dupla raiz: BELEZA e NECESSIDADE.”
Contar histórias é imaginar o inimaginável, o conto popular só ganha corpo e pulsa quando é materializado na imaginação do ouvinte e do contador. Aí, sim, ele estará cumprindo a sua missão essencial.
Hoje não acredito mais naquela história de conto de fadas: "Viveram felizes para sempre". Não consigo acreditar, porque hoje vejo que nada é pra sempre, o fim é muito próximo.
Me Apaixonei
Não me venha contar histórias,
Não me venha pedir para te esquecer,
Não me venha com quaisquer desculpas.
Não quero te esquecer.
Da vontade de enfrentar o mundo,
ser o guia do seu coração.
Sou apenas uma metade,
metade d’um coração,
d’uma paixão.
Todos sabem quanto e como te esperei,
e nem contei para ninguém.
Só a lua sabe que me apaixonei,
Sei que é real e pergunto,
por que você não vem?
Da uma vontade de jogar tudo pro ar,
só pra me perder em teus braços,
pra me entregar a você.
Quero ser só de você,
pois estou,
completamente apaixonado,
por você.
Virar a página é pouco! É preciso ler outro livro... Para que a história não continue sendo a mesma.
O processo pedagógico de tornar-se um professor um professor contador de histórias, requer necessariamente do olhar do outro. É esse olhar do outro, que sempre se mostra muito aguçado que irá dar formas, e aperfeiçoar o nosso fazer pedagógico de contar história.
Algum dia talvez você conte algumas histórias
daquelas que te façam renascer a cada palavra.
Talvez um dia tudo volte ao normal mas não deixe que essa normalidade tome a maior parte de sua vida.
Esta história foi muitas vezes contada, mas Jung, que nos dava poucos conselhos diretos, disse-me um dia: “Nunca faças seminários ou conferências sem contar às pessoas esta história”. Num dos seus últimos Natais, pouco tempo antes da sua morte, quando nós participávamos do Jantar do Clube (Club Psychologique de Zurich), ele contou-a para nós de novo. Não havia certamente ninguém na sala que não conhecesse já a história e portanto, depois que ele a contou, toda atmosfera mudou.
Houve uma terrível seca na parte da China onde vivia Richard Wilhelm (sinólogo, amigo de Jung e tradutor do I Ching). Depois de as pessoas terem tentado em vão os meios conhecidos para obter a chuva, decidiram mandar buscar um fazedor de chuva. Isto interessou muito a Wilhelm que se preparou para estar lá quando o fazedor de chuva chegasse.
O homem veio numa carroça coberta, um pequeno velho ressequido, que fungava com uma repugnância evidente quando saiu da carroça e que pediu que o deixassem sozinho numa pequena cabana em frente da aldeia; mesmo as suas refeições deviam ser deixadas no exterior, diante da porta. Não se ouviu falar mais dele durante três dias. Depois disso, não somente choveu, mas nevou intensamente, o que nunca se tinha visto nessa época do ano.
Muito impressionado, Wilhelm procurou o fazedor de chuva na cabana e perguntou-lhe como podia ter feito chuva e mesmo neve. O fazedor respondeu: “Eu não fiz a neve; não sou responsável por isso”. Wilhelm insistiu: havia uma terrível seca até à sua vinda e depois, passados três dias, houve grande quantidade de neve. O fazedor de chuva respondeu: “Oh! Isso eu posso explicar. Veja, eu venho dum lugar onde as pessoas estão em ordem; estão em Tao; então o tempo também está em ordem. Mas chegando aqui, vi que as pessoas não estavam em ordem e também me contaminaram. Por esse motivo fiquei sozinho até estar de novo em Tao, e então, naturalmente, nevou”.
Os alquimistas procuravam sem cessar unir os opostos, pois não é senão quando estão unidos que se pode encontrar a verdadeira paz. Coletivamente nada podemos fazer; Jung repetia-o constantemente: a única forma que temos para fazer alguma coisa, é no indivíduo, é em nós mesmos.
É o princípio do fazedor de chuva: quando o indivíduo está em Tao – local onde os opostos estão unidos – há uma influência inexplicável sobre o ambiente.
Há em nós um lugar onde os opostos estão unidos e nós devemos aprender a ir visitá-lo, permitindo assim à luz voar pelo mundo.
Barbara Hannah
Escrevendo História!
Continuo a acreditar
Nos sentimentos
Nas palavras e na vida
Por um único motivo
Desvendar o dia de amanha
Ontem, eu já decorei com flores
Sou meu pedaço de terra
Sou o ar que respiro
Sou vida fluindo vida
Hoje, eu apenas escrevo a minha história.
__Eliani Borges.
Dois dedos de prosa
As vezes o tempo conta história
que as páginas do destino
não esquecem jamais
E a vida é um pouco de memória,
Pois nem a lembrança
Impõe derrota à areia
que a ampulheta esvai.
E a voar no infinito
A mente não tem limites,
Ou horizontes para pensar.
Pois nem o mar
Impossibilita o homem
de se soerguer e
mesmo sem chão, se elevar.
Nas barrancas do rio
os homens contam histórias
Nas barrancas da vida
elas ficam em nossa memória...
mel - ((*_*))
História ...
Cada um tem a sua..
Verdadeira...falsa..suave..intensa..
Contada em verso e prosa...
Por vezes emociona..
Por vezes amedronta...
Por vezes consola..
Deixa-me falar daquela que alegra o coração ..
Daquela que ensina a virtude da Vida..
No sorriso da mulher amada...
Que ama por amar...sentindo-se feliz..
Justamente por também sentir amada..
Em um carinho..em um gesto..uma emoção ...
Traz o sorriso..ah e este sorriso...
Muda o mundo!!!
Eu vou contar pra vocês
Certa história do Brasil
Foi quando Cabral descobriu
Este país tropical
Um certo povo surgiu
Vindo de um certo lugar
Forçado a trabalhar neste imenso país
E era o chicote no ar
E era o chicote a estalar
E era o chicote a cortar
Era o chicote a sangrar
Um, dois, três até hoje dói
Um, dois, três, bateu mais de uma vez
Por isso é que a gente não tem vez
Por isso é que a gente sempre está
Do lado de fora
Por isso é que a gente sempre está
Lá na cozinha
Por isso é que a gente sempre está fazendo
O papel menor
O papel menor
O papel menor
Ou o papel pior
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