Contar Histórias
"" E esse querer
o que fazer diante da história que precisa ser contada
vivê-la
que mal há em ter um pouco de amor
se ele é tudo que precisamos
como trollar todo o desejo
como?
" Uma história de sucesso começa a ser contada a partir de muita luta e algumas histórias de fracasso...
Conte tudo a seu respeito a pessoa que estiver a seu lado ,por mais imperfeito que que sua historia possa parecer.....
Existe na verdade uma magia que impede qualquer mentira de prosperar.
O evoluir não nos permite viver sem sentir...a autenticidade é uma qualidade da alma...
Facebook é o seu álbum pessoal...
Este é o meu álbum memorial que conta a minha história real. O nome registrado é irrelevante, pois não quero ser incomodada por pessoas mal-intencionadas que não demonstraram o mínimo de bondade para comigo.
Aqui você não encontrará lamentos, nem conteúdos compartilhados com experiências de terceiros, nem locais onde fiz check-in, pois isso é desnecessário para mim. Se você encontrou meu álbum no Facebook, é porque precisa saber sobre a minha existência. Portanto, preste muita atenção para não me definir apenas pela aparência.
A captura de fotos de cada fase vivida e a emoção sentida e expressada através das palavras ficarão guardadas para a posteridade, sem sofrer a ação do tempo. Minhas publicações são conclusões das experiências que vivi na verdade da minha alma. Vivo com calma e serenidade na profundidade do meu ser, sem medo do que vão pensar ou dizer.
Enquanto trilhei meu caminho de evolução, observei cada detalhe que compõe o todo da vida, para poder administrá-la com sabedoria.
Ensinar a ler
Ensinar escrever
Conta histórias do mundo
pra nós
E nós faz sonhar
Professor é a profissão mais importante
Forma todas as profissões
E nós faz realizar.
O povo que espera de um candidato sem história de luta, soluções para suas demandas,contribui para a manutenção da sua situação de explorado e excluído.
O CONTO QUE NÃO SE CONTA
Cada história possui o lado que contamos e, aquele que ela por si só vai dizer.
Não seria diferente nesta que vamos agora prosear!
Em fins dos anos de 1960, surgia aqui no Brasil um sujeito que doravante vai figurar como protagonista de nossa narrativa.
Aqui, porque lá fora ele já dava o ar da graça, não sei se com o mesmo rosto. E, só agora, meio século de seu nascimento é que passei a conhecê-lo e ter meus primeiros contatos, afetivo e efetivo com ele, e tudo aconteceu, Plá, assim. Como um estalo. E me apaixonei. Claro, não sei se foi recíproco o sentimento. Mas foi amor, e amor à primeira vista. Quando ele me foi apresentado, logo chegou de mansinho, ali, tímido, conciso e integro. Pequenino porem forte, sua suposta timidez paradoxalmente trazia consigo muita definição.
Eu, que sempre fui amante da arte, alguma coisa mais, digamos romântica ou prosaica por assim dizer.
Fiquei embasbacado com a beleza e sutileza daquela persona.
A cautela me faz não querer contar nada a principio.
À medida que nossa relação se consolidava comecei a tornar pública minha admiração àquele jovem, de gênero ainda não bem definido aos olhos da crítica literária que ainda, salvo as exceções, permite-se negar sua identidade e seu lugar de pertença.
Digamos a pequena cidade de Guaxupé – MG. Onde nascera e, antes de demandar pânico à sociedade feminina Curitibana como O vampiro de Curitiba... Aquele jovem já se apresentava incorporado em Amanhã, Camila, A mal amada, o sabor do humano e outros. Todos, filhos dos pioneiros do grupo de Guaxupé.
Em 1969, enquanto eu dava meus primeiros passos à adolescência, o nosso personagem já estreava como protagonista e estrela de capa da Plaquete “Cadernos-20” publicada pela imprensa oficial de BH. E hoje somos efetivamente casados e com uma proposta de afetividade em construção.
Sobretudo esse moço que teve sua identidade havia anos, velada, possui nome, e é filho de Francisca Villas Boas e seus contemporâneos. Atendendo pela graça de Miniconto. Apesar de sua grandiosidade. Sendo assim, é, sim, um conto que se conta.
Continue. Insista. Sempre. Infinitas histórias podem nos inspirar, e realmente funcionam como gatilhos. Mas não existirá uma tão sublime como a nossa, esse que está acontecendo agora com o movimento dos seus passos.
"Não fuja das suas emoções negativas. Angústias e tristezas contam histórias importantes sobre o que precisa ser mudado em sua vida. Ouça com carinho, pois é esse incômodo que motiva a enfrentar os desafios e buscar a transformação necessária."
O tempo é o lugar onde cabem todos os fatos, onde o passado é guardado, onde o presente é contado e o futuro, a oportunidade de podermos transformar a ânsia da vida, para assim então chamá-la de história.
Age como se no livro da humanidade fosses capítulo e não fim, contribua, não cultive a pretensão de ser apenas você o enredo de uma era. Nenhum é maior que dois, nem dois é maior que quatro. Uma grande história não acaba nunca, nem se escreve com uma só pena.
"Mesmo sem poder mudarmos o passado, ele nos serve de parâmetro pra que possamos continuar construindo nossas histórias, gerindo nossas emoções, sendo agentes ativos da nossa história!"
CONFIDÊNCIAS DE BOLSO
Coisa triste é ser coadjuvante da própria história, destarte, cansado dessa posição pouco realizante lanço mão deste, para ousar ir além, para assumir ainda que brevemente o protagonismo que me é devido. Sim claro, elementarmente que se apresenta um tanto arrogante minha tal posição, assim tão aguerridamente assumida, mas creia-me, nada tem a ver com arrogância, trata-se meramente de assumir o meu papel de fato, e assim na condição de protagonista apresentar a minha percepção das coisas... Poderá por ventura alguém censurar-me, por querer também dizer daquilo que sinto, penso, vejo..? Ainda que alguém ouse, ainda que me censurem, quero correr este risco, quero submeter às críticas. Mas aos mais desavisados digo logo de entrada, o que falo, falo de mim mesmo, do meu coração, se é que tenho um... de minha sensibilidade...
Mas chega desse prolixo preambulo, vamos avançar... quero apresentar –me, permitam-me! Sou o bolso. Sim o bolso... muito certamente que lhe soará estranho caro leitor. E naturalmente expressará algum espanto. Mas não se precipite... sim, o bolso! É este aquele que vos remete... desde a muito que ando, a acompanhar tanta gente nas mais diversas situações e ocasiões, mas hoje quero evocar o direito de falar, narrar algo que julgo relevante.
Sou um bolso traseiro de uma velha calça jeans. Nesses meus sete anos de vida, tenho visto e acompanhado muitas coisas, mas por viver na retaguarda, acabo observando pelos fundos, na traseira da história, perifericamente. O que em nada invalida minhas percepções elementarmente.
Nesses meus anos de vida, muitas coisas me marcaram, outras passaram irrelevantes. Mas caro leitor, permita dizer... ultimamente, ando meio em crise, não sei se é a melhor idade, o causticante martírio de viver minha existência toda nesta mesma contraditória posição, sim contraditória, mas o fato é que sinto me impelido a fazer algo novo, a falar de mim. Veja bem, deixe que eu explique essa contradição que pertine a minha posição.
Pois bem, enquanto bolso traseiro de uma calça jeans, estou localizado numa região nobre, nos altiplanos glúteos com toda sua nobreza e majestosa sedução. Isso é maravilhoso, esse status realmente é fascinante... a maciez dos glúteos, sua textura, seu movimento... os glúteos trazem emoções apavorantes, intensas, é indubitavelmente uma região badalada... a freguesia é constante e diversa, desde o olhar o mais frequente dos visitantes, até os lábios, mãos dedos, rosto, nariz, etc... enfim uma loucura o dia-a-dia glúteo.
Mas vida de bolso traseiro não é só essa majestosa badalada rotina. Há constantemente transtornos que complicam a vida, alteram os humores desafiando qualquer bolso traseiro que se prese. Entre os cânions glúteos fica localizado o orifício vulcânico... um oráculo de humores instáveis que expelem larvas e gazes das mais distintas naturezas... vez ou outra recebe estranhos visitantes que ora apenas o cumprimentam, se esfregam, reverentemente, limpam no, ora adentram e realizam uma estranha ritualística entrando e saindo freneticamente, até que desaguam neste num ápice estranho, tudo isso é contraditório, tudo isso faz essa citada contradição... mas o mais contraditório mesmo, é que mesmo sendo um habitante dos glúteos e saber de todas essas coisas, as sei pelo observar, ora de meu lugar de residência, ora de longe... sim de longe, pois que quando tudo fica intenso nos glúteos, a capa de revestimento que pavimenta o corpo é arrancada e lançada fora, assim é que de longe, abandonado, relegado ao descaso sou juntamente com a calça deixado pelo caminho, sendo obrigado a apreciar estas coisas quase sempre a distância. Como coadjuvante, expectador na maioria das vezes. Razão que tanto me indigna e faz evocar o meu direito de fala.
Ora, ultimamente tenho feito artes... um pouco de traquinada faz bem, pode trazer complicações... mas não há idade que resista ao prazer, à emoção de uma boa aventura...
Na condição de bolso, além de ver e observar tudo quanto tenho dito, também cumpro meu papel de receber e acomodar as mais diversas coisas... carteiras, dinheiro, papel, bilhetes, contas, em fim uma infinitude de coisas... mas ultimamente tenho recepcionado um dispositivo engraçado que as pessoas andam usando. Elas o chamam de Celular. È um aparelhinho usado para se comunicar com outras pessoas que estão distantes. É um geringonça tão eficiente e encantante que até eu tenho me rendido aos seus benefícios e encanto... já usei algumas vezes... olha é mágico o efeito que ele produz...
A principio era tudo irrelevante, eu o recebia, o recebia, o recebia, sem lhe prestar atenção... mas sabe como é, há sempre um tempo mais oportuno para cada coisa... assim , chegou o dia que acabei sendo seduzido por tal dispositivo e passei a reparar mais nesse tal de celular.
Sou bolso traseiro de calça jeans como disse, mas calça jeans de um poeta... bem não sei como são os outros, mas o poeta, ah, o poeta é um ser encantante, encantante mas muito estranho... difícil de definir. O caso é que esse meu poeta tem lá suas musas e usa muito seu celular para receber as inspirações das musas... estranho, né, eu sei! Homero ficaria louco, se soubesse a que ponto chegamos... musas que inspiram por mídias... bugigangas tecnológicas que a modernidade trouxe. Mas seria muita perfídia refutar todas essas coisas por puro capricho e descabido zelo pela tradição homérica. Até mesmo por que se por um lado tudo isso rechaça a tradição, não o faz para extingui-la, mas para a remontar sob novo arranjo, dando convivência entre o tradicional e o moderno... que papinho mais chato não...
Pois bem, esse meu poeta, é um ser extremamente contraditório, todos somos, mas ele parece ser mais... talvez daí tenha eu sido vitima de alguma influencia... ele relaciona –se com várias musas, deuses e semideuses, habitantes da luz e das trevas... é uma intersecção de mundos e submundos, talvez seja isso que lhe faz tão contraditório, ele alimenta e é alimentado por fontes múltiplas... e se se é o que se come!
Ele encontrou por acaso, penso eu, pois não faz muitas luas que ele encontrou, uma nova musa... ela é uma musa muito interessante. Ela já o encontrou algumas poucas vezes, mas a conexão entre eles é algo surpreendente, impressionante. O contato entre eles gera uma aura que é inominável, indescritível, pura inspiração, “luxuria que o fogo lambe”, diria outro poeta.
De tanto ouvir e apreciar tudo, como sempre na minha condição de distante observador, acabei me envolvendo, me sentido parte daquilo tudo... em fim bem ou mal, não sei, julgue me quem puder... resolvi entrar na brincadeira, entrei na dança...
Um belo dia após oras de conexão entre musa e poeta, a inspiração se deu tão intensa e profusamente que o celular foi dispensado... o poeta confiou a mim... foi aí que fiz minha traquinada. Comecei a mexer em todos aqueles botõezinhos, no afã de ver no que dava. Descobrir que tipo de feito aquilo propiciaria... mexi, mexi, mexi... quanto em fim estava exausto e confuso, já não tinha mais paciência para aquele geringonça estranha. Então começou a soar um barulho estranho, entrecortado por pausas de total silêncio... assustei me quando o primeiro som ecoou, triiiiimmmmmmm... quase caí de susto, quase despenquei dos glúteos deixando a calça sem mim. Mas felizmente minhas costuras são de boa qualidade e assim eu resisti aquele apavorante som, logo na sequência imediata um silêncio se vez... e novamente o som voltou a impor-se triiiiimmmmmmm...( silêncio), triiiiimmmmmmm...repetidas vezes isso se deu. Minha curiosidade aguçou-se e ao fim de repetidas alternações de som e silêncio... veio o contanto com a musa.
Indescritível, não há palavras, nem cores, gestos imagens, nada, absolutamente nada, que se possa prestar eficientemente para expressar aquele momento, aquele contato, aquela musa mágica, cativante, apaixonante que de outro mundo dizia com voz doce e pueril, jovem e deliciosa ao meu ouvido coisas que não pude entender, seus gemidos, suas frases eram inefáveis, sua respiração, o compasso de toda a peça... uma magia envolvente cativante... entendi brevemente na minha insignificância bolsal o que o poeta vive e sente contactando essa musa. São percepções que não se pode exprimir...
Do outro lado a musa dizia algo assim “Alô, Alô, alô, Kiko di Faria, fala comigo, podes me ouvir...? Puhn, puhn, puhn...” sinceramente não entendi nada. Eu não falo essa língua. Como exprimir o inexprimível, como explicar o inefável? Não sou eu, pobre bolso que o poderá fazer... mas o fato é que foi tão diferente, me transformou de tão prazeroso e inusitado, tornei me outro ser... repeti algumas vezes a travessura e assim desabrochou em mim a capacidade e o desejo de falar tudo isso. A vontade incontida de dizer estas coisas, vencer o anonimato, sair da coadjuvância e render tributos ao protagonismo, ainda que breve, em poucas linhas... seduzido e inspirado pela musa deixo aqui minhas confidências de bolso.
Acho que cá não há lei que as proíbam, se tem eu as desconheço, assim como desconheço, ignoro quem poderia se ofender com tal feito meu, senão o poeta, que ao tomar conhecimento, acho que revelado pela musa, nada fez. Não arranco-me, não costurou-me, nada, absolutamente nada, nenhuma sanção... então não deve ser crime.
Lei cá não há! Ley lá, Ley lá... não sei se há. A musa não creio que fará, se Faria Ley lá, só o tempo se me nos revelará, mas seja quem for tal musa, como for... ela sendo seja lá o que for, é esse ser que seduz encanta e envolve até o bolso do poeta... bolso que ainda que vazio... é eternamente cheio de histórias pra contar.
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