Constante
Em busca serena da trilha do caminho do meio, em busca constante do autoconhecimento com autodisciplina, então saboreio o despertar com amor pela sabedoria, buda filosófico, pois vós sois buda.
Viver é como andar de bicicleta: requer esforço constante, não há ré, tem que manter o equilíbrio, se parar cairemos e, quando se aprende, não mais se esquece.
Ser virgem é o constante esforço de se manter limpo, puro. É deixar com que os bons hábitos tomem o lugar dos maus.
Por fim, somos o constante recomeço de nós mesmos. Nem tudo parado nem tudo imutável. Somos sempre o futuro projetado no presente, de um pretérito já inexistente.
Vivo um constante dilema por ter um eterno amor x ódio pela vida, ambos em seus extremos. E é isso que no final acaba me mantendo viva.
Amor: quando estou dentro de mim
Ódio: quando estou fora de mim
Porque não dá para viver muito tempo no mesmo lugar.
É preciso uma troca de energia e luz minha com o ambiente. É isso que faz o (meu) planeta girar.
A tal perfeição:
Somos seres humanos em constante evolução.
Quem de nós não se irrita as vezes?
Então porque vestirmos os tais personagens e deixar que eles ganhem voz, em vez de dar espaço à humanidade que precede os vários títulos que nos impõem.
Aos poucos a gente vai aprendendo que não precisamos ser personagens desse teatro social.
“Ah, mas você é tão espiritualizado, como pode se deixar levar pelo ímpeto da raiva"?
Será que quem nós julga é "perfeito"?
Será que nunca destratou uma pessoa, inclusive dentro de casa?
Quão hipócritas ainda somos!
Porque a gente ainda se cobra tanto?
Enquanto nos tornamos juízes severos, da tal perfeição vamos deixando de simplesmente viver.
É tanto querer se curar a ponto de adoecer, e no final das contas teremos que nos aceitar por inteiro defeitos e qualidades.
Somos cheio de sentimentos,
Bons, ruins outros que pensamos ser ruim e são extremamente necessários.
O medo, por exemplo, é uma das emoções mais bonitas e necessárias, porque dele parte o sentido de preservação. Enfim, não se deve negar uma emoção e nem muito menos cultuá-la, dar uma ênfase muito forte para ela.
Muitas vezes perdemos a paciência. Eu, você todos nós, o importante é ter a humildade para pedir perdão se nescessário for.
Como diz a velha frase, errar é humano persistir no erro é burrice.
Que possamos então apenas ser humanos e jamais burros.
Prem Mahatma
Boa noite 26
Sem versos
Mais uma noite de calor constante, uma mente sem formar versos sem letras repetitivas, querendo decifrar seu nome e não consigo.
A percorrer uma mente que está em erupção, perdida na sua própria imaginação, sem rua e estrada, a me guiar fora deste calor constante, sem letras para expressar um sentimento adormecido, em uma mente sem suas letras a repetir em um nome lembrar... (rsm) 11/01/2020
Sou esta bagunça de sentimentos, de história, de vida. Sou esta constante contradição dentro de mim.
Mas ao mesmo tempo sou esta leveza que a dança exige. Sou os passos firmes e a batida pulsante que faz o coração se acelerar, e o sorriso surgir.
Eu sou o sonho de um lindo conto, mas também sou as lágrimas da realidade.
Sou a busca incessante por um olhar verdadeiro e um coração que espalhe amor.
Sou este amor que sempre está pronta para a troca e que por onde passa quer deixar e espalhar entre os jardins sem cor, as estações mais difíceis, o necessário para fazer colorir e se aquecerem.
Sou a fé, mesmo cansada, mesmo as vezes falha. Sou a crença que os contos existem, que a luz por mais que as vezes não veja está junto a mim, a você, a nós.
Sou a inocência em acreditar mais uma vez, em achar que será diferente, em acreditar no melhor das pessoas e do mundo, mas hoje também sou a malícia que tive que aprender para conviver, para se adequar.
Sou a ansiedade que chega a noite e me derruba. Sou as críticas no espelho. Sou o ódio das palavras no reflexo, sou a falta de amor em mim.
Sou aquela menina diferente que passou a vida para se explicar. Sou tantas vezes a explicação que não há. Apenas é o que sou, sem entender, mas que é julgada, observada, comparada.
Sou a menina que cresceu e se tornou mulher. Sou a mulher que dentro ainda é uma menina perdida e insegura que ainda fecha os olhos ao se desafiar.
Sou o ritmo alegre do samba, a batida e sensualidade do funk, mas de forma tímida, onde poucos conhecem. Ou talvez ninguém.
Sou a união dos instrumentos em um clássico onde se encontra a paz e emoção.
Sou a emoção a flor da pele que sente com a dor do outro, com as histórias ao redor.
Sou histórias, diversas, que as vezes a memória se esquece, sou os detalhes que somente um olhar com alma poderia enxergar.
Sou a solidão que mesmo ao redor de tantos se sente sozinha. Sou o caos entre ser e existir. Entre sentir e conviver. Entre se encaixar e somente ser.
Eu sou o barulho do mar, o canto dos pássaros, o sino dos anjos, e tudo aquilo que possa trazer paz mesmo havendo tanta bagunça, medo dentro de mim.
Talvez nunca me vejam ou entendam como eu sou. Ou talvez nunca me amem por quem eu sou. Mas continuarei a ser como minha essência se espalha em minha vida e ao meu redor. Seguirei mesmo sozinha levando o que há dentro de mim e deixar nos corações que tocar, que encontrar o meu melhor.
Sou a gratidão, sou a sorte, a luz que se irradia sempre em meu jardim. Mas mesmo assim consigo ser o olhar que se preocupa, que ora, que pede, que tem receios, traumas, mágoas, medos bobos, e dores n’alma que poucos sabem e que guarda escondida dentro de si para ninguem se preocupar.
Ela sabe que pode ser tudo, mas de algo sabe que não posso ser: diferente do que a essência dela é. E isso dói. A menina sente. As lágrimas surgem, mas ela caminha e se ergue a cada manhã com um sorriso nos rosto e uma vontade imensa de ser feliz.