Conseguimos

Interessando-nos pelos outros, conseguimos fazer mais amigos em dois meses do que em dois anos a tentar que eles se interessem por nós.

Não conseguimos livrar-nos de uma coisa evitando-a, mas apenas atravessando-a.

Conseguimos realizar nossos propósitos economizando os minutos.

Só ficamos satisfeitos em ter razão se conseguimos provar que os outros estão totalmente errados.

Menosprezamos facilmente um objetivo que não conseguimos alcançar ou que alcançamos definitivamente.

Quando fazemos tudo para que nos amem... e não conseguimos, resta-nos um último recurso, não fazer mais nada.
Por isto digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado... melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.
Não façamos esforços inúteis, pois o amor nasce ou não espontaneamente, mas nunca por força de imposição.
Às vezes é inútil esforçar-se demais... nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende a nossos pés.
Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido.
Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer.
Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de nada mais fazer.

Até onde conseguimos discernir, o único
propósito da existência humana é acender
uma luz na escuridão da mera existência.

Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os resultados são vexatórios.

Talvez devamos amar o que não conseguimos compreender.

Diz a lenda que quando não conseguimos dormir à noite é porque estamos acordados no sonho de alguém.

O que temos a ganhar viajando para a lua se não conseguimos atravessar o abismo que nos separa dos outros? Essa é a mais importante viagem de descoberta; sem ela, todas as outras são não apenas inúteis, mas desastrosas.

Uma razão porque tão poucos de nós conseguimos o que realmente desejamos é que nunca dirigimos o nosso foco; nunca concentramos o nosso poder

Não conseguimos segurar uma tocha para iluminar o caminho de outra pessoa, sem clarearmos o nosso próprio.

Só raramente conseguimos que nos amem, mas é sempre possível fazer com que nos estimem.

Nunca conseguimos fazer nada corretamente enquanto não pararmos de pensar em como o fazer.

Perdoamos com facilidade àqueles que nos aborrecem, mas não conseguimos perdoar àqueles a quem aborrecemos.

Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia.

Mudanças. Nós não gostamos delas. Nós a tememos. No entanto, não conseguimos evitá-las. Ou nos adaptamos às mudanças ou somos deixados para trás. Crescer é doloroso. Qualquer um que te disser que não, está mentindo. Mas aqui vai a verdade: às vezes, quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas. E às vezes, oh, às vezes mudar é bom. Às vezes mudar é tudo.

Não somos livres nas nossas atitudes porque não somos livres nos nossos desejos, não conseguimos ir contra aquilo que está dentro de nós.

Não conseguimos mudar coisa alguma sem antes aceitá-la. A condenação não libera, oprime.