Conscientização Água
Estou atravessando o deserto sem mapa, sem água, apenas com a esperança de viver em um oásis em seu fim.
“Se não brilha não é estrela, se não é radiante não é sol, se ainda tem sede não provou da água viva, se não é intenso não tem vida, uma multidão vive na cegueira, na margem da escuridão, possui a essência de morte.”
Giovane Silva Santos
E quando eu percebi
a emoção jaz no passado.
A água secou nas fontes,
o vento soprou as folhas
e só eu sem movimentação.
Nunca entenderei a minha lentidão!
Deixei a abrupta ação do tempo,
por excesso de fé e autocorreção,
já que mais cego estava meu coração.
Às vezes deitados entre os estilhaços,
não percebemos os profundos cortes
e o próprio cansaço.
Acomodados em uma repetição sem fim,
com apego a tudo,
sem perceber que o todo é ruim.
O quanto falam bem de ti, ô chuva, ó água:
Doce ou salgada ( temperamentos); que navega (rema) , balança (oscila); que cai no telhado (desce) , escorre pela rua (nivela), evapora (sobe) e em contato com o solo (cheiro) .
Vez ou outra vejo como vida, mas o saciar sempre é chamado de sede.
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Ô chuva ☔, ó água 💦
O frio ☃ que tu deixas
Faz trazer o que pensar
Traz conchinha 🐚 e cobertor
Traz desejo a acompanhar 👫
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Talvez seja uma outra sede 💕
Que também é pra matar 🔫
Sede ou cede de carinho 😓
Um bom vinho 🍷 acompanhar
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Lembra bem o que quentinho ☕
Pode vir a esquentar 🔥
Um chocolate lá no fogo 🍫☕
Mata o frio, mas não o amar 🌊 💟 ( a-mar; talvez seja ausência de água DOCE) .
Paulenriq Le
O que todo negócio tem em comum entre si? O que a Coca-cola, o vendedor de água do sinal, a mercearia da esquina, o petshop do bairro, a loja do centro, o fabricante, o importador, o revendedor, todos eles tem em comum entre si? Todas essas empresas resolvem um problema, uma dor, uma necessidade que existe no mundo e na vida das pessoas. Daí, podemos responder à pergunta acima: Negócio é resolver um problema. Curar uma dor, atender a uma necessidade. (Livro "Mentalidade Empreendedora")
Microconto
..
O elemental água se apaixonou pelo elemental terra.
Foi um relacionamento solidificado.
Eu expus tudo que sentia por você.
A falta que me fazia como água no Sáara.
Dos desejos intensos, quentes que me consumia em silêncio entre dunas em noites gélidas.
Você mirava-me, mas não esboçava nenhuma reação.
Eu me vi tendo que competir com o desértico seco do seu ego.
Você apenas permaneceu aí, mirando-me enquanto eu me consumia.
Tive esperanças de que minhas miragens fossem reais.
Mas você permaneceu aí, estático.
Vendo-me consumir e desaparecer como poeira no deserto.
DUCHA NA ÁGUA GELADA
A descrição da existência trata-se da ideia do caos tentando entender a sí. A variabilidade do universo, a sua inconstância e/ou relativismo, faz com que nada seja absoluto tudo depende de tudo. O aspecto que defini, ou não, a realidade é a incansável capacidade de ter as leis alteradas em situações extremas. Esse emaranhado de inconclusões repleto dos mais variados pensamentos que te guiam a becos sem saídas ou a vitória de ter encontrado uma resposta minimamente viável, chamo eu de: Vida Humana.
É uma manhã, quase que poeticamente, chuvosa. Morar nos trópicos reflete muito do que é a existência, no próprio clima, ontem o Sol estava intenso, hoje as nuvens que cobrem o céu indicam que não o veremos tão cedo. Essa mutabilidade repentina é algo que inconscientemente conceitua, de forma débil eu diria, a ideia da variabilidade que está ao nosso entorno.
Mais um dia, a noite fora tão intensa que acordei no sofá, heróis como Hércules, o semideus, enfrentava seus inimigos com bravura no contexto da sua realidade. Na minha, meus fantasmas me assombram quando estou acordado, e me perseguem quando estou dormindo, me sufocam quando penso, me assolam de angústia e pavor nas minhas ações.
Essa madrugada não teve muita coisa de especial, o sonho/pesadelo, envolvia, sobretudo, situações intensas, morte, vontades antigas e tristeza. Um misto de tudo que alguém ansioso não precisava, pois essa ausência de um sono restaurador reflete nas minhas ações diárias, que por sua vez quase sempre não são boas, e assim a próxima madrugada está condenada como todas as outras. Esse ciclo vicioso, e quase irônico, é capaz de simular de uma forma dolorosa o quanto a natureza humana é aterradoramente vinculada à alguns princípios básicos.
Noutro momento, estava eu num devaneio, me peguei indignado com as poucas ideais que foram levantas naquele intenso debate com minha mente. Ela e eu quase sempre estamos fora de sintonia, mas naquele momento tiramos uma conclusão sobre a felicidade que desanimou ambos. Projetamos que, não importa se nos formemos na faculdade e nos tornemos um bom médico, um excelente esposo, um filho bom, um irmão e amigo desejável, estaríamos fadados ao fato de não sentirmos a felicidade. Digo não aquele momento de euforia, e sim, a verdadeira felicidade, aquela descrita pelo Arquiteto da Existência, a almejável e praticamente utópica felicidade.
Isso repercutiu nos dias subsequentes, perdemos toda vontade de seguir com nossos afazeres, de manter a reserva econômica, estudar, praticar esportes, cuidar de nós. Ela, minha consciência religiosa, gritava que Ele estava comigo, que não era para abandoná-lo, porém meu reflexo animalesco só me induzia a cair em hábitos destrutivos, tanto para mim, quanto para as pessoas que estão entorno.
Bom, nessa segunda-feira, decidi que seria diferente. Falhei miseravelmente no início. Entretanto, assim como ontem, fiz algo inacreditavelmente incomum para alguém como eu. Tomei um belo banho de água fria, literalmente, a chuva despencando e eu sem o ar nos pulmões, embaixo de uma corrente de água que parecia mais como uma tempestade de agulhas, a dor fazia ranger os dentes, o diafragma incapaz de auxiliar na respiração, as mãos fechadas tentando incansavelmente encontrar na parede um lugar para se segurar. Nesses momentos de intensa dor, parece que estou mais vivo do que nunca, a felicidade talvez seja inalcançável, mas essa dor lancinante é sempre real e presente. E por longos cinco minutos estive aqui, no presente. Isso foi tão maravilhoso, que tomei uma decisão: duchas de água fria estarão sempre presentes na minha vida, e que tudo depende do quanto deixarei ser afetado pela dor que ela causará.
Deixei-me aproveitar, depois daqueles primeiros segundos eternais, e foi uma experiência que indico, quando fechei o registro senti que aquela água tinha levado embora algumas inseguranças e solidificou um conceito quase novo para mim, existe sim vitórias depois de uma grande batalha. Será talvez essa sensação a alegria que tanto busco?
Há flores lindas em algumas partes do planeta da água, são lindas mas por muito pouco tempo, elas la estão porque é primavera, há uma campanha contra as abelhas, estão autorizadas a emigrarem à busca da doçura do mel, elas misturam-se com a alegria da gente por ser primavera bonita, as borboletas como os beija-flores disputam com outros pássaros a beleza dos botões das lindas flores, para eles chegou a primavera, bocas abertas e cheias de dentes a celebrarem o fim dos cobertores e das roupas pesadas, adeus inverno e viva os sonhos lindos de liberdade, praias belas despidas de pudor. ficam todos felizes e dão um adeus à primavera linda com as suas cheirosas flores.
22 DE MARÇO – DIA DA ÁGUA
Límpida, incolor e insípida,
O líquido da vida.
Vem da fonte, vem da torneira,
Vem da nuvem, vem do rio,
Vem do mar, vem da floresta.
Está no copo, em seus lençóis,
Está no banho e nos jardins de girassóis...
Vem na chuva cristalina
Banhando a terra menina.
Faz semear a semente,
Dando vida a um novo ser vivente...
A sede ela mata,
Alegra a seiva e beija a mata.
O verde da mata virgem,
Mata a fome em sua origem...
A água que dá a vida que veio do sopro,
É a mesma que mata a sede e banha o corpo.
É a lágrima que lava a alma,
Face molhada que o beijo acalma...
A água que lava o copo,
É a mesma que do copo se bebe.
Frescor na mina incipiente,
Ternura no amanhecer nascente...
Banha a vida,
Regando o solo após caída,
Acalma o coração e enobrece a alma,
Distraída, se transforma em cor e forma...
No rio, corre mansa e faceira,
Cachoeiras de cristais caem livres em ribanceira.
É a vida que se vai algemada na esteira,
Quem pensa diferente, tapa o sol com a peneira...
No lençol se faz poupança,
É reserva e esperança.
Dá medo e insegurança,
Quando a natureza faz vingança...
Desprezar a natureza não é uma boa decisão,
Falta d’água na nascente aniquila a população.
Não adianta promessa, reza e pajelança
se não cuidar do broto criança...
Plante flores em seu jardim,
Plante uma árvore, um lírio ou jasmim...
Cuida do broto criança, cuida de mim!...
Élcio José Martins
Que o nosso dia seja como um jardim bem regado,como uma fonte de onde a água não para de correr. Bom Dia!
Eu ainda me lembro das noites em que eu ficava sentado no chão frio do banheiro, com água quente caindo sobre o meu corpo. Eu fechava os olhos e deixava as lágrimas se misturarem com a água, como se assim pudesse dissolvê-las e fazê-las desaparecer. Mas, mesmo após tantas lágrimas derramadas, eu ainda me sentia sufocado pela tristeza que tomava conta de mim.
Eu passei anos tentando me encaixar em mim mesmo, tentando aceitar a minha condição, mas a verdade é que eu não sabia como fazer isso. Eu me sentia sozinho e isolado, como se ninguém pudesse entender a dor que eu sentia. A sociedade parecia estar sempre a minha volta, me julgando e me condenando por algo que eu não tinha controle.
Eu só queria ficar bem, só isso, mas isso parecia cada vez mais distante. Eu me afundava cada vez mais em uma escuridão que parecia não ter fim. Eu me perguntava se algum dia iria conseguir superar essa dor, se algum dia iria conseguir ver a luz novamente.
Eu não conseguia encontrar uma saída. Meu caminho parecia escuro e sem fim. E o peso do estigma do HIV parecia estar sempre lá, pesando sobre mim. Cada dia era uma batalha para encontrar a força para me levantar e seguir em frente. Muitas vezes, pensei em desistir. Afinal, o que eu tinha a perder?
Eu me sentia preso em um ciclo sem fim de tristeza e desespero. Não havia nada que pudesse me tirar desse abismo de solidão e desesperança. E o gigante letreiro "HIV" continuava a piscar em minha mente, me lembrando constantemente de que eu era diferente, que eu estava doente, que eu era um risco para os outros.
O choro, o chão, o chuveiro eram a minha única forma de escape. Ali era meu lugar. E assim, muitas vezes eu chorava, onde ninguém podia me ver ou ouvir. Eu gritava internamente, desesperado por alguém que pudesse me entender...
Eu estava só, mas algo dentro de mim, meu eu, minha alma, veio me abraçar. Ela pegou em minhas mãos, olhou fundo em meus olhos, os olhos dela também choravam, sorriu e disse: "Nós vamos conseguir".