Conscientização Água
O brando é mais forte que o duro; a água, mais forte que a rocha; o amor, mais forte que a violência.
Voz nordestina!
Aqui o tempo é veloz
mas esse povo trabalha
mesmo sem água na foz
nem escorrendo na calha
com medo da seca feroz
o nordestino solta a voz
e ninguém mexe uma palha.
A cobiça, a inveja, a avareza são sentimentos tão fluídos quanto à água e penetrarão facilmente em sua mente se ela não estiver muito bem calafetada contra essas deformadoras da personalidade e, tenha certeza, causarão tantos estragos como a água da chuva infiltrada em telhados mal impermeabilizados! (Pedro Marcos)
Sem água!
No sertão de água escassa
o verde aqui quase não tem
a chuva é quem ameaça
passa perto mas não vem
mas a fé carrega a graça
sem ajuda de ninguém.
A brisa bate na água, vem como uma brisa fresca em meu rosto, onde dá um frescor que me alivia a alma.
Essa brisa é muito maravilhosa.
Me acalma em todos os sentidos.
Me faz pensar em coisas boas que me acontece no meu dia a dia.
Me faz ter pensamentos positivos e nunca desistir dos meus sonhos..
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
Já ouviu o barulho da água caindo em tuas mãos?
O som da respiração de duas pessoas que se abraçam?
O toque ....
Já prestou atenção no sorriso de pessoas a seu lado?
O som das páginas de um livro sendo folheados?
O passinho da joaninha nas folhas de uma árvore?
O som do carinho das peles das mãos se entrelaçando... Observe a ternura da vida...O instante ❤️
Eliane
INTERROGAÇÃO
Não sou Adão...
Nem, nada disso que você pensa,
não vim de torrão barro ou água
Eu vim de uma placenta...
Placenta benta que senta
que paga que roga praga...
Que as vezes tem paciência
outra vez... Não agüenta.
Eu nasci n'aquele dia
n'aquela agonia...
Eu vi para o mundo de símbolos
penitencia... Pensa!
Universo da Maria de fobia
de reza, oração, dá o tiro, dá a mão
mundo de sonhos, feitos medonhos
... Ave Maria!
Saudações de José
saudações de João
Sou de um planeta perneta
costeleta, constelação, coração...
Aonde ninguém tem certeza
de quem é, ou não... Irmão...
Eu sou de um mundo inteiro
de pesadelos seus, de mim, d'ali
d'aqui, por cá, por ai, de Deus?
Do cão... Não sei, não sei não...
Antonio Montes
Nordeste do Saara.
Sei que muita gente esquece
que aqui a água é rara
que o povo ainda padece
que o Brasil não se declara
enquanto a vida desaparece
o nordeste mais parece
com o deserto do Saara.
O oceano é infinitamente grande e podemos chegar até ele facilmente, mas a quantidade de água que podemos retirar de seu interior está limitada pela vasilha que levamos até as suas margens.
Assim também acontece com a nossa capacidade de aprendizagem, que é ilimitada, mas depende da vontade com que abrimos a nossa mente para captá-la!
Pedro Marcos
Meu solo pede o teu sol
Meu deserto pede tua água
E meu fogo pede a tua alma
Meu rio pede o teu mar
Meu agosto pede teu dezembro
Minha falta pede o que te é pleno
Meu corpo pede teu sonho
Meu choro pede teu sorriso
E meu pouco pede tudo isso
No teu fogo virei brasa.
No teu gelo virei água.
Na tua boca sofri calada.
Na tua voz não fui chamada.
No teu olhar fiquei hipnotizada.
No teu corpo fui desonrada.
No teu andar fiquei parada.
Na tua casa fiquei desabrigada.
Na tua coberta fiquei destapada.
No teu cigarro não fui tragada.
Na tua bebida fui vomitada.
Na tua música não fui escutada.
Na tua letra não fui riscada.
Na tua folha não fui desenhada.
Na tua vida, fui só um nada.