Confusão
Somos seres racionais, e muitos de nós, navegando na incompreensão existencial, sem saber para onde nem por que temos de experimentar tanta tribulação, confusão, sofrimento. A causa disso é a ignorância, resultado da dissociação com a condição social e a perspectiva de comodidade.
Você já tinha se despedido, mas como sempre eu estava aqui a toa. Então lhe vi acorda(o) a essa hora da noite, e me perguntei, será que é insônia ou outra pessoa?
Amar demais e pecado?
Meu coração tem agido de maneira estranha , sensação diferente , boa e intrigante , te amar me deixa assim
Repetição
Ando tão confusa. São sempre os mesmo erros, as mesmas pessoas, gostaria de entender por qual motivo a minha vida é uma constante repetição. As horas parecem não passar, o sol não está à raiar, pareço estar presa, presa em uma gaiola que eu mesma construí e agora talvez seja tarde demais para sair. Me sinto como um balão que quer voar mas está preso a um peso, peso este que o cansa, o cansa pelo fato de estar ali todos os dias, sem deixar uma pista de que um dia o deixará voar. Já não sou capaz de ver as cores, cores estás que davam sentido a minha pequena vida, aliás, o que é a vida? Nem sei se um dia fui capaz de vive-lá, até por quê se hoje estou nessa situação foi graças a uma bola de neve que fui criando a cada passo meu, como fui capaz de deixar que isso acontecesse!? Por que não tive a capacidade de viver a vida do meu jeito, sem me importar com o que dizem? Por que estou me machucando tanto? Eu deveria estar zelando por mim, eu não acreditava ser capaz de me destruir mas eu fui. Agora eu te pergunto você vive ou está apenas alimentando sua própria destruição?
Uma contradição que confunde os "entendidos": a sabedoria que vem de Deus é gratuita, mas o conhecimento humano custa caro.
Aberto como um livro
Despido por completo
Andando no vazio
Vulnerável
Procurando em cada esquina
O pedaço que faltava
Falta?
A quem, o quê?
A mim?
Silêncio é estado de quem se cala ou se abstém de falar, privação, voluntária ou não, de falar, de publicar, de escrever, de pronunciar qualquer palavra ou som, de manifestar os próprios pensamentos. Quem bem me conhece sabe que sempre fui de interagir completamente e tagarela, mas quando algo não me contempla, não assimilo ou não concordo, seja lá qual o motivo, me calo. Tenho encontrado no ato de escrever uma forma de me comunicar, por isso escrevo, me faz bem, mas sem falar ou ministrar as palavras, prefiro não me ater ao convencimento, que por muitas vezes não será aceito. Para que? Fazer confusão sem merecer. Nessas horas, na maioria das vezes o silêncio diz mais, muito mais.
Um diabo na garrafa
Um copo de cachaça
Um dia que não passa
Crianças na rua fazendo arruaça
Pedrada na vidraça
Ficar sem você tudo perde a graça
“Eu me perco em meio aos meus pensamentos sobre você. Tudo parece ser tão confuso... As vezes você é a luz no final do túnel, outras você é o motivo de eu estar perdido lá.”
Alegria do domingo
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A chuva cai
O dia cinza
A música toca
A página vira
A imaginação aflora
O sentimento
A solidão amiga
Confusão que causa
Parceira para um bom gole
Do amargo doce negro grão
Que nos aquece agora
E assim mais um domingo se esvai
Deprimente como outrora.
Mais uma vez,
Mais uma vez me deito em meu quarto e fecho a porta
Por que ainda continuo escutando a mesma música?
Por que ainda penso tanto nisso?
Por que não consigo me lembrar do tanto que ele me machucou?
Por que continuo dizendo ‘’eu te amo’’?
Eu queria sentir raiva
Queria olhar pra você e sentir nojo
Queria olhar pra você e poder te ignorar
Queria te deixar menos importante
Cara, eu te odeio
Ao menos eu queria odiar
Pelas noites que me fez chorar
Pela dor que me causaste
Por ter me feito sentir como uma inútil
Eu te odeio! Pare de dizer que me ama!
Por favor
Antes que eu te diga o quanto te amo
Um caos baseado em uma antítese. Quente, frio. Coragem, medo. A cada dia que acordava viva mais morta se sentia. Sentada no chão do chuveiro, sentindo a água gélida queimar contra toda a extensão de seu corpo frágil, apenas queria paralisar o sangue que corria fervente em suas veias. As lágrimas invadiram seus olhos junto com uma queimação nas bochechas. Quanto mais seus olhos vazavam, mais vazia ela se sentia, como se estivesse pondo para fora tudo o que a fazia completa, toda a sua essência. Chorou. Chorou até seus olhos incharem e seu rosto todo ficar vermelho, até suas cavidades nasais entupirem, não mais deixando o ar passar. Então ela sorriu. Era isso o que queria, não era? Mesmo que por um segundo, ela apenas queria parar de respirar.
Misteriosamente tudo ficou estranho: as pessoas, as casas, as ruas, o mercadinho da esquina... Minha sombra.
"como está? Onde está?" perguntas sem respostas. Contento-me com o silêncio ensurdecedor; com a curiosidade obtusa e latente que tende a me atormentar todas as noites ao repousar-me - ou, pelo menos, ao tentar assim fazer.
Contento-me, então, com as suposições hipotéticas, fantásticas e lúdicas do meu pensamento que, exausto, peleja aquietar-se. Aquietar-me.
Mais um dia; menos um dia.
Amores
Qual teria sido amor?
Eu me deparo com uma extensa lista
De amores que se apagaram mais rápido que uma estação
Mas que se estendem em memórias como um laço inacabado
Fico entre um contraditório
De que os meus amores terem sido tão superficiais
Mas de terem permanecido no meu pensamento em dias tão distantes.
Minha cabeça fica um grande nó
E o meu coração uma grande festa
Que se sente em direito de reclamar todos esses amores como legítimos e não extintos.
Pode-se imaginar a bagunça dos meus sentimentos
Em não conseguir medir essas grandezas em proporções razoáveis
Deixando que eu me torne um amante de 6 amores
Mas um solitário de nenhum abraço apertado
(Paulo Seixas)