Confortável
Por que é tão difícil se mover?
Ficar parado é tão confortável.
Você não se cansa, mas também não chega a lugar nenhum.
E se me movo apenas para aquilo que está perto.
Nunca enxergarei novos horizontes.
Nunca verei o que está além da minha zona de conforto.
Mas como combater o medo?
O medo daquilo que desconheço.
O medo de perder-me procurando o meu lugar.
Será que posso quebrar essa barreira?
Esses muros que construí em minha volta para proteger-me?
Pois eu mesma me coloquei nessa prisão e agora quero sair.
Eu não consigo sair da minha zona de conforto - que não é tão confortável como o nome diz.
Quero dizer que não consigo me "mexer", fazer algo de útil e tornar o meu dia produtivo.
Eu queria ter a facilidade em cumprir deveres. Queria ser disciplinada e ter muita motivação. Mas tudo que sei fazer é reclamar e choramingar.
Minha vida é um completo tédio. Eu poderia está apaixonada e ocupar minha mente em amar alguém que não fosse minha família. Porém, não existe ninguém. Não tem ninguém pra tampar meu vazio.
E os dias passam, passam, as horas passam, e eu não me importo.
Eu não me importo, inclusive, com minhas responsabilidades.
Não sei nem que dia é hoje...
Nada é interessante.
Nada faz sentido, principalmente a vida: viver não faz sentido.
Queria entender tudo e ser um robô como os outros, mas eu simplesmente não vejo prazer.
NÃO HÁ PRAZER EM VIVER. Porque eles são robôs. Robôs prestes a morrer. Robôs que, a qualquer momento, instante, pode falhar e nunca mais ser ligado.
Robôs sim. Eles nascem, vão para a escola, estudam e depois estudam, depois se casam, filhos e filhos, trabalha (muito trabalho) pra poder ter grana e viajar. Pra poder ter grana e viajar...
Sim, apenas por isso.
Chamam isso de vida? Chamam isso de "felicidade"?
O pior de tudo é, e se eu não conseguir nada disso? Serei um fracassado?
O que não entendo é, do que adianta todo esse sacrifício, se no final todos nós iremos morrer?
Se você é rico ou pobre, bonito ou feio, legal ou chato, humilde ou egocêntrico, não adianta NADA.
Todos, todos, exatamente todos nós iremos morrer.
E eu?
Eu prefiro pular essa parte de ter que me sacrificar pelo resto da minha existência, e ir logo para a parte onde eu morro de uma vez.
Percebi, de repente...
Ao olhar no espelho, espantado...
Meu confortável presente...
Transformando-se, rapidamente, no meu passado!
Pedro Marcos
Quando o gostar é tranquilo
A distância não é chamada de inferno
A saudade não dói, é confortável
O silêncio não é ruim, nem tão pouco silêncio, é apenas espaço, ar, respiro, na verdade, é respeito.
Ambos trazem paz e sensibilidade.
Provoque. O ser humano está muito confortável na zona da mesmice.
Conteste. O ser humano está muito confortável na zona das suas verdades.
Contrarie. O ser humano está muito muito confortável na zona das suas certezas.
Mas reconheça que não há nada melhor do que estar numa condição confortável sobre qualquer coisa que, no mundo, tenha potencial para ser uma grande zona.
O tipo mais confortável de religião é sempre uma religião vaga, nebulosa e incerta, cheia de fórmulas e rituais. Não me surpreende que o catolicismo romano atraia certas pessoas. Quanto mais vaga e indefinida a sua religião, mais confortável ela será.
QUANDO SE PERDE A MÃE
Um abraço de mãe é; confortável, indispensável, um belo refúgio e verdadeiro.
Uma palavra de mãe é; suficiente, eficiente, sempre certa, dita na hora certa, também confortável e indispensável.
A cama de mãe é; onde estão os lençóis mais cheirosos, onde você pega no sono assim que se deita, a mais fofa dentre todas as que existem, mesmo que tenha um colchão de tábua é sempre a mais confortável.
Amor de mãe é; verdadeiro.
Agora imagine viver sem TUDO isso.
Imagine como seria deitar na cama e não mais sentir o cheiro recente dela. Imagine precisar de uma palavra de conforto, porém, receber apenas palavras indiferentes. Imagine querer um lugar para se abrigar, e até encontrar um abrigo, mas ninguém que te abrigue.
Quando se perde uma mãe, não só se perde uma mãe; se perde o único abraço verdadeiro. Possa ser que existam outros abraços (abraços de outros) assim, mas... você nunca terá a certeza de que os outros são verdadeiros tanto quanto. Você fica sem saber a quem pedir conselhos ou de quem aceitar, pois, o conselho de mãe é sempre dado para que você não erre ou não cometa o mesmo erro, é para que você seja alguém na vida, já os outros conselhos (conselhos de outros) você também não tem como saber se são verdadeiros ou bem intencionados tanto quanto. Quando se perde uma mãe, aquela cama já não é mais a mesma. Não mais lhe trás sono, apenas saudades. Na gramática da vida de quem perde a mãe, o termo (status) órfão é sinônimo de perdido. Quando se perde a mãe, se descobre que o melhor despertador não é aquele em que se ajusta a hora e se houve um trililim, mas sim aquele que diz "acorda menino, é hora de levantar".
E quem faz as coisas com um único objetivo; dar orgulho...?
Imagine... Você conclui os estudos, entra na faculdade/universidade, tudo para ser aquilo que sua mãe sempre quis que você fosse; médico (a), professor (a), engenheiro (a)... Alguém na vida, com um futuro que não seja tão incerto. De repente... Sua mãe se vai para todo o sempre. A quem dar orgulho? A quem dizer “eu não disse que eu iria conseguir?!” e pior ainda... De quem você irá ouvir: “eu sabia que você iria conseguir!”. Depois que se perde a mãe, o jeito é acreditar que ela está vendo tudo “lá de cima” e, mesmo não estando ao nosso lado, sentirá orgulho do mesmo jeito, do contrário, nada iremos fazer já que a mulher à qual queríamos dar orgulho já não está mais entre nós.
Muitos filhos aprendem a valorizar as suas mães só depois que as perdem. È quando a vontade de querer voltar no tempo para fazer tudo diferente aparece. Sabe aquele filho que bateu o pé e fez cara feia quando sua mãe pediu para que fosse à venda da esquina comprar algo? Então... Esse filho, hoje sem mãe, daria tudo para que ela estivesse aqui, nem que pra isso ele tivesse que ir até Plutão comprar aquilo que ela pediu certa vez. Cara feia? Não! Jamais! Ele nem esperaria ela pedir. Se antes era ela quem vivia no pé dele para que ele fizesse alguns favores para ela, hoje seria ele quem viveria no pé dela perguntando o tempo todo se ela está precisando de algum favor.
Os filhos que ainda têm a sorte de terem suas mães por perto não têm noção da raiva que os filhos que já perderam as suas sentem ao vê-los batendo o pé, fazendo cara feia, resmungando, respondendo a altura tentando se igualar, rejeitando conselhos dados por elas, rejeitando carinhos ao invés de recebê-los e retribuí-los, etc. Nossa... Se os filhos que ainda têm suas mães soubessem a falta que faz aqueles beijos na bochecha que elas adoram dar em público e que eles consideram vergonhosos... Se soubessem, valorizariam mais. BEM MAIS! DEMAIS ATÉ!!! Enquanto muitos reclamam o fato de suas mães sempre marcarem presença em horas impróprias, como encontros de amigos, por exemplo, os filhos que já perderam imploram para vê-las ao menos em sonhos e, reclamam com a morte por ter sido audaciosa ao deixá-los sem elas. Vivem fazendo perguntas e nunca obtêm respostas. A mais freqüente é; “porquê a tiraram de mim?”. E algumas outras são:
Porque ele que não dá valor a mãe, ainda tem mãe e eu não tenho?
Porque sinto inveja quando vejo uma mãe abraçando um filho?
Porque sinto ódio quando vejo um filho rejeitando o carinho da mãe?
Porque Deus não adiou a passagem dela? Dessa forma ela se orgulharia de mim por ter me visto terminar os estudos, me formar, construir uma família...
Porque ela se foi há anos, mas ainda sinto como se tivesse sido ontem?
Há filhos que perderam suas mães há 1 ano, 5, 10, 20, 30 anos, mas a vontade de reencontrá-las é a mesma de sempre, senão maior, a durabilidade da tristeza que sentem é proporcional ao tempo em que elas se foram, senão mais.
Todos os filhos que já perderam suas mães aconselham:
. Não espere ela pedir, ofereça antes.
. Não reclame, apenas abaixe a cabeça, pois ela sempre está com a razão. Pode até ser que não, mas... Você é inferior. Se ela diz que está, então você está. Não espere que ela se vá para todo o sempre para aceitar isso.
. Não duvide. Vindo dela sempre será a mais pura verdade!
. Não bata o pé! Bata palmas para tudo que for feito por ela.
. Não rejeite a presença de sua mãe, pois nada nem ninguém irá compensar a ausência dela.
. Não seja impaciente com os momentos depressivos dela, pois, você talvez seja a causa disso e, mesmo que não seja, tente ser, além de filho, amigo, e dê o que ela precisa; atenção, carinho, etc.
. Nunca pense que os favores que são pedidos por ela têm como objetivo te fazer de escravo “só pelo fato dela ter te posto no mundo”. Você tem uma dívida com sua mãe no valor de R$ ser 1 bom filho.
. Nunca rejeite os carinhos e os conselhos. Todos eles são dados para te fazer feliz e para te proteger, nem que para isso ela tenha que fazer o possível e o impossível.
Vale frisar: Não faça como muitos que só aprenderam a dar valor depois que perderam. Não entre nesse time, é triste demais! Faça muito por ela e, quando/se você perdê-la, verá que poderia fazer ainda mais.
Não tenho filho, mas tenho certeza de que não há felicidade maior para uma mãe do que saber que é amada pelo filho e ainda mais quando ele demonstra isso. Felicidade pra ela, nenhum esforço pra você! Por tanto... Se você tem a sorte de ter sua mãe ao lado, desfrute desta sorte e não só diga que a ama como também demonstre, sempre, sempre, sempre!
VOZ DA EXPERIÊNCIA!
Rezo para ver Yara Ladeira ao menos em sonhos, mas isso raramente acontece e, quando acontece, eu não sinto o cheiro, não ouço a mesma voz, no entanto, obtenho a certeza de que de algum modo ela continua comigo. Transformou-se em meu anjo-da-guarda e em minha maior razão para dormir!
Sinto-me confortável em saber que faço parte da natureza, da sua renovação constante. Sinto-me menor como gênero humano ao ver-me apenas como um objectivo da natureza.
Amigo! ......
Para quem vê alguém perdido há duas posições ,uma é a confortável e a outra a desconfortável ,a confortável pertence aos inimigos e aos que não sabe como ajudar ou simplesmente não querem ajudar ,a desconfortável só pertence à aquele que de fato é amigo ,pois só tendo a coragem de ser amigo para dar "tapa na cara" para que o perdido acorde para a vida.
Ás vezes eu preciso tomar um chá quente, sentado numa poltrona confortável e relaxar, ouvir uma boa música enquanto aprecio o gosto da paz...
...Paz qual nunca alcanço, porquê o que eu de fato preciso, é de você...
Não fazes ideia do mal que passo pelo desejo de que tenhais a mim em mente assim como eu o tenho, todos os dias...
Não sabes quantas noites venho perdendo por ser viciado em pensar em ti, sentimento qual nunca soube que seria capaz de sentir antes...
Assassino de paz, salvador da minha existência, motivo dos meus passos e da água salgada que verte de meus olhos...
Seja o que for, desejo-lhe boa sorte caso o destino persista em continuar sendo não tão bom comigo...
O lago cinza se tornou confortável ao beijar da noite.
Sonolenta brisa revestida de sorrisos e holofotes...
Não lido bem com a desconfiança, não sou refém, nem construí um cativeiro, não fico confortável vivendo sobre uma mira que espera um deslize para que eu seja abatido. Sou livre preservo minha privacidade e nem por isso ignoro o respeito.
"Sinto-me, às vezes, confortável por não ter opção; isto canaliza toda a minha energia no intuito de ação e reação máximas."
Quando a situação é confortável
Um minuto são trinta segundos...
Quando a situação é desconfortável
Um minuto são cento e vinte segundos...
E quando a situação nos engole;
O tempo para!
a solidão nos deixa triste, e no mesmo tempo confortável.
Pois não sabemos, quando estamos só.
Ou simplesmente acompanhado da solidão.