Conflitos Pessoais
Nas experiências vivenciadas em nosso dia-a-dia, o perdão a si mesmo tem se destacado ao mesmo tempo tão necessário quanto difícil de ser conquistado em sua plenitude. Por vezes somos ricamente generosos para com os outros, e pobremente intransigentes para conosco mesmo.
Assim como o perdão às outras pessoas exige honestidade emocional e amor, conceder o perdão a si mesmo exige generosidade de sua parte para consigo mesmo.
Não podemos simplesmente ‘deixar’ fatos ou lembranças desagradáveis em nossa mente, achando que com o tempo serão esquecidos, pois não serão. Precisam ser resolvidos, e não esquecidos.
Deixe de criticar as ervas daninhas no jardim do vizinho e experimente passear pelo seu próprio jardim!
Ser emocionalmente equilibrado não significa que você deva se calar quando deve falar, mas faz com que você se cale quando não deve falar.
Sem partida não existirá chegada, e não é com um único passo que chegaremos ao nosso destino, mas pela sequencia continuada e ordenada dos passos. Pode ter a certeza: não são passos simples, mas saiba que são possíveis quando você quer. Portanto, não perca a coragem!
Quando nos descuidamos de nossa mente (e coração) e permitimos a invasão de sentimentos negativos que no roubam a quietude interior e passamos a levar uma vida que não se coaduna com o verdadeiro amor, a doença pode surgir, convidando-nos à uma profunda reflexão, conversão, e decisão em voltarmos a fluir com a vida, e não contra a vida.
É preciso deixar de buscar a cura através da pílula dourada ou da oração poderosa de tal pessoa, pois esse ato traduz a atitude mental de que ‘alguém fará por mim’, o que contraria o legítimo processo de cura, que se constitui em uma verdadeira intimação a nos tornarmos os promotores de nossa própria saúde.
Justamente por acharem que perdoar implica em adotar atitudes como estas de uma vida resignada, de aceitação total e questionamento zero, oferecendo-se sempre e sempre a outra face, é que a maioria nem sequer arrisca-se a pisar no território do perdão.
Uma atitude desnecessária e questionável esta de denegrir a imagem do próximo. Principalmente se aponto seus defeitos comparo-os com as minhas (supostas) ‘virtudes’, ou seja, inconscientemente sinto a necessidade de rebaixá-lo para que eu possa ser exaltado.
Se nossos relacionamentos estiverem embasados no amor e no perdão, não existirão tantos atritos. Porém muitas vezes percebemos que houve uma inversão em nossos relacionamentos atuais, pois estão todos embasados no atrito, e não existe amor e nem perdão.
Quando sofremos uma ofensa, muitas vezes mergulhamos nas emoções negativas geradas por ela, e não nos damos conta de que o perdão seria uma opção oportuna para aquele momento. Na verdade, eu sei ficar magoado, mas não sei como me livrar da mágoa.
É verdade, quem perdoa é Deus. Mas Ele perdoa através de você! E quando o nosso coração está repleto de Deus, surge em nós força até para perdoarmos o imperdoável!
Não tenha medo das transformações que ocorrerão em seu interior! Pelo contrário, deseje-as! Apenas não se pressione para perdoar antes que realmente se sinta pronto para isso.
Perceberá que ‘você não é uma pessoa magoada’ e sim ‘você é uma pessoa que está magoada’, mas você não é a mágoa! Justamente por isso ela não te pertence, e nem você à ela! Descobrirá então que possui a alternativa de deixá-la ir... Será um grande marco em sua existência. Você optou por ser feliz!
Ao mesmo tempo que ouvir a si mesmo pode provocar lembranças desagradáveis, elas também surgem como um raio de esperança, sinalizando que o perdão pode ser a solução.
Estar sempre correndo garante a certeza de nunca se ouvir. É preciso meditar sobre os anseios de sua alma, e tendo sensibilidade suficiente, ouvir a alma das pessoas com as quais convive. Solicitações internas que uma vez atendidas lhe assegurarão significativos momentos mais felizes.
Encarregar-se da ferida emocional , significa empenhar-se para saná-la.
Para que assim aconteça, pare de alisá-la sob todos os ângulos e comece a analisá-la sob todos os ângulos e, sem postergar uma fração de segundos sequer, tome as medidas necessárias para superar a dor.
Por iniciativa própria, você está preso neste tronco chamado ‘passado’, onde açoita-se impiedosa e ininterruptamente com o chicote chamado ‘lembrança’. Solte as correntes invisíveis e pesadas com que tens prendido a si mesmo. Pare de sofrer! Isto é possível; só depende de você! E você pode!
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