Conflitos Pessoais
Quando esperamos e aceitamos ver as coisas diferentes das usuais, quando concordamos que sejam feitas diferentes da NOSSA FORMA DE FAZER, a possibilidade da existência de conflitos diminui sensivelmente.
Em meu íntimo existe a convicção de que um perdão plenamente amadurecido contrasta fortemente com o perdão ingênuo, obrigatório ou politicamente correto.
Somos rodeados por uma infinidade de interpretações impostas, vindas de tempos imemoriais, que de maneira ambígua nos impulsionam a não perdoar nunca ou a experenciar um perdão precoce: o pseudoperdão.
Não perdoe! Se não souber o que é perdão equivale à mesma advertência de Não entre na água! Se não souber nadar. Mas você pode a qualquer tempo, desde que seriamente se comprometa com tal propósito, aprender a nadar, assim como podemos, a qualquer tempo, aprendermos a perdoar!
Existem sim, momentos em que o perdão é difícil, porém jamais impossível. O perdão não é uma utopia. A maneira de perdoar que nos tem sido ensinada, por vezes constitui-se em verdadeira utopia.
Do mesmo modo que encontrou ‘forças para odiar’, também existe ‘força para perdoar’. Reconheça que está ‘cansado’ de carregar inutilmente grandes ou pequenos ódios ou mágoas.
Os caminhos sempre se abrem, não num passe de mágica, mas quando estamos de coração limpo, aprendemos a bater na porta certa!
Não é raro o número de pais que sonham com o futuro do filho, sem se importar se esse é também o sonho do filho.
Se o motivo da desarmonia é claro, a solução também o é: diplomacia. Essa qualidade resolve as situações mais delicadas. Com diplomacia, somos capazes de estabelecer limites, sem machucar ninguém. Aposte nesta postura!
Se desejamos construir uma família, em nosso projeto de lar feliz, nunca poderá faltar amor, dedicação, anulação do ego e, acima de tudo, respeito mútuo.
Na verdade, este abismo entre o casal não surgiu num passe de mágica, de uma hora para outra. Ele foi surgindo através das mágoas engolidas, das palavras ásperas, dos sentimentos de incompreensão e abandono, da fisionomia fechada, enfim, de inúmeros sentimentos não resolvidos.
Não culpe seu pai ou sua mãe por um casamento desfeito; esse assunto está além do entendimento dos filhos. Eles podem deixar de conviver como marido e mulher, mas serão eternamente seus pais.
Quando uma pessoa se sente feliz e amada, não sente necessidade de preencher o seu interior com produtos químicos, pois o amor por si mesmo e de todos os seus familiares a preenchem totalmente.
Uma receita infalível para a infelicidade é sermos críticos e exigentes. Uma vida assim lhe garantirá a certeza de muitas dores pelo corpo, uma insatisfação e angústia constantes, bem como uma assegurada solidão.
Em sã consciência, ninguém aceitaria dar uma voltinha com uma pedrinha dentro do sapato. Por minúscula que seja, ao sentirmos sua presença, paramos imediatamente, onde quer que estejamos para retirá-la. No entanto, carregamos imensos pedregulhos em nossa mente e em nosso coração, que machucam tanto ou mais ainda que uma simples pedrinha no sapato.
Muitas pessoas, vitimadas por um esmagador sentimento de culpa e autopunição excessiva, acabam por criar ou atrair situações (conscientemente) indesejáveis. Mas ao vivenciá-las, experimentam (inconscientemente) um mórbido prazer por estar pagando estes e aqueles erros.
"Eu nunca vou me perdoar!" O que isso significa e em que implica? Significa sofrimento e implica em sofrimento. Este pensamento está claramente associado a ideia de autopunição.
Nas experiências vivenciadas em nosso dia-a-dia, o perdão a si mesmo tem se destacado ao mesmo tempo tão necessário quanto difícil de ser conquistado em sua plenitude. Por vezes somos ricamente generosos para com os outros, e pobremente intransigentes para conosco mesmo.
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