Confissões
cabelos ao vento
pedem confissões
que o tempo mais dia
menos dia revela
o que tenho de linda
tenho de impaciente
mais ainda
porém ainda sou de esperar
sentada, mas espero...
a próxima chuva
a próxima estação
o próximo trem
o próximo botão de flor
o próximo fruto
o próximo amor
o próximo perdão
o próximo livro
o próximo ano
o próximo natal
o próximo aniversário
o próximo itinerário
o próximo vendaval
o próximo sonho
o próximo emprego
o próximo carnaval
o próximo dia
o próximo conselho
o próximo recital
o próximo amigo
o próximo plano
o próximo engano
o próximo enterro
a próxima encarnação
eu sei que vou aguentar
to esperando a vida passar
num piscar de olhos!!!
TODA DOR É UM RECOMEÇO
Noite vaga como a lua
Confissões sobre a mesa
Opressivamente paira o silêncio
Deito-me sobre as farpas
Pouca comoção contida no olhar
Confessou não mais me amar.
A lua refugiou-se de desgosto
Deito-me em um quarto escuro
Refulgente mente a chorar
A dor era minha lei súbita desespero
De morrer trucidada por sentimentos
Penso viajar para bem longe
A onde a dor e a saudade não me encontre
Entro em uma desorganização profunda
Ouço sua voz sinto sua respiração
Tudo reflexos de lembranças vividas
O tempo passa e já é verão
Mais em meu coração é inverno
Um inferno infinito aqui dentro
Eu quero sair daqui não me deixem
Morrer dentro de mim mesma
Um corpo jogado no chão em suspiros
Arrastado pela solidão de amar
Esperança chega com outono
Onde suas folhas caem em plena renovação
Emanando uma beleza sem igual
Tudo de renova pois toda dor é um recomeço
Nas suas confissões houve contradições
Deitou em cima das mentiras miseráveis
Deixou-se levar por esta laranja podre abominável
Não sei por que você caiu neste monte azarado
Confissões da madrugada...
Confesso que há dias em que nos sentimos assim fragilizados...
Mas, sempre encontramos anjos pelo caminho que jamais nos deixam só...
Confesso que a saudade às vezes bate, e uma vontade imensa nos faz querer ter por perto pessoas que amamos demais...
Aaah... às vezes o coração consegue ser perverso conosco... mas, não é por mal... é por amar demais...
Confesso que devagarinho aprendemos os passos certos e continuamos a caminhar...
Diria também que nem sempre sabemos pra onde ir... em quem acreditar e se devemos confiar...
Mas, os instintos muitas vezes são nossos grandes aliados... e nos alertam se devemos ou não continuar...
A vida percorre caminhos muitas vezes desconhecidos...
Algumas paradas são significativas em nossa vida... é por isso que tanta gente entra e sai dela... porque cada pessoinha tem seu tempo e sua historia para escrever em nosso livro da vida...
Confesso que acho lindo e fascinante conhecer pessoas...
Seus mistérios me encantam... suas fraquezas me comovem e me ensinam que por mais que a gente aprenda ainda resta muuuuito para aprender...
Ah.... a vida na verdade é uma grande festa...
Precisamos sempre nos preparar para sorrir, porque não sabemos quando a melhor parte dela começará... para isso devemos estar no auge e aproveitar cada segundo...
Que tal então... dançarmos a próxima música com ou sem par...???
O que não podemos é ficar parados... porque uma hora a música pára e não volta tocar...
Daí perderemos a grande chance de viver um grande e feliz momento.
Se a vida não fosse em si mesma uma anomalia, não haveria razão alguma para existir confissões, diários e confidências de almofadinhas. O que se chama “vida íntima” é uma espécie de meteoro em chamas que tem um vínculo grotesco e poderoso com o crime de estar vivo.
Confissões
Confesso que minha vida se tornou uma insípida ilusão triste do mundo governado por emoções inconstantes das pessoas incrédulas de que o amor existe, no momento em que você não estava no alcance das minhas súplicas de um pouco de atenção.
Confesso que pensei que poderia encontrar alguém a altura das minhas expectativas. Eu só queria alguém que fosse perfeitamente igual a você. Percebi com um custo altíssimo relevante as ações de manutenção de relacionamentos, que não existe este ser tão completo quanto o único amor que pode suprir todas as minhas queixas e meus devaneios.
Confesso que não sou nem metade nem todo; nem vivo nem morto; nem amado nem odiado; nem eu nem nós.
Beijos e confissões...
É a nossa maneira de ser...
Diferentemente iguais, sem nada apresentar alem da paixão
Hei escute minhas palavras antes de se julgar melhor
Buscamos a perfeição dos nossos erros...
Brincadeiras e piadinhas, nosso jeito tão criança de ser
Diferentemente idênticos
Sonhos e desilusões marcam a nossa estrada
Então apenas escute...
Eu estarei perdida por ai se você precisar se encontrar, me encontre...
Eu serei a fuga dos seus problemas, e é estranho olhar pra trás e perceber
Que todo esse tempo éramos um!
Beijos e segredos, somos típicos loucos de uma cidade desconhecida
Hei escute, perceba a razão de todas as coisas em nossa volta
É tão fútil, fácil e engraçada a maneira de levarmos nossas vidas
Travesseiro
A ele conto
Todos os segredos e confissões
Todos os amores e paixões
Todos os sentimentos e emoções
A ele conto
Todos as travessuras e loucuras
Todas as dores e amarguras
Todas as horas que se passou a cada instante
E a qual dessemelhante se deixou passar
A ele digo
Tu és o melhor amigo
Que outro igual não haveria de ter
Tú és o consolo
Tú és o acalmar
Tu és o que ninguém jamais pode dar
Você é o travesseiro
O consolo de todas as horas e instantes
Que ninguém semelhante
Jamais pode me dar
Confissões.
O escritor é um homem que se desdobra em múltiplas vozes para atender a necessidade de comunicação dos fantasmas de sua cabeça.
As histórias que ele conta podem ser meras fantasias ou sólidos desejos reprimidos.
Em geral o homem das letras é um amante da solidão e do café e está sempre sonhando com sucesso e fama.
A primeira coisa que um escritor pensa quando escreve é dialogar com os outros intelectuais, de preferência seus heróis, depois disso é que ele imagina seus leitores.
As conversas que temos, não são apenas conversas normais, são confissões, são palavras de amor para se guardar no coração, e não para se ouvir e jogar fora.
Faço de meus poemas,minhas confissões.
O vejo como um diário entreaberto.
Pois nele escrevo minhas confusões,
Para quem me conhece,me entender e saber que estou sempre por perto.
Vontade
De falar, fazer confissões...
De te tocar...
De sentir o teu cheiro..
De sentir o teu sabor..
De sentir o toque das tuas mãos...
Vontade...apenas...vontade
"CONFISSÕES"
I.
"É por tanto te amar
Que te liberto, meu amor –
E não mais as cruéis milhas
Nos farão sofrer e ansiar.
Perdoa-me se assim julgo,
Perdoa-me se me afasto
Para curar minhas feridas
Na cabana do Tempo Eterno,
Mas… o coração não suporta
O peso de mais uma chaga.
Nunca um amor me doeu tanto,
Nunca me dilacerou tanto assim…
Talvez nunca um outro tenha
Sido tão sólido e deslumbrante
Como aquele que trouxeste em ti.
Sejamos livres! E nossos sorrisos
Continuarão sempre paralelos,
Pelas curvas e rectas do caminho,
Até que o sol se ponha por sobre
Todos os que fincam seus passos
Na dócil areia dos anos fugidios.
Talvez em um outro qualquer lugar
Os ventos nos fossem favoráveis,
Mas nestes dias de denso negrume
Não há embarcação que resista –
E que tal saibamos aceitar.
Ah… É por tanto te amar
Que te liberto, meu amor!
Estende estas veras palavras,
Cinzeladas pela dor que punge.
Não derrames qualquer lágrima –
Delas não serei merecedor;
Não suspires sequer por mim –
Não serei eu o teu eleito.
Já tanto nos amámos, em silêncio,
Já tanto partilhámos à sombra
Dos dias avidamente consumidos –
E que isso, por ora, nos baste.
Hoje, nada para nós converge…
Desígnios dos Deuses? Não o sei…
Apenas que todo o porquê comporta
A sua infalível e justa causa.
É por tanto te amar
Que desejo erradicar esses soluços,
Essa angústia do impossível;
É por tanto te amar
Que te sopro pétalas como quem
Cala o impulso de um fervor;
É por tanto te amar
Que te liberto… meu amor".
Pedro Belo Clara.
II.
"Como dizer-te adeus, meu amor,
Se é teu o coração que pulsa aqui dentro?
Como julgar impossível o alcance do “nós”,
Se nossas almas insistem em atrair os nossos corpos?
Por que achas que me libertas ao deixar-me,
Se é nos teus braços que encontro abrigo,
Se é pela luz dos teus olhos que enxergo o meu caminho?
As dores que latejam nos nossos dias,
Nada mais são do que testes que
Esta dura passagem nos impõe…
Já vencemos tantas batalhas,
Desafiamos tão bravos guerreiros…
Já transcendemos tantas existências.
Para quê nos deixarmos abater pelo medo?
A viagem pode até ser longa e cansativa,
Mas eu te mostrarei que há de valer a pena.
E este céu que, por ora, se mostra cinzento,
Ganhará as cores que só a pureza do nosso amor
Poderá tingir…
Acredite!".
Lavínia Lins.
Embebedado
Cansar o choro
Embebedado pelos olhos
Deitar também
Desabar confissões silenciosas
Em panos
Carga pesada
Lutos
Respirar um pouco
Tudo amor
A tristeza amor
A Solidão amor
Meus suspiros
Minhas águas
Atrás as portas
E os papéis próximos a mim
E os copos cheios de ar
E eu cheio de faltas
E nesse quebra-cabeça de dúvidas,
fez-se necessário um amontoado de confissões,
e hoje era preciso dizer muita coisa...
Confissões
nasci em algum tempo
em algum lugar
nada sei de mim ou do mundo
e isto me faz viver
declaro inexistente a esperança
sem ela
todos somos crianças
um dia cresci e foi horrível
ser homem é não existir
"Confissões"
por mais que eu resista ao sentimento,
por mais que eu mantenha distancia dele,
é como se algo puxasse meu pensamento em direção a ele
como a terra atrai os copos para si,
é como uma espécie de gravidade,
que atrai meu pensamento em direção a ele,
esta gravidade em vez de me puxar em direção a terra,
me puxa em direção a ele e me prende, me domina,
então já não controlo o meu eu.
Tenho medo, medo de ser só mais um estepe em sua vida.
Confissões de uma quinta de quinta.
Vicente Leal
Silêncio que faz jorrar confissões em um penhasco de palavras mudas e um nudismo de sensações acentuadas...
Deleito-me em serenidade!
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