Confidências
Mar...eu que confio em ti...
Guarda no oceano as minhas confidencias.
Nunca reveles os meus desabafos.
Prometo sorrir para quem passe e me dê atenção...
Meu melhor amigo é meu papel, nele escrevo todas minhas confidencias, só ele sabe a minha maior felicidade e minha maior tristeza, só ele entende sem dizer nada, guarda consigo o meu maior segredo.... Nele posso gritar, dizer, o que quero, dizer a verdade. Meus desejos são depositados a ele, conhece meu eu mais profundo... olho para ele e sei que o preciso...ao final da linhas escritas com minha alma...tudo parece bem melhor...
Para algumas pessoas, determinadas confidências funcionam, posteriormente, como verdadeiras armas de arremesso.
CONFIDÊNCIAS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Invariavelmente, as confidências nascem com saúde. Nunca morrem quando nem onde nascem.
CONFIDÊNCIAS (soneto)
Eu fui falar, vexado, da minha solidão
Ao cerrado; e aos arbustos torcidos
Querendo pacificar a minha emoção
Dessas pequenas queixas e alaridos
Incomovido permaneceu sem alusão
Não quis a lamentação dar ouvidos
Nem cessar as cantilenas na imensidão
Pôs-se indiferente aos meus sentidos
Mas, devagar passou a prestar atenção
Aquietou-se mais, e mais ainda contido
Arregalou-se para a carrancuda aflição
E, em um ato inesperado, assim, dizia:
- Caro poeta acabrunhado e, aturdido
Da melancolia me converto em poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/07/2020, 07’30” – Triângulo Mineiro
CONFIDENCIAS
I
Partiu o coração e chorei
Depois de dois copos de cerveja
Seria três
Mas não deu
Eu não estava bem
Talvez por pensar que o mundo
Fosse feito de flores
Ciente que os espinhos que nela existe
Seja a proteção para as suas pétalas
Eu ainda não resisto em lhe chamar de meu amor.
II
Mesmo que eu não tenha chorado
E não tenha pensado nessa flor
Que morre para nascer outras flores
Prefiro me agasalhar nas flores de seu corpo.
III
Mas não a cheiros
Nem o seu gosto flor
Não existe você flor.
IV
Percebo muitas flores nascendo pelo caminho
Com os seus espinhos bem trançados.
V
Vejo você nascendo flor
Em pele brasa
Desejosa de outros carinhos
Eu abro os meus braços e te solto
Eu te abençoo flor
Vá em paz minha flor
Eu te amo flor
Siga o vento em seu coração
Seja.
-
Jamil Cioffi Siqueira
08 de dezembro de 2013.
CONFIDÊNCIAS A DRUMMOND
“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho”.
Não julgue meu caminho por ter uma pedra
Peguei um atalho no desatino
Nasci na sombra dos esquecidos
Tenho fome de amor, de pão e de carinho
Descanso no teu colo poeta, no meio do caminho
Entre a fumaça e o cachimbo
Tem uma pedra no meu caminho...
Sou alvo do descaso, sem esperança no teu colo cochilo
São dias e noites fadigados neste corpo franzino
No meio do caminho tem uma pedra, desta pedra perdi todo o meu caminho...
"Das coisas saborosas da vida, encontrar um amigo com quem possa partilhar suas confidências, medos e aspirações sem o receio de julgamentos e condenações morais, exceto a compreensão sincera acompanhada uma orientação sempre gentil e afetuosa de quem torce pelo seu melhor quaisquer que sejam as circunstâncias, ai está um momento mágico em que compreendemos um pouco mais o sentido de completude, e temos a certeza que nessa curta jornada da vida, nunca mais estaremos sós."
Nas águas deste Rio esplendoroso e encantador através dos meus pensamentos, faço minhas confidências que serão levadas ao Mar...
A areia escorre as confidências do mar, deambula no clarão da lua, esconde o rosto no vento e em seguida desagua no Deserto.
- Relacionados
- Poemas para Escrever em Caderno de Confidências