Confidências
Passarei a minha vida a provocar as confidências dos loucos. São pessoas de uma honestidade escrupulosa e cuja inocência só encontra um igual em mim.
Mas quem não sabe que ternos segredos e confidências recônditas se insinuam muitas vezes em uma pergunta banal, feita por lábios amantes?
Não é confortável o que te escrevo. Não faço confidências. Antes me metalizo. E não te sou e me sou confortável.
Minha alma é poética.
Sou feita das confidências da lua,
Das canções caladas da noite escura,
Da voz de quem sonha e do choro de quem não sabe sonhar...
Nós somos seres sociais, por isso as relações pessoais são indispensáveis, e deveria haver felicidade apenas no fato de termos um parceiro(a), com quem podemos trocar ideias, confidencias, desesperos e, principalmente, carícias.
AO PÉ DO OUVIDO
Eu fui confidenciar, lôbrego, o meu pesar
À velha lua, branca e nua, no céu viçosa
Na noite acordada, supondo que ao falar
Teria o trovar solto duma queixa amorosa
Não quis sequer atenção, então, prestar
No celeste ali estava e, ali ficava gloriosa
Mas, pouco a pouco, num súbito quedar
Vendo um ciciar, pôs a me ouvir cautelosa:
Entre soluços e suspiros eu narrava tudo
Ela comovida, pois, poética e apaixonada
Tal como é, romanceou o duro conteúdo
Com os olhos cheios d’água, sonhadora
Compadecida desta sofrida derrocada
Então, chorou comigo pela noite afora
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de agosto de 2020- Triângulo Mineiro
paráfrase Pe. Antônio Tomás
E se alguém for te contar alguma coisa, saiba ouvir e honrar a confiança de quem te escolheu pra confidenciar. Muitas vezes a pessoa não quer a sua opinião, ela só quer ser ouvida.
Nossas conversas, brigas e confidências, pois é já temos uma história juntos,na qual iremos nos lembrar pra toda nossa vida...Ou até depois dela.
Confidências de uma Poetisa
Não pretendo escrever palavras insensíveis e sem sentido.
Quero apenas transcrever,um pouco da minha história
sem saudade,sem amargura;somente a essência pura.
Insisto em ruminar perdidos sonhos,frases e poemas imaginados e que estão em estado latente,a espera do momento certo.
Gostaria que entrassem nos corações sofridos,atingindo o seu alvo fatal,como lanças pontiagudas na mente dos noctâmbulos,revelando aos sensíveis o verdadeiro sentido de ser;
entendendo o verdadeiro significado das palavras onde serão lidas quem sabe,
Num canto qualquer...
Confidências
Evite compartilhar com as pessoas seus planos, sonhos e necessidades (apenas com pessoas que vão contribuir, te auxiliar de alguma forma na concretização ou suprimento destes). O universo é movido por energia, e cada pessoa é um universo (fomentando esta força para o bem ou para o mal). Assim que seu objetivo for atingido, coloque a boca no mundo: O sucesso já foi alcançado.
CONFIDÊNCIAS DE BOLSO
Coisa triste é ser coadjuvante da própria história, destarte, cansado dessa posição pouco realizante lanço mão deste, para ousar ir além, para assumir ainda que brevemente o protagonismo que me é devido. Sim claro, elementarmente que se apresenta um tanto arrogante minha tal posição, assim tão aguerridamente assumida, mas creia-me, nada tem a ver com arrogância, trata-se meramente de assumir o meu papel de fato, e assim na condição de protagonista apresentar a minha percepção das coisas... Poderá por ventura alguém censurar-me, por querer também dizer daquilo que sinto, penso, vejo..? Ainda que alguém ouse, ainda que me censurem, quero correr este risco, quero submeter às críticas. Mas aos mais desavisados digo logo de entrada, o que falo, falo de mim mesmo, do meu coração, se é que tenho um... de minha sensibilidade...
Mas chega desse prolixo preambulo, vamos avançar... quero apresentar –me, permitam-me! Sou o bolso. Sim o bolso... muito certamente que lhe soará estranho caro leitor. E naturalmente expressará algum espanto. Mas não se precipite... sim, o bolso! É este aquele que vos remete... desde a muito que ando, a acompanhar tanta gente nas mais diversas situações e ocasiões, mas hoje quero evocar o direito de falar, narrar algo que julgo relevante.
Sou um bolso traseiro de uma velha calça jeans. Nesses meus sete anos de vida, tenho visto e acompanhado muitas coisas, mas por viver na retaguarda, acabo observando pelos fundos, na traseira da história, perifericamente. O que em nada invalida minhas percepções elementarmente.
Nesses meus anos de vida, muitas coisas me marcaram, outras passaram irrelevantes. Mas caro leitor, permita dizer... ultimamente, ando meio em crise, não sei se é a melhor idade, o causticante martírio de viver minha existência toda nesta mesma contraditória posição, sim contraditória, mas o fato é que sinto me impelido a fazer algo novo, a falar de mim. Veja bem, deixe que eu explique essa contradição que pertine a minha posição.
Pois bem, enquanto bolso traseiro de uma calça jeans, estou localizado numa região nobre, nos altiplanos glúteos com toda sua nobreza e majestosa sedução. Isso é maravilhoso, esse status realmente é fascinante... a maciez dos glúteos, sua textura, seu movimento... os glúteos trazem emoções apavorantes, intensas, é indubitavelmente uma região badalada... a freguesia é constante e diversa, desde o olhar o mais frequente dos visitantes, até os lábios, mãos dedos, rosto, nariz, etc... enfim uma loucura o dia-a-dia glúteo.
Mas vida de bolso traseiro não é só essa majestosa badalada rotina. Há constantemente transtornos que complicam a vida, alteram os humores desafiando qualquer bolso traseiro que se prese. Entre os cânions glúteos fica localizado o orifício vulcânico... um oráculo de humores instáveis que expelem larvas e gazes das mais distintas naturezas... vez ou outra recebe estranhos visitantes que ora apenas o cumprimentam, se esfregam, reverentemente, limpam no, ora adentram e realizam uma estranha ritualística entrando e saindo freneticamente, até que desaguam neste num ápice estranho, tudo isso é contraditório, tudo isso faz essa citada contradição... mas o mais contraditório mesmo, é que mesmo sendo um habitante dos glúteos e saber de todas essas coisas, as sei pelo observar, ora de meu lugar de residência, ora de longe... sim de longe, pois que quando tudo fica intenso nos glúteos, a capa de revestimento que pavimenta o corpo é arrancada e lançada fora, assim é que de longe, abandonado, relegado ao descaso sou juntamente com a calça deixado pelo caminho, sendo obrigado a apreciar estas coisas quase sempre a distância. Como coadjuvante, expectador na maioria das vezes. Razão que tanto me indigna e faz evocar o meu direito de fala.
Ora, ultimamente tenho feito artes... um pouco de traquinada faz bem, pode trazer complicações... mas não há idade que resista ao prazer, à emoção de uma boa aventura...
Na condição de bolso, além de ver e observar tudo quanto tenho dito, também cumpro meu papel de receber e acomodar as mais diversas coisas... carteiras, dinheiro, papel, bilhetes, contas, em fim uma infinitude de coisas... mas ultimamente tenho recepcionado um dispositivo engraçado que as pessoas andam usando. Elas o chamam de Celular. È um aparelhinho usado para se comunicar com outras pessoas que estão distantes. É um geringonça tão eficiente e encantante que até eu tenho me rendido aos seus benefícios e encanto... já usei algumas vezes... olha é mágico o efeito que ele produz...
A principio era tudo irrelevante, eu o recebia, o recebia, o recebia, sem lhe prestar atenção... mas sabe como é, há sempre um tempo mais oportuno para cada coisa... assim , chegou o dia que acabei sendo seduzido por tal dispositivo e passei a reparar mais nesse tal de celular.
Sou bolso traseiro de calça jeans como disse, mas calça jeans de um poeta... bem não sei como são os outros, mas o poeta, ah, o poeta é um ser encantante, encantante mas muito estranho... difícil de definir. O caso é que esse meu poeta tem lá suas musas e usa muito seu celular para receber as inspirações das musas... estranho, né, eu sei! Homero ficaria louco, se soubesse a que ponto chegamos... musas que inspiram por mídias... bugigangas tecnológicas que a modernidade trouxe. Mas seria muita perfídia refutar todas essas coisas por puro capricho e descabido zelo pela tradição homérica. Até mesmo por que se por um lado tudo isso rechaça a tradição, não o faz para extingui-la, mas para a remontar sob novo arranjo, dando convivência entre o tradicional e o moderno... que papinho mais chato não...
Pois bem, esse meu poeta, é um ser extremamente contraditório, todos somos, mas ele parece ser mais... talvez daí tenha eu sido vitima de alguma influencia... ele relaciona –se com várias musas, deuses e semideuses, habitantes da luz e das trevas... é uma intersecção de mundos e submundos, talvez seja isso que lhe faz tão contraditório, ele alimenta e é alimentado por fontes múltiplas... e se se é o que se come!
Ele encontrou por acaso, penso eu, pois não faz muitas luas que ele encontrou, uma nova musa... ela é uma musa muito interessante. Ela já o encontrou algumas poucas vezes, mas a conexão entre eles é algo surpreendente, impressionante. O contato entre eles gera uma aura que é inominável, indescritível, pura inspiração, “luxuria que o fogo lambe”, diria outro poeta.
De tanto ouvir e apreciar tudo, como sempre na minha condição de distante observador, acabei me envolvendo, me sentido parte daquilo tudo... em fim bem ou mal, não sei, julgue me quem puder... resolvi entrar na brincadeira, entrei na dança...
Um belo dia após oras de conexão entre musa e poeta, a inspiração se deu tão intensa e profusamente que o celular foi dispensado... o poeta confiou a mim... foi aí que fiz minha traquinada. Comecei a mexer em todos aqueles botõezinhos, no afã de ver no que dava. Descobrir que tipo de feito aquilo propiciaria... mexi, mexi, mexi... quanto em fim estava exausto e confuso, já não tinha mais paciência para aquele geringonça estranha. Então começou a soar um barulho estranho, entrecortado por pausas de total silêncio... assustei me quando o primeiro som ecoou, triiiiimmmmmmm... quase caí de susto, quase despenquei dos glúteos deixando a calça sem mim. Mas felizmente minhas costuras são de boa qualidade e assim eu resisti aquele apavorante som, logo na sequência imediata um silêncio se vez... e novamente o som voltou a impor-se triiiiimmmmmmm...( silêncio), triiiiimmmmmmm...repetidas vezes isso se deu. Minha curiosidade aguçou-se e ao fim de repetidas alternações de som e silêncio... veio o contanto com a musa.
Indescritível, não há palavras, nem cores, gestos imagens, nada, absolutamente nada, que se possa prestar eficientemente para expressar aquele momento, aquele contato, aquela musa mágica, cativante, apaixonante que de outro mundo dizia com voz doce e pueril, jovem e deliciosa ao meu ouvido coisas que não pude entender, seus gemidos, suas frases eram inefáveis, sua respiração, o compasso de toda a peça... uma magia envolvente cativante... entendi brevemente na minha insignificância bolsal o que o poeta vive e sente contactando essa musa. São percepções que não se pode exprimir...
Do outro lado a musa dizia algo assim “Alô, Alô, alô, Kiko di Faria, fala comigo, podes me ouvir...? Puhn, puhn, puhn...” sinceramente não entendi nada. Eu não falo essa língua. Como exprimir o inexprimível, como explicar o inefável? Não sou eu, pobre bolso que o poderá fazer... mas o fato é que foi tão diferente, me transformou de tão prazeroso e inusitado, tornei me outro ser... repeti algumas vezes a travessura e assim desabrochou em mim a capacidade e o desejo de falar tudo isso. A vontade incontida de dizer estas coisas, vencer o anonimato, sair da coadjuvância e render tributos ao protagonismo, ainda que breve, em poucas linhas... seduzido e inspirado pela musa deixo aqui minhas confidências de bolso.
Acho que cá não há lei que as proíbam, se tem eu as desconheço, assim como desconheço, ignoro quem poderia se ofender com tal feito meu, senão o poeta, que ao tomar conhecimento, acho que revelado pela musa, nada fez. Não arranco-me, não costurou-me, nada, absolutamente nada, nenhuma sanção... então não deve ser crime.
Lei cá não há! Ley lá, Ley lá... não sei se há. A musa não creio que fará, se Faria Ley lá, só o tempo se me nos revelará, mas seja quem for tal musa, como for... ela sendo seja lá o que for, é esse ser que seduz encanta e envolve até o bolso do poeta... bolso que ainda que vazio... é eternamente cheio de histórias pra contar.
Confidências de Amor
É maravilhoso sentir que o nosso amor está presente em todos os momentos.
Em cada coisa que fazemos, a qualquer hora.
Sei que esse sentimento me estimula para enfrentar qualquer barreira, qualquer obstáculo.
Nosso amor vai além das fronteiras do pensamento e aconetece em cada ato que fazemos, em cada gesto.
Sou feliz por isso, pequenos momentos, pequenos gestos, é ceteza da parceiria,
do comparnherismo, do carinho e do afeto.
Saber que existimos um para o outro a todo momento, é a coisa mais linda que alguém pode sentir.
A vontade de estar juntos, de planejar a vida, de fazer todas as coisas bem simples, porém repletas de amor.
Eu gostaria que a cada dia tivesse 25 horas, só para curtir mais um pouquinho tudo aquilo que venho curtindo ao seu lado.
Como é gostoso estar com você: ouvir a sua voz!
E curtir esse seu olhar tão especial, tão diferente.
Somos duas metades que se completam, que se abraçam e se amam e que ficam unidas por mais 25 horas por dia.
E se Deus quiser e se vc quiser... para sempre!
Você é minha alma gêmea.
Sei guardar confidências e intimidades tão bem, que não os conto nem sob tortura;
Alguns, não os conto nem pra mim mesmo, pra não correr riscos.
Minha liberdade...
Planos, sonhos, metas a serem cumpridas, exigências impostas, confidências, ações,
as reações...críticas,
prepotência!!
Bem, aprendi a ler as entrelinhas...
observar!!
sua vida, suas regras...
minha vida, minhas regras!!
Meus limites!
Meu voos...
minhas idas e vindas..
Meu discernimento!!
..
CONFIDÊNCIAS!
Meu sol quando me toca, me acaricia e deixa um rastro de queimor, meu corpo treme com a proximidade deste calor, alterando minha temperatura, me fazendo derramar , fico entregue como uma flor a orvalhar, e ele bebe todas consequências que essas delicadas carícias fazem despertar, vaporizando com propriedade tudo que conseguiu provocar, como toque na intimidade, rasga minha privacidade, me faz cativa, fico à delirar entregue no abandono, que meu corpo rendido, prazerosamente se deixou derramar.
Confidências ao Luar
Estive esses dias com a lua
À beira do rio a encontrei
E a cada noite lhe perguntei
Sobre sentimentos e a paixão tua
Pedi-lhe inúmeros conselhos
Dirigi-lhe perguntas sobre amor
Sobre paixões proibidas, sobre a dor
Busquei respostas de joelhos
Fiz a ela confidências
Contei-lhe do meu amor por você
Perguntou-me, então, cada porquê
E viu que sofro penitências
Sua bênção tive que pedir
E que sorrisse pra nossa história
E que sempre iluminasse a nossa memória
Antes de a cada manhã partir
Há tempos a temores,Termos e controvérsias.
Confiança em Confidências,ninguém esperando por Consequências.
CONFIDÊNCIAS DA ALMA
Hoje, neste meu melhor tempo, ainda conflituoso, mas lhe asseguro, é o melhor de todos em que já vivi, o pouco que aprendi me afasta das tempestuosas reviravoltas, processo do tão fascinante mundo iniciante, onde tantos como eu, em muitas vidas se perdeu. Ha! Quantas quedas... Não sei enumera-las! O pai condicionou o perdão, ao esquecimento das faltas e nos permitiu recomeços, até aprender engatinhar, andar, correr e por fim se curvar, conjugando feliz o verbo amar! Sim, eu ainda não sei andar...É sério! Por aqui, carregamos matéria pesada e não sabemos dosar a pureza dos sentimentos o que se torna um estorvo, retardando o processo, muitas das vezes, ou sempre é preciso está atento, vigília constante, sem esquecer o amor do pai, e a presença sutil dos amigos benfazejos, irmãos de luz, que nos indica, nos inspira, conforme nossas afinidades morais a seta para caminho necessário da evolução. Hoje meus joelhos curvados, já não sente, as feridas provocadas, por pedras que eu busquei e joguei embaixo do tapete da vida, já não há mais a dor! Apenas sinto a resistência no tecido existencial, já calejado, mas com a nobreza da resignação, a fé é meu antídoto, a luz da esperança mostra o caminho das conquistas e meu coração! Meu coração, toca um cerimonial da paz, para uma essência, que paciente aguarda liberdade, portadora da divina santidade, que tem a consagrada humildade em sua humanidade um prenuncio da positividade dádivas vibrantes e evolutivas, para um futuro com infinita felicidade.
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