Confessar Amor

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As mulheres amam muito tempo antes de confessá-lo; os homens têm já deixado, há muito, de amar, quando continuam a confessá-lo ainda.

Nunca-mais o amor. Era o que mais doía, e de todas as tantas dores, essa a única que jamais confessaria.

É NAMORO OU AMIZADE?

Coragem, confesse: você assiste ao programa Em nome do amor do Silvio Santos, domingos à tarde. É aquele programa onde garotas e rapazes que nunca se viram mais gordos tiram uns aos outros para dançar ao som de Julio Iglesias, enquanto aproveitam para trocar três palavras. No final da música, Silvio pergunta para cada casal: é namoro ou amizade? Se a menina responder amizade, volta para o banco de reservas. Se responder namoro, ganha um buquê de flores e sai de mãos dadas com um amor novinho em folha. Já pensou que paraíso se fosse fácil assim?

Você está no bar da faculdade tomando um suco quando surge aquele colega que é um gato e que só faz uma cadeira nas quintas. Ele vem na sua direção e sorri. É seu dia de sorte. Está cada vez mais perto. Finalmente chega e lhe entrega um minidicionário Aurélio. "Você deixou cair ali fora". Antes que você consiga dizer obrigada, ele dá meia-volta, mas não consegue dar um passo. Silvio Santos está de microfone na mão interrompendo a fuga: é namoro ou amizade? "Namoro", responde você. A platéia do bar aplaude, você segura a mão do cara e não larga nunca mais.

Você está de bobeira no posto de gasolina, sábado à noite, encostado num Kadett. Sua cerveja está ficando quente e você não tem mais um tostão no bolso. Olha para o relógio: hora de saltar fora. Nisso surge uma clone da Cameron Diaz e pede licença para sair com o carro. Você desencosta. "Está bem cuidado, princesa", diz naquele seu jeito cafajeste. Ela entra, tenta arrancar mas quase atropela Silvio Santos, que surge não se sabe de onde, perguntando à queima-roupa: é namoro ou amizade? "Namoro", responde você entrando no Kadett da loira. Arranjou uma carona e uma paixão.

Você é divorciada e não é uma ninfeta: quase já esqueceu para que serve um homem. Está no cinema sozinha, pra variar. Nisso entra um cinquentão boa pinta, sem aliança no dedo. Senta quase ao seu lado, apenas uma poltrona os separam. As luzes ainda estão acesas e na fila da frente três retardadas não páram de rir e de fazer barulho com o papel de bala. O bacana olha pra você e diz: "Espero que, quando o filme iniciar, esse frege termine". Ele fala frege, como você. Feitos um para o outro. Nisso Silvio Santos materializa-se na poltrona do meio e lasca: "É namoro ou amizade?" Você agarra o microfone: "Namoro". Silvio sai de fininho, você pula para a cadeira do lado e assiste todo o filme com a cabecinha apoiada no ombro do tipão.

Ou você põe a imaginação pra funcionar ou se inscreve no Em nome do amor. Mas vai ter que agüentar o Julio Iglesias.

Martha Medeiros
Crônica "É namoro ou amizade?", 1998.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 9 de junho de 1998.

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Nunca lhe confessei abertamente o meu amor mas, se é verdade que os olhos falam, até um idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonado.
(Livro O Morro dos Ventos Uivantes, Ellis Bell)

Nunca lhe confessei o meu amor com palavras,mas se os olhos falam,o último dos tolos poderia verificar que eu estava totalmente apaixonado.

Quando deixei de acreditar no amor, algo em minha vida mudou, você havia aparecido, confesso que fiquei com medo de acreditar que o amor poderia existir, mas você me acolheu quando mais precisei, me fez sorrir quando eu estava a chorar e através dos seus olhos me fez enxergar o mundo de outra forma. E hoje não sei o que seria de mim se você não estivesse comigo. Eu te amo!

Amor proibido!

Confesso, eu sou o grande culpado
Por meu coração estar dividido
Pois o meu maior pecado
É querer esse amor proibido!

O desejo só vai aumentando
Mesmo sabendo que é impossível
Ao mesmo tempo, continuo amando
Quem do meu lado está quase invisível

Me encontro nesse embaraço
Sem enxergar a melhor saída
Dependendo da escolha que faço
As consequências não terão medidas

Esse amor não me convém
Vou esquecer enquanto é cedo
Ter desejado esse outro alguém
Será o meu maior segredo.

É, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar. Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar. Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.

Você não sabe o quanto te desejo, e talvez nunca saiba...

Mas confesso que vivo o nós intensamente e tenho certeza que se um dia eu te ter...

Aí tudo isso perderá a graça, pois a ansiedade quando passada, traz sentimento de frustração.

Eu era tão feliz
E não sabia, amor
Fiz tudo o que eu quis
Confesso a minha dor
E era tão real
Que eu só fazia fantasia
E não fazia mal
E agora é tanto amor
Me abrace como foi
Te adoro e você vem comigo
Aonde quer que eu voe

E o que passou, calou
E o que virá, dirá
E só ao seu lado, seu telhado
Me faz feliz de novo
O tempo vai passar
E tudo vai entrar no jeito certo de nós dois
As coisas são assim
E se será, será
Pra ser sincero, meu remédio é te amar, te amar
Não pense, por favor
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo o que eu sinto longe de você

Eu amei-te; mesmo agora devo confessar,
Algumas brasas desse amor estão ainda a arder;
Mas não deixes que isso te faça sofrer,
Não quero que nada te possa inquietar.
O meu amor por ti era um amor desesperado,
Tímido, por vezes, e ciumento por fim.
Tão terna, tão sinceramente te amei,
Que peço a Deus que outro te ame assim.

Sou réu de amor
Confesso o meu pecado
Porem não me arrependo desse crime
Que amar alguém e talvez não ser amado
Seja o crime mais gostoso e mais sublime
A confissão por certo não redime
A quem quer continuar culpado
E se eu for por acaso condenado
Não há razão para que desanime
Pelo contrário, altivo, embora fique
Meu coração partido em mil pedaços
Eu quero que a justiça se pratique
Sou réu de amor e julgo-me indefeso!
Pela justiça, entrego-me a teus braços
Pois eternamente quero ficar preso...

"Nunca lhe confessei o meu amor" de viva voz. Mas se os olhos falam, o mais simplorio dos imbecis poderia verificar que eu estava completamente louco de amor

O Morro dos Ventos Uivantes

Réus confessos

Amor proibido, liberado a noite,
quando tudo em volta é você e eu.
Nossas atitudes derrubam paredes,
que impedem o contato entre a nobreza e o plebeu.

Durante o dia os olhos são grades,
são testemunhas de acusação.
Somos réus confessos de um tribunal ignorante,
que desconhece os direitos do amor,
deixando de lado os motivos do coração.

Prendam meu corpo, mas não me impeçam de pensar,
sendo assim não haverá prisão,
pois ainda que tranquem as celas,
aumentem os muros,
nunca poderão obstruir acesso que existe entre o seu e o meu coração!

Desde que você entrou em minha vida tudo mudou, estou te amando loucamente, confesso, o amor dói, dói porque quando não estou perto de você a saudade me machuca no mais profundo da alma, mas quero continuar te amando. Te amo hoje mais do que ontem e menos que amanhã!

Dizem que o amor machuca e confesso dá trabalho, mas depois de lutar contra as lágrimas sempre existe um [re]começar, [re]acreditar...

"E é notável que até o amor é algo descartável"

CONFESSO QUE AINDA ESPERO…


Algum cavaleiro armado…
Sim, um príncipe encantado
montado num alazão,

que me desperte o desejo,
me ressuscite num beijo…
Me leve desta prisão!

Mas “para sempre feliz”,
do jeito que eu sempre quis,
é na verdade ilusão.

Amor pra mim é um mito,
em nada disso acredito…
E me devora o dragão!

A despedida.
Ei, não se assuste ao se dar conta de que desta vez é para sempre.
Confesso que agi premeditadamente. Que calculei cada passo, e que desta vez não quis me dar demais. É que esse sentimento está me arrebentando por dentro.
Está tudo tão estranho e confuso. Sou limão e você laranja, ambos pela metade, mas até que gosto da sua acidez que de certa forma me completa.
Mas ficou complicado ser metade em tudo. Já me basta você ser limão e eu laranja.
Dividir noites, finais de semana. Dividir você com ela é complicado.
Então, meu amor, estou indo.
Desta vez para sempre, sem despedidas.
Como disse antes, agi premeditadamente. Quis me despedir de você. Quis deixar registrado o nosso melhor momento, as trocas de olhares, as palavras sussurradas enquanto nos amávamos e depois aquele silêncio de dois seres que, de certa forma, se completam.
Talvez você nem sinta a minha falta, ou talvez sinta, eu sei que sentirá.
Mas um de nós teria que tomar essa atitude, a de deixar que o outro seguisse em frente.
Faço isso por você. Fiz por nós!
Jamais imaginei que teria que lhe dizer adeus para que pudesse vê-lo feliz!
Acho que o verdadeiro amor é assim: liberta!
Adeus.

Confesso que não sei como me sentir em relação à isso, nunca o tive mas agora realmente não o tenho.