Condenação
Neste mundo onde os erros são constantes e já fazem parte da nossa rotina, a condenação é a virtude dos fracos, o perdão dos fortes, o orgulho dos tolos e a humildade dos sãos.
Deveras, não há maior condenação.
Todo o resto é disfarce, e só aqui regurgitarei os estilhaços cravados por dentro.
Como pontas de vidro dilacerando a carne se esquiva em tempo ambíguo, encontra final vago, ou representa recomeço de histórias repetitivas, da dor esquecida, eterna atormentação.
E as vozes se perdem e se confundem atiradas ao silêncio um segundo antes do pânico.
Estúpida existência, esvazia-se os sentidos e preenche-se de nada todo o vácuo que subsiste por tanto tempo.
Faça dos gemidos obscuros coragem para resignação. Das vazias lembranças desgosto, e todo o sono frenesi perdurável mesmo após amanhecer.
Que toda hesitação seja dilacerada e se perca no pretérito; todas as ruas chãos de remorso, onde a morte se esquive e todos os minutos sejam representação do tormento.
REFÉM
Algemada, fruto do meu coração
Consumada, minha própria condenação...
Viver sem ti, é estar sem mim
Mesmo sabendo aonde estou
Certo de que nada sou.
Certo demais,
De que não sou capaz.
Confinado, olhos da minha razão
Fustigada fio da minha canção.
lembro os teus olhos
Entre as vidraças
Te acostumando ao pavor
E eu me entreguei ao sabor
Da mesma pena e da mesma dor.
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naeno*comreservas
É a dor de carregar alguém conosco. É a condenação eterna por um erro do qual não temos culpa. É sentir que tudo o que possuis é uma perda incalculável. É olhar para o céu e conseguir enxergar mais do que nuvens ou estrelas. É correr sem parar e não conseguir se cansar. É tomar banhos de chuva cada vez mais demorados, e agir como se não sentisse nenhuma gota tocando sua pele. É sussurrar palavras suaves sobre alguém que talvez você nem conheça tão bem. É um nome no meio da infinidade. É um desafio no meio do inalcançável. É uma perda no meio das conquistas. É uma rosa que brota em um deserto povoado pelo vento. É uma conseqüência no meio dos riscos não sentidos. É um momento que poderia ser ignorado como tantos outros. É uma lembrança de uma conversa que nunca acontecera. É uma memória que se tem de um momento nunca vivido. É sobrepor consigo o retorno de quem nunca partiu de fato. É ver um filme e chorar não pela história, mas pelo impacto que a dúvida de quem se ama está sentindo o mesmo por você ou não. É escrever coisas absurdas pensando em alguém que talvez nunca leia. É olhar para alguém que senti no começo apenas uma atração, e ver se a mesma pessoa carrega uma aliança em seu dedo. É passar todos os dias em frente ao lugar que viu aquela pessoa pela primeira vez, na esperança de poder revê-la, mesmo sem muita coragem de cumprimentá-la. É ouvir uma música e sentir que está dançando com a pessoa que você tanto cobiça. É uma coisa que vale mais do que qualquer diamante, até mais do que uma vida. É uma coisa que sabe que sem ela, você perde um pouco os sentidos. É uma sensação de liberdade que te prende. É uma forma inusitada de chamar loucura de sentimento. É uma forma meio perdida de se fazer o que quiser na direção que leva o vento. É uma esperança que nunca morre. É uma coisa que você sabe que nunca te trairá, e se acontecer, você irá perdoar. É um momento que você nunca esquece, apesar de substituí-lo várias vezes por momentos sem significado algum, mas que você encara como uma forma sensata de viver a vida sem algemas. É um momento que você implora para ter todos os dias. É uma sensação que te livra do mundo por instantes. É acima de tudo, uma conseqüência formada de carne e sonho.
Condenação (A minha Perdição)
Meu corpo quando ao teu se encontra
arde e queima como chama
que incendeia minhas vestes,
e em rubras noites nossos corpos inflama.
E desce sobre mim algo,
que parece ser inspiração satânica,
condeno-me ao tártaro, inferno eterno,
e nossos corpos explodem, como uma erupção vulcânica.
PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Se não tem culpa não existe condenação então vivamos a vida sem o medo da frustração;
Se o que restou de um grande amor foi a solidão não se entenda a verdade em meio sonhos;
Pois mentiras sinceras atrai-me pelas verdades inventadas;
Com o sabor de um sentimento presente faz-nos esquecer de um passado doloroso;
Fico com a boca seca e ansioso para estar ao seu lado e minha dor cessar;
Uma vontade tamanha que me direciona sem me importar em nada que não seja você;
Num mundo repleto de condenação e morte,
Ouso ter voz evangélica, profética, poética
E afirmar que família é lugar de união e ressurreição.
Família é solo divino em terras humanas...
Preso em teus olhos com a condenação de ser castigado pelo o teu amor, obedecendo as suas vontades sem chances de escapar;
Lentas são suas mãos que em aflição chicoteia-me com tamanho prazer sem que eu possa fugir;
Ao meu sono me faço tão satisfeito com os meus castigos que não piso em ovos para não acordar meu algoz para que possa me acordar com beijos;
Condenação
Autor: LCF
Novamente, eu corro, eu salto, salto para as árvores mais altas e observo, e percebo o quanto a vida é mais bela vista de cima. Mas recuemos ao tempo em que a minha felicidade era limitada…
Antes não tinha sonhos, aliás, só pensava em como os ter. Não seguia o meu coração, era-me indiferente o que sentia, o que pensava ou o que pensavam de mim. (Se me pedissem para descrever o meu percurso até aos dias de hoje, eu diria duas simples palavras: “guerra fria”. Um conflito com o meu interior nos momentos do agora, porém a existência de uma insensibilidade poderosa do passado.) De mim posso esperar o tudo e o nada, pois é isso o que fui, o que sou. E o que serei também. Não o tudo, mas o nada.
Escrevo então e agora para demonstrar, para libertar o fogo intenso que possuo dentro da minha alma. Essa chama, é, também, contudo, efémera. Não mais forte do que um fio do meu cabelo, que cai com o tempo. Num dia do mês, a lua esconde-se da humanidade. Nesse dia, a minha fraqueza também é revelada. Tão instantâneos são os momentos em que a vida me traz algo de infeliz.
A nossa viagem não termina com a morte: apenas o físico fica para trás. Sei disso, porque a minha alma nem sempre pertenceu a estes olhos, a estas mãos e pernas, a esta pele, a esta mente. Sou um resto eternamente vivo de sensações passadas que nunca relembrarei. No olhar distante dos meus conhecidos inocentes, eu vejo a verdade nas suas faces, enquanto que a mentira sai levemente das suas bocas, dos seus atos. Talvez seja inocente pensar que o que são. Essa dúvida não é minha: só a eles pertence. Cada um resolve a sua vida. Ninguém se sacrifica por um copo de água, todos querem o garrafão preenchido. Somos seres insaciáveis. Isano é refletir sobre o contrário. Por tudo isto, considero-me isso mesmo, um pobre demente, incapaz de controlar as suas capacidades mentais. Estou destinado a sê-lo.
De momento, eis-me não preso ao passado ou limitado ao presente, mas condenado ao futuro, um futuro próximo, incerto, inacessível…
Porque a Graça é maior que o juízo, a redenção é mais proveitosa que a condenação. Porque que proveito há na morte? Mais extraordinário é o impacto que pode causar a justificação que leva a vida. Pois quanto maior o pecado, maior o perdão, e portanto, maior a transformação.
SOMENTE PERDOAR PODE TRAZER A SALVAÇÃO, PORQUE A CONDENAÇÃO NÃO TRÁS A REMISSÃO COMO RESGATE - Almany Sol, 28/07/2013
A condenação eterna existe e não é fruto de um veredito de Deus, mas de nós mesmos ao tomarmos o caminho solitário da rejeição a Deus e à Verdade. É eterna para Satanás porque seu Coração se endureceu de tal forma que já não havia retorno. Quanto mais Deus, como Pai, o chamasse à conversão de sua vontade pervertida, mais endurecido, em sua orgulhosa e ígnea escolha, ele se tornaria. Deus virou as costas a Satanás não por condená-lo, mas por Misericórdia, já que sabia que cada novo apelo a ele, da parte do Amor (de Deus), mais o torturaria, mais incendiaria seu ódio.
("Pecado Imperdoável": http://wp.me/pwUpj-118)
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