Condenação
A culpa petrifica mas a responsabilidade mobiliza a se reparar o erro. A culpa pode ser considerada uma auto-condenação sem perdão que justifica e muitas vezes reafirma que não existe nada mais a fazer mas enquanto não nos movimentarmos para amenizar o erro, não haverá diminuição da pena e muito menos absorvição. O inferno começa em vida para todo aquele que erra e não reconhece a culpa.
Aqueles que passivamente se humilham perante um erro, conseqüentemente perdem a liberdade e serão condenados pelo que não fizeram.
Sob força da injustiça, um povo estará condenado a um futuro de incertezas até mesmo da própria vida.
Não me culpo, julgo ou condeno pelo que fiz no passado, muito pelo contrário, orgulho-me. Se pudesse voltar atrás talvez fizesse diferente, talvez, mas na época sei que fiz o melhor que eu podia fazer levando em consideração as condições que a vida me deu.
Fantasia é uma história que por não ter forma real é condenada a passar a vida entre as grades do pensamento.
Às vezes, o silêncio é injusto porque acusa, condena e bate o martelo, sem dar ao acusado o direito de se defender ou recorrer na sentença.
O fato de chegarmos só a esse mundo e sozinhos partirmos dele não é justificativa para que nesse intervalo aceitemos sermos julgados por isso e condenados à solidão.
Se formos avaliar o nível de heresias por condenações em concílios, o calvinismo é mais herético do que o pelagianismo, pois houve mais concílios que condenaram as doutrinas propostas pelo calvinismo do que condenaram o pelagianismo. As doutrinas calvinistas da predestinação, expiação limitada e graça irresistível foram condenadas ao longo da história.
Lucidio foi condenado pelo Concílio de Orange em 473, Concílio de Arles em 475 e Concílio de Orange II em 529.
Gottschalk (Gotteschalcus) foi condenado pelo Concílio em Mentz em 848 e no Concílio de Chiersey (Quiercy) em 849...
Esses concílios também são a voz da Ortodoxia, assim como foi Éfeso e Cartago, que condenaram o pelagianismo.
Em sua insanidade teológica o calvinismo afirma que o decreto de reprovação aconteceu na eternidade passada, ou seja, antes do pecado cometido ou qualquer ser humano ter nascido! Em outras palavras, foi condenação sumária e arbitrária para com os nãos eleitos.
Às vezes, nem é sobre o que a pessoa diz, é sobre como ela faz você se sentir. Existem julgamentos silenciosos que condenam mais que palavras.
Hoje a humanidade só quer ver o mau senso, a imoralidade e a má educação, fazendo opção como se fossem corretas; porém, há de ver também a condenação pela escolha errada.
Quão miserável é o homem sem Cristo, que ignorando o Tribunal de Cristo, pensa que livrará a sua alma da condenação eterna, uma vez que seu corpo já sofre pelas escolhas mal feitas.
O cientista A. Einstein alertou o presidente Frank Roosevelt sobre a possibilidade técnica de Hitler construir uma bomba atômica e a Bíblia alertou sobre a condenação de todos os incrédulos.
O homem que serve a Deus com consciência pura o peso dos seus pecados não move a balança da sua condenação, porque já foi justificado.
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