Concreto
meu maior defeito e acreditar naquilo que não e concreto, mais minha maior qualidade e acreditar naquilo q ainda não se concretizou.
No nosso atual estágio evolutivo, a forma (físico, tangível, concreto), que por necessidade ou simples desleixo em procurar e realizar a verdadeira espiritualidade e que por infeliz consequência, torna-se mais importante do que a essência (sutil, intangível, abstrato), por exemplo, quando rezamos o "Pai Nosso", no trecho: "perdoai as nossas ofensas/dívidas, assim como nós perdoamos os que nos tenha ofendido/devedores", acho mais prudente e sincero dizer "perdoai as nossas ofensas/dívidas, assim como me esforço em perdoar os que me tenham me ofendido/aqueles que me devem". Pelo menos estaremos sendo mais honestos conosco, pois de resto, o astral percebe quando a ação não comunga com a intenção.
Até na seca Deus sabe desenhar... saudades desse lugar.
Nascido no mato, criado no concreto.... na simplicidade eu me encontro.
Há quem diga que não vive sem o luxo... no final de tudo todos estaremos mortos, cansados por correr atrás de coisas que não eram eternas...
"É tudo muito cinza, é tudo muito pétreo. Muito escuro, muito obtuso, muito concreto. É pouca vida, pouca cor, pouco reflexo. Vivemos presos em um passado etéreo, com vidas prolixas de um futuro sussurro. Somos almas que se esbarram e não se olham, presas na patologia do cotidiano esmagador. Sem pausas para o café, sem abraços de fim de tarde. Não há tempo, não há interesse. É embriagador. Somos milhares de almas solitárias que se esbarram e não se olham…"
Talvez seguir o coração seja uma das coisas mais difíceis, pois, não há nada de concreto que sustente, nem teoria, muito menos teórico, que faça valer esta força existente em cada um de nós!
meu arco-íris tem milhões de cores, vivo do que é abstrato e duvido de tudo que é concreto, acredito em amor verdadeiro e principalmente em amores eternos. você pode até tentar me empurrar de um penhasco, mas com certeza eu irei dizer sorrindo: E dai ? Eu amo voar!
Não troque a certeza pela dúvida. O concreto pelo talvez. Não deixe uma dúvida interferir na sua certeza.
O que não é verdade é boato
Não sendo concreto, logo é abstrato.
Ou é aproximado ou é exato!
Sem distorcer os fatos.
Jugo não pelos relatos, mas pelos atos.
Sem perder o formato, faço o retrato.
Daquele que de imediato jugo insensato.
Por me achar um bom candidato a pagar o pato. Com esse tipo de ser não faço contrato nem pacto,
Boas amizades resgato, o resto distrato e descarto.
A verdade eu bem trato, a mentira eu combato. Não demora ela cai, suas pernas são curtas de fato.
Ainda é cedo para dizer algo de concreto
Ainda é cedo para dizer que deu errado
Então tenha a esperança de que dará certo
Cada momento aqui
Cada momento com você
Não me assusta
Eu juro
Na verdade, nada em você, nada em nós me assusta
Me assusta a falta disso
Manipulação que crio em minha mente
Sou inconsequente
Embora nada ausente
Sempre estou para você
Acredito que dê para perceber
O quanto me transformo em sua presença
Pois o que sinto independe de outros
Independe de crença
Vivo e me nutro disso
E sinto verdadeiramente
Que nossa historia não veio como chuvisco
É trovoada, tempestade
Não passa de repente
Amor incerto
Desejo concreto,
Sentimento inquieto,
Meu amor secreto.
Por que não estás aqui perto?
Já não sei mais o que é certo.
Vivo perdido neste deserto,
Sem amor e sem afeto.
O meu coração está aberto,
Sonhando com um pouco de afeto.
Existe uma nesga de poesia, entre a selva de concreto. Há sempre um detalhe poético, mesmo na aridez do deserto.
_________________________________Solange Lisboa. 04/03/2024.
O amor concreto
endureceu minhas artérias
entupiu meus capilares
um fluxo parado mapeando veias tortuosas
– Fibrilação amor
(a gente vive pq sangra)
Eu rezo todo dia por uma falha sistêmica
mas você incentiva contrações involuntárias
Dentro da minha belíssima caixa de concreto e aço, sentado em minha caixa de madeira e espuma, percebo que é necessário pensar fora da caixa.
Faço linhas com a caneta traçando objetivos para o futuro, noto que há traços seus por todas as partes, preciso apagá-los.
Enquanto rodo com o carro pela cidade, os ponteiros rodam no relógio. Preciso parar de rodar minhas lembranças, buscando rememorar em que ponto você saiu pela tangente.
Na estrada, vejo as curvas do seu corpo. Reduzo para evitar acidentes. Eventualmente, deparo-me com a realidade, e voo em direção ao relento - entrego meu corpo as estrelas, que me fitam fixamente.
Deitado em uma mesa de metal, lembro como eram duros e frios os seus toques. A polícia afirma que perdi o controle ao avistar o seu sorriso. Na autópsia, o legista encontra um coração imenso e esfacelado, um estômago cheio de borboletas, e mãos que desenham poesia - Causa Mortis: ilusão.
No enterro, preferi manter os olhos fechados, havia muita dor por todo lugar. Optei pelo silêncio, pois não encontrei palavras para tal momento. Então, deixei-me.