Compreender
Morte, irmã difícil de ser compreendida e integrada ao convívio humano. Ela está sempre nos recordando que podemos tanto, mas não podemos tudo! Do tanto que é nos dado na origem, a morte vai recolhendo, pouco a pouco, tudo.
Já que não consegui me fazer entender com minhas muitas falas; quem sabe o meu silêncio se faça compreender.
Existem coisas que eu entendo;
Existem coisas que eu compreendo;
Existem coisas que eu apenas suporto.
Aproximando-se de completar 5 décadas de vida. Percebo a presença de quatro grupos em meu convívio.
1º Grupo: Os que me amam! Porém, entenderia se não me amassem. Pois, falhei com eles, deixei a desejar, frustrei suas perspectivas. De alguma forma fui relapso. Ainda assim me amam, não sei porque. Penso que simplesmente escolheram me amar.
2º Grupo: Os que também me amam! Mas, colocando de lado a modéstia; Penso que eles verdadeiramente têm seus motivos e razões para me amar. Pois os ajudei, pude estar presente nos momentos bons e ruins; sempre os servi. Tive oportunidade e condições para de alguma forma abençoá-los. Então acho que conquistei o direito de ser por eles amado.
3º Grupo: O grupo que não me amam! Mas, usando de toda franqueza e sinceridade. Eles têm lá suas razões para tal. Posso entendê-los. Quando precisaram de mim eu não estive disponível. Eu errei com eles, os magoei. Os decepcionei falhando de alguma forma.
4º Grupo: O grupo que também não me ama! Não me amam mesmo. Porém é estranho... Às vezes tento compreendê-los, contudo, não consigo. Pois, Tudo fiz para conquistá-los, sempre me coloquei a disposição; procurei agradá-los; porém, sem sucesso. Me esforcei para obter deles a simpatia... E nada. Penso que simplesmente escolheram não me amar.
Resumindo:
Um que ama e eu nem sei porquê...
Outro que ama e eu os compreendo...
Um outro que não ama e eu sei o porque...
Outro que não ama e nem mesmo sei o porquê.
Quando você se foi, eu sofri...mas depois subitamente compreendi que você estava em uma situação melhor que a minha... Pois você havia voltado a habitar a luz a qual você pertencia...
O que antigamente odiava é o que hoje mais me entristece; Minha brusca incapacidade em compreender a ignorância filosófica como um todo, e o que me alegra é ter entendido que foi o ódio, quem apresentou-me a tristeza.... Talvez seja esse, o principio fundamental de sucinta compreensão.
A Luz não brilharia com tamanho propósito se não existisse a esperança ... Compreendendo em sentido contrário se percebe que a luz física é a vida materializada... E que a esperança é o sentimento invisível que a nutre.
Chega um certo momento em que a gente analisa os fatos, tira a emoção de lado e compreende que estava vivendo uma ilusão.
"Nunca ninguém entenderia
Quão grande é o sol em seu melhor dia
Tudo que vai vem
Tudo que se vive frutos dão
Como ciclos a vida é
Formosas ou torturas
As curvas no caminho
Ainda se vale o novo escolher
Nunca ninguem entenderia
O mundo colorido pode ser
Depende dos olhos de quem vê
Do caminho, das escolhas que se faz
Da coragem que se cria
Mesmos nos tombos e recomeços
Do tanto de amor que se dá
Do quanto da vida vc se desprende
Nunca ninguém entenderia
Que as flores podem até te entender
Depende do quanto vcs se tocam
E mesmo com espinhos elas te seduz
Cada uma tem seu segredo
Só no toque é que podemos sentir sua firmeza
E não só de olhar vem sua beleza
E ao sangrar de um toque mais intenso
Encontramos uma beleza no espinho
E passamos a compreender que faz parte
E só vc pode entender
Que ainda assim, vale a pena viver!"
O conhecimento mais relevante é aquele que você busca aprender, e não aquele que te obrigam a compreender.
Os limites em seus pensamentos e convicções com a limitação de não se entregar ao irreconhecível, é aceitar tal limite e viver com a ignorância do que não se pode compreender além do que se possa entender.