Comportamento
Não foi “Deus” (Inteligência Suprema) que se ocultou dos homens. Foram os homens que se afastaram de Deus, criando falsas leis, com doutrinas e fábulas, dando cria a fé subjetiva. Inertes, não questionamos mais a autenticidade de tais práticas e comportamento ridiculamente obtusos.
Basta desse comodismo provocado pelo encantamento de meras faíscas nessa noite tenebrosa na qual nos envolvemos. É tempo de ascender as Luzes.
Temos que pensar em nossos atos como reflexão crítica em relação ao mundo e não fantasiando que somos parâmetro de comportamento ideal para o outro. Normalmente, sinto lhes informar, nem somos.
Temos que pensar em nossos atos como reflexão crítica em relação ao mundo e não fantasiando que somos parâmetro de comportamento ideal para o outro. Normalmente, sinto lhes informar, nem somos.
Eu entendo a plenitude, considero inclusive a linearidade das sensações de uma beleza irreparável, algo que de fato não se deve contestar, mas em mim isso segue oscilante demais. Momentos de uma felicidade inegável, de uma luminosidade tocante, como a observação de gente amada reunida, por exemplo, em contrapartida fases de incessante falta de sensações, sem cor, com a palidez desaforada de um triste azulejo branco encrustado na parede de um corredor de hospital.
Não entendo a felicidade constante, não entendo essa ode ao ser feliz o tempo inteiro, quase que como obrigação. Sou cercado de esquinas onde a vida se torna intolerável e isso não se deve ao fato de um olhar pessimista, eu sei olhar ao meu redor e contar todas as minhas bênçãos. Acredito que essa rejeição expectante, que essa intolerância viva venha justamente de tudo o que nos envolve e que pérfido dolorido ou nulo.
Sentir-se infeliz, entristecer-se, passar por uma fase em que a vida se torna intolerável também faz parte da completude que é existir, é no contraste que aprendemos a reconhecer nossas graças, é na intolerância pelo que é atual, por todo o cenário desastroso em que vivemos que aprendemos a reconhecer o que abre a nossa ferida interna.
Quando a vida fica intolerável é justamente quando ela se aprofunda, quando ela invoca a reflexão, quando toca a consciência, quando aflora nossas questões internas. Quando a vida fica intolerável é justamente quando aprendemos sobre nós mesmos, quando administramos a própria solidão, quando identificamos relações debilitantes.
Felicidade é a superfície, é quando o mar perde a profundidade e termina em uma coisa bonita e mansa que chamamos de praia, felicidade é rasa, é a bolha do conforto que criamos a nossa volta, é o que não nos permite ver além da própria felicidade. Felicidade é bonita, é necessária, mas não abre brechas para grandes reflexões.
Por outro lado, o intolerável da vida é quando o mar se aprofunda, é onde o sol não bate, é quando poucos nos suportam, é na negação das profundezas que fazemos bobas entregas superficiais, é na negação do intolerável e do difícil da vida que surgem as relações por conveniência a aceitação da comodidade em detrimento do que se é, os relacionamentos por medo de estar só. É na negação do intolerável da vida que a gente cria artifícios de felicidade momentânea, que alguns se entregam a vícios e às relações descartáveis.
Em contraponto a essa negação eu aprendi a reconhecer que tudo bem se eu for um pouco triste, que faz parte eu zelar pela vida quando esta se torna intolerável, que aplacar dores particulares faz parte da beleza e da completude que é estar aqui, que repensar sobre o meu caminho é o que me leva além e que a contrapartida é uma felicidade consciente, que vem e que sempre virá quando eu souber conhecê-la, ao invés de ficar perseguindo-a com tudo que for superficial demais.
Sabemos que muitas pessoas do nosso convívio optaram por doutrinas religiosas que os mantêm no cativeiro da alma, mas não podemos sufocá-las com a nossa vontade de que elas despertem desse terrível sono. É preciso deixá-las refletir através do nosso silêncio dedicado, dai então a Inteligência Suprema, que insufla a intelecção humana com a ânsia da razão, ascenderá um fio da verdade em seus seios.
Nem sempre a mudança depende somente de mudar a si próprio. Em alguns casos, a pessoa pode usar todo o esforço de mudança do mundo, contudo se não promover algumas mudanças nas circunstâncias, no ambiente ou nas “regras do jogo” nada acontecerá.
As pessoas falam tanto em decepção...
Mas muitas perdem as oportunidades por simplesmente desistirem sem lutar...
Quando os olhos fecharem ao deitar de cada anoitecer, e uma nuvem de pensamento aparecer, interromper o descanso, abaixo do pano tentando entender. O que aconteceu? O dia foi complicado, momentos inesperados, comportamento desajeitado. Eu queria pronunciar, mas cada palavra pensada, ao proferir torna-se uma piada. Tudo elaborado, fato por fato explicado, abrir a boca e dizer, és o problema que enfrento a cada aparecer...
Não desperdicemos nosso tempo com o exagero das distrações. A realidade da vida é um fluxo constante de conhecimento.
Somente quando as pessoas pararem de se matar, entenderem que basta se unir e plantar, amor sobre tudo, o mundo poderá viver uma utopia.