Comportamento
Eu entendo a plenitude, considero inclusive a linearidade das sensações de uma beleza irreparável, algo que de fato não se deve contestar, mas em mim isso segue oscilante demais. Momentos de uma felicidade inegável, de uma luminosidade tocante, como a observação de gente amada reunida, por exemplo, em contrapartida fases de incessante falta de sensações, sem cor, com a palidez desaforada de um triste azulejo branco encrustado na parede de um corredor de hospital.
Não entendo a felicidade constante, não entendo essa ode ao ser feliz o tempo inteiro, quase que como obrigação. Sou cercado de esquinas onde a vida se torna intolerável e isso não se deve ao fato de um olhar pessimista, eu sei olhar ao meu redor e contar todas as minhas bênçãos. Acredito que essa rejeição expectante, que essa intolerância viva venha justamente de tudo o que nos envolve e que pérfido dolorido ou nulo.
Sentir-se infeliz, entristecer-se, passar por uma fase em que a vida se torna intolerável também faz parte da completude que é existir, é no contraste que aprendemos a reconhecer nossas graças, é na intolerância pelo que é atual, por todo o cenário desastroso em que vivemos que aprendemos a reconhecer o que abre a nossa ferida interna.
Quando a vida fica intolerável é justamente quando ela se aprofunda, quando ela invoca a reflexão, quando toca a consciência, quando aflora nossas questões internas. Quando a vida fica intolerável é justamente quando aprendemos sobre nós mesmos, quando administramos a própria solidão, quando identificamos relações debilitantes.
Felicidade é a superfície, é quando o mar perde a profundidade e termina em uma coisa bonita e mansa que chamamos de praia, felicidade é rasa, é a bolha do conforto que criamos a nossa volta, é o que não nos permite ver além da própria felicidade. Felicidade é bonita, é necessária, mas não abre brechas para grandes reflexões.
Por outro lado, o intolerável da vida é quando o mar se aprofunda, é onde o sol não bate, é quando poucos nos suportam, é na negação das profundezas que fazemos bobas entregas superficiais, é na negação do intolerável e do difícil da vida que surgem as relações por conveniência a aceitação da comodidade em detrimento do que se é, os relacionamentos por medo de estar só. É na negação do intolerável da vida que a gente cria artifícios de felicidade momentânea, que alguns se entregam a vícios e às relações descartáveis.
Em contraponto a essa negação eu aprendi a reconhecer que tudo bem se eu for um pouco triste, que faz parte eu zelar pela vida quando esta se torna intolerável, que aplacar dores particulares faz parte da beleza e da completude que é estar aqui, que repensar sobre o meu caminho é o que me leva além e que a contrapartida é uma felicidade consciente, que vem e que sempre virá quando eu souber conhecê-la, ao invés de ficar perseguindo-a com tudo que for superficial demais.
Sabemos que muitas pessoas do nosso convívio optaram por doutrinas religiosas que os mantêm no cativeiro da alma, mas não podemos sufocá-las com a nossa vontade de que elas despertem desse terrível sono. É preciso deixá-las refletir através do nosso silêncio dedicado, dai então a Inteligência Suprema, que insufla a intelecção humana com a ânsia da razão, ascenderá um fio da verdade em seus seios.
Nós não podemos criar a realidade, atraindo ou materializando as coisas que desejamos, somente a partir do pensamento, entretanto é comprovada a sua força e seu poder, especialmente no modo como afeta o nosso comportamento e bem estar.
O quanto você é grato(a) por contemplar a limitação densa da matéria em detrimento da omnisciência do Espírito, possuidor da chave de contemplação dos incontáveis mundos, onde nada é perecível e limitado?
A tolerância funciona como um componente mecânico que permite a junção de duas partes em movimentos independentes, compensando os trancos e vibrações, como uma junta de dilatação que recebe o impacto direto, absorvendo-o, se não no todo, ao menos em parte, o que equivale a suportar e aceitar algo que não pode ser evitado.
Uma pessoa sábia reconhece que sempre existirá algo a ser despertado nela mesma. Conforme ela for vencendo os encantos do egoísmo, Luzes que denunciarão o estado de sonolência serão acesas.
A simplicidade te faz verdadeiro, a frescura te transforma, e a mentira te faz alienado a vida de alegria e o convívio com Deus...
O presente mais precioso que você pode receber só você mesmo pode se dar. É o melhor da vida; aquilo que nenhum dinheiro pode comprar.
Agir através da intelecção divina é vestir-se de Luz para entrar onde ninguém entra nu: na eternidade.
Os psicologos de animais e de pessoas costumam chamar isso de reforço intermitente, e se você tem filhos provavelmente sabe que esse tipo de comportamento nunca funciona. Se permitir que seu filho pegue um biscoito do vidro num dia e resolver puni-lo no outro, a criança sempre tentará de novo, na esperança de conseguir se safar. O mesmo acontece com os cães. O reforço intermitente de regras é um modo certeiro de criar um cão instavel e desequilibrado.
Assim como as crianças, os cães precisam de regras, limites e restrições para se socializar corretamente
Nunca é tarde demais para reabilitar um cão. Até mesmo os seres humanos podem mudar de vida aos 50, 60, 70 anos e temos muito mais problemas que os cachorros!
Nem sempre a mudança depende somente de mudar a si próprio. Em alguns casos, a pessoa pode usar todo o esforço de mudança do mundo, contudo se não promover algumas mudanças nas circunstâncias, no ambiente ou nas “regras do jogo” nada acontecerá.