Complexidade da Vida
A vida não dá o que espera dela a criança caprichosa mas apenas o que lhe arrancam à força os corajosos e os audaciosos.
Um homem que tenha rido com gosto ao menos uma vez na vida não pode ser de todo irremediavelmente ruim.
O destino de todos os grandes homens é serem ignorados ou caluniados em vida e admirados depois da sua morte.
O que mais precisamos na vida é de alguém que nos leve a realizar o que podemos realizar e o que de útil podemos fazer.
A vida é uma coisa muito complicada. E toda a questão de ser ou de não ser consiste em encontrar-se nesta confusão.
A maioria dos biógrafos empenha-se em explicar a obra a partir da vida, quando o correto é exatamente o contrário: trata-se de explicar a vida a partir da obra.
Se ficarmos reparando os defeitos das outras pessoas nunca iremos participar da vida, pois vamos nos contentar com as nossas desculpas.
Em plena era nova
Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíram na carne, o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes como padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.
A terra conservou-lhe, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para a frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede os vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!
(Psicografada por WALDO VIEIRA. Sobre o CAP. XVIII – Item 9 do ESE)