Complexidade da Vida

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Quem não ama o seu semelhante vive uma vida estéril e prepara um túmulo triste para a sua velhice.

O destino de todos os grandes homens é serem ignorados ou caluniados em vida e admirados depois da sua morte.

A vida de uma nação, como a de um indivíduo, é uma ruína perpétua, uma sequência de desabamentos, uma interminável expansão de misérias e crimes.

A vida, por fim, não passa de um hábito que se tem de perder, depois de todos os outros.

Um homem que tenha rido com gosto ao menos uma vez na vida não pode ser de todo irremediavelmente ruim.

Nasce-se todo inteiro, mas morre-se apenas a parcela do todo que nos foi morrendo ao longo da vida e nos tinha em pé. Por isso a morte mais natural de um velho é cair para o lado.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

Reduzimos a vida a esta insignificância... Construímos ao lado outra vida falsa, que acabou por nos dominar. Toda a gente fala do céu, mas quantos passaram no mundo sem ter olhado o céu na sua profunda, temerosa realidade? O nome basta-nos para lidar com ele..

A vida é magnífica enquanto nos consome.

A vida é um trabalho que se deve fazer de pé.

Émile-Auguste Chartier
CHARTIER, E., Palavras de um Normando

Afrontar a morte para viver na história é pagar com a vida uma gota de tinta.

A vida não é comprida nem é curta: ela tem uma duração própria.

A morte emenda todos os atos da vida.

Nunca melhora o seu estado quem muda só de lugar mas não de vida e hábitos.

A vida não se passa na terra mas na minha cabeça.

Toda a verdadeira vida é encontro.

A ninguém foi dada a posse da vida, a todos foi dado o usufruto.

A sabedoria da vida é sempre mais profunda e mais vasta do que a sabedoria dos homens.

A vida não dá o que espera dela a criança caprichosa mas apenas o que lhe arrancam à força os corajosos e os audaciosos.

Por saúde, quero dizer a possibilidade de levar uma vida completa, adulta, viva, em que eu esteja em estado de respirar em comunhão com aquilo de que gosto.

Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis, que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens, palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor

E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.