Combate
Eu vou perseverar
Lutar até o fim
Para nessa luta guerrear
Combatê-la até o fim
Vou bater até abrir
Vou rogar até obter
Jamais penso em dividir
Penso em unir para ter esse Poder
A união nos faz brilhar
Somos estrelas e é preciso trabalhar
Cada dia é preciso se firmar
Segue o teu destino e deixa quem quer falar
Quem fala o que quer
Fala sem razão
Pois não tem fé
Muito menos amor no coração!
Homens armados, treinados pelas técnicas de combate, seus corações se abrem desarmados , quando eu falo do poder do Deus vivo.
Minha sorte foi não ser professor universitário. Se fosse, teria sido tentado a iniciar um combate cultural pela expressão oral pura e simples, em vez de escrever livros primeiro. E teria só levado porrada sem conseguir persuadir ninguém. O livro ainda é e será sempre o instrumento maior nesse tipo de confronto. Principalmente se não é livro de mera polêmica jornalística, mas tem um valor cultural por si próprio.
Nem uma lágrima. Talvez por que já sangrei chorando demais durante o combate. Talvez por que o que estávamos fazendo já não era surpresa e sim rotina. E eu sabia, você sabia, todos sabiam que estava errado e nos recusávamos a aceitar, por que a dor de perder fala mais alto que a de aceitar. Eu, depois de relutar contra as lágrimas e lutar 75 rounds consecutivos contra o amor, acabei perdendo. Fiquei mais perdida e zonza do que já estava antes de entrar nessa luta. Apenas depois dessas 75 vezes reconheci que estava perdendo, e teria que aceitar a derrota. E aceitei. O problema, é que você viu minha derrota como uma desistência, para lutar contra outro, uma luta da qual eu já participava. Era o que tu dizia. Tu, depois de perceber que eu tinha me rendido, lutastes com tua maior força pra me por de volta no ringue e continuar lutando até a morte. Mas o que você não entendia é que de tanto meus ouvidos sagrarem de dor eles já não ouviam mais, e eu não te ouvi mais. até que uma hora, você aceitou a derrota , estranhamente havia dois lutadores e um, tarde de mais, também percebeu sua perda. Agora você ainda não querendo aceitar, mandou eu me desfazer das minhas medalhas e troféus, e me deu meus merecidos parabéns por ter atingido ele bem na ventricular novamente e por ter feito a mesma chave de braço de antes. Eu só quero que entenda que eu te amo e sempre vou amar, e é por isso que te deixei livre, para lutar e ganhar de quantos quiser, deixei livre , sem regras no jogo. Engraçado, parecia tudo um grande jogo, onde havia regras que toda luta tem. E essas regras são um desperdício de vida. Aproveite sua vida, viva com amor. Transforme toda essa fúria em adrenalina e va para o combate novamente, mas agora, não aceite derrotas.
Se nós negros queremos ser dignos, não temos que ser iguais ou piores e sim melhores, não se combate racismo com racismo, nem contra brancos ou qualquer etnia que seja, nem contra nós mesmos.
Raiz.
A vida aqui é um combate
a cada ano uma guerra
cachorro fraco não late
cabrito magro não berra
nem que o destino maltrate
ou mesmo a seca me mate
não abro mão dessa terra.
1. QUANDO O AMOR PERDE O ROSTO
Quando o amor perde o rosto
Um fiasco deixa de ser
E o combate esta por acontecer.
Só quem se curva ao amor
Sabe curar cada etapa da ferida.
Sabe se portar no dia da despedida
Só aquele que já amou
Sabe que lembranças não são torturas.
Que promessas sobrevivem de aventuras
Só aquele que ama
Pode aprender com as palavras
Impedir que o mundo lhe remova a alma.
Só quem encara o amor
Doa-lhe certo entendimento
Para calcificar o ferimento.
Só quem ama ou amou
Pode se perder do tempo
Sem notar a embriagues do momento.
Enide Santos 27.06.17
ECLIPSE
Um dia nos céus reluzindo
Iniciou-se um grande combate
O sol e a lua competindo
Insatisfeitos por um empate
E resolveram disputar seus instantes
O sol brilhante que irradia
Foi logo dizendo o que sabia
Como de costume, conhecia bem o dia
És brilho frio, luz morta
Que não ilumina sequer as noites
Sequer as soleiras das portas
Pois saiba ò tu, luz fria
Que até de Deus fui chamado um dia
Mesmo sem tu haveria noite
Mas sem mim não haveria dia
Não seja presunçosa cara lua
Nunca conseguirás apagar meu brilho
Muito menos roubar meu calor
Eu sou quente, sou vivo, então faça-me o favor
E ao contrário de você
Nunca deixei que em mim alguém pisasse
Já tu, tão frágil que desponta
Já sofreste essa grande desonra
Não sou morte, sou vida
Sem mim não desabrochariam as flores
Muito menos comida
Sem mim tudo morreria
Já tu, que falta farias?
Falas da minha solidão
Mas e tu que precisas de vigias
És tão fraca que precisas
De tua estrela-guia
Ora, mas que ser mais arrogante
Saiba que eu trago o descanço
Sou luz pálida que refresca o dia
Sou guerreira que vigia
Ó sol tão petulante
Talvez eu entenda sua agonia
Solitário são teus dias
Já eu, tenho tantas companhias...
Sol, meu velho amigo
Não fiques triste comigo
Mas sou eu que faço a vigília
Enquanto dormes no final do dia
Tenho orgulho do meu passado
Tu, nimguém quis conhecer
Ser tão mortal e inóspito
Em mim depositam esperanças
Em tu, temem as mortes
Pense bem cavaleiro brilhante
Se só houvesse tua luz purgante
Seria tu a descansar as criaturas?
Não temeria as marés?
Meu exército e infinito
Nascem e morrem todo dia
Porventura, melhores amigas
Assim como tu, a maior das estrelas
Sou amiga e te dou descanço
Livro a terra de teu excesso
Noutro dia tu me ignoras
Fecha a cara e eu recomeço
Chega de hipocrisia
Competir contra ti é covardia
Nessa terra sou rei, sou alegria
Tu, é um ser de fases
Mudas por rebeldia.
Não entendes por que mudo?
Sempre tento agradá-lo
Deus pensa que é loucura
Mas eu poderia amá-lo.
Como queiras, ser amargo
Deixo o céu a teu julgo
Me refugiarei em outro mundo
O sol vitorioso
Com o tempo ficou desgostoso
Viu a terra morrer
E a insônia aparecer
Já fraco e cansado
Quase se apagando
Foi pedir ajuda à Lua
Pela primeira vez se humilhando
Não precisou dizer nada
A Lua já o aguardava
E o mal entendido foi desfeito
Curiosamente; agora,quando a Lua muda de fase
Algo bate forte em seu peito
Talvez dor, talvez amor, talvez respeito
Ás vezes a saudade e tanta
Que um ou outro atravessa o manto sagrado
E assim acontece o eclipse
Seres opostos, lado a lado
A mediocridade é um fungo da mente, devemos combate-la constantemente ou se insinuará em tudo que fazemos.
Eu não posso pensar em outra coisa, eu estou indo para o Céu. Meu combate não é para ter meu nome no livro dos melhores, mas no livro da vida.
Virgulino e Maria.
Quantas batalhas venceu
da cara feia não temia
de combate nunca correu
cabra macho de valentia
mas Virgulino tremeu
e o coração se rendeu
aos encantos de Maria.