Colo
Eu... como uma criança refugiando-se ao colo da mamãe;
Eu... com um imenso, mas com aquele imenso desejo de abraçar o mundo, como que só ele pode me acalentar dessa imensa desilusão... frustrações que vieram a calhar em todo o meu ser, desajustamente...desajustamente de uma adolescente...
(Escrita em meu caderno de poemas em 01/08/1985)
Hoje tive aquela vontade chorar. E eu só queria um colo para consolar minha cabeça, um colo, que me fizesse sentir que o mundo lá fora é inexistente e que as coisas vão mudar.
Não vê que só você pode aliviar minha dor? Eu quero seu colo para encostar minha cabeça, o seu abraço para me confortar, o seu ombro para chorar. Eu só quero suas palavras, para me fazer sentir, que o meu sofrimento, pode ser inexistente.
Sinto saudade de um abraço apertado, de uma risada, do colo, de uma conversa quente, de um dia que foi bom, de meus amigos, de uma música significante, das flores, declarações, de um tempo que se foi, da brisa, da chuva, do dia em que foi tirado uma foto, do nosso primeiro beijo. Vivo em nostalgia, muitas vezes por ser medrosa, por não conseguir encarar os fatos, ou quem sabe, antes eu era mais feliz.
Estou anoitecendo aqui hoje, fora de casa. Não preciso de nada, eu sei. Mas esquece o teu colo, digo, a minha casa, por favor.
Quero colo, um abraço apertado, um ombro amigo.
Quero pisar nas nuvens, deixar fluir minha imaginação.
Quero um sopro de ânimo, quero aventura, quero paixão!
Socorro! Cansei de solidão!
A vida as vezes te abraça, te beija, te coloca no colo e te faz sonhar... Mas as vezes ela te prega a mão na cara, pra ver se você acorda!
Encostar a cabeça em teu colo e apenas sentir o amor que temos um pelo outro. Enquanto sinto também a tua mão em meus cabelos, e teus olhos atentos, teus ouvidos me ouvindo falar dessa vida cheia de falhas, dessa vida cheia de gente sem graça e coisas chatas. Essa tal vida que antes de você entrar não havia o maior sentido. Encosta o teu braço ao meu, passeia a tua mão em meu rosto, enxuga as lagrimas que caem, mas não me deixa sem esse momento, porque é o que eu preciso, o que eu sempre esperei de alguém. Acaricia meu rosto e me fala como se eu não soubesse ou entendesse o quanto a vida foi boa em te trazer pro meu mundo. Olha em meus olhos e diz apenas que vai estar lá… que vai estar aqui, que vai estar sempre aonde eu for. Me abrace na hora certa, me siga até mesmo nas horas erradas, me entenda sem que for preciso e me tenha a vida inteira.
Eu quero o seu colo.
Seu colo melódico, sem método.
Eu quero o seu riso e olhar terno,
seu desejo devasso.
Quero que me invada no pouco espaço
vazio do copo e do trago que trago.
Te sarro e devoro!
É bem conhecida a palavra daquele que, vendo a descoberto o
colo da mulher amada, sem a qual parecia não poder viver, a
acariciou, dizendo: este belo pescoço, logo que eu o ordene, pode ser
cortado.
Assim como um trabalhador exausto
Anseia pelo leito de descanso
Anseio por aninhar-me em teu colo
E descansar no teu amor.
Olhar para uma criança de colo e se imaginar tão dependente e inocente quanto ela me faz criança de novo e mais grato a Deus pelo Seu cuidado diário.
Você poderia ter sido tanto, mas escolheu ser meu.
E anda agora comigo a tira colo, usa um anel dourado,
algumas compras feitas no mercado, e um bocado de contas.
Mas daí vem o sorriso compartilhado e as músicas que só a gente gosta.
Os fins de tarde dizendo coisa á toa, e um abraço apertado quando tudo desmorona.
CORAÇÂO
Coração, máquina pequena,
Amigo das horas certas
Inimigo das horas incertas
Colo onde repousam minhas ansiedades
Traidor da minha razão.
Coração, sempre tu amigo coração
A preparar-me surpresa;
Deixando-me a mercê de coração
Cujo sentimento não tem coração;
De coração cuja razão não tem sentimento
De coração cauterizado,
Que se alimenta da dor do meu coração.
Coração, amigo coração
Por que não para com isto?
Por que não pões um ponto final nessa história
Cujo teor banha de sangue a minha alma,
De lágrimas o meu rosto,
De tristeza o meu olhar,
De angústia o meu viver?
Coração, escuta coração!
Usa da razão pelo menos uma vez;
Não te peço que pares de bater,
Porém que me poupes de tanto sofrer.
Quando somos bebês, colo.
quando somos crianças, brincadeiras.
quando somos adolescentes, aborrecentes.
quando somos adultos, problemas.
quando somos velhos, problemas e problemas.
Persiga seus obejtivos e nunca traia suas crenças e seus valores, seja inimigo das ambições que colocam a venda suas convicções, defina metas e objetivos, planeje-os de maneira que não interfiram na vida dos que o cercam. Faça o seu melhor