Colegas Pedem Emprestado
Tem momentos que caímos rápido no esquecimento. Pedem pra lutarmos, mais conosco não lutam a nenhum momento. Não julgue se mudarmos amanhã, porque a calçada fazia muito frio pela manhã.
Estou cansada de ouvir as pessoas me pedindo calma, compreensão, sendo que as situções só me pedem o contrário. Não tenho problema com “o fim” , assim como não tenho com o começo também, mas, meio termo eu não admito! Por isso, se for pra ser pela metade, eu prefiro ficar sozinha porque me sinto mais completa.
As pessoas falam.
As pessoas choram.
As pessoas pedem perdão,
Mas não sabem como dói,
Tanto, o meu coração.
As pessoas amam?
Às vezes pareço só eu,
Sofrer dessa emoção.
B.
As pessoas pedem que eu cresça, vire mulher. A verdade é que talvez eu ainda seja apenas uma menina... Não por medo de crescer, mas por que esta sou eu realmente. A mulher que troca o salto alto pelas sapatilhas, o vestido curto pela saia rodada, o batom vermelho pelo cor de rosa. A mulher do cabelo bagunçado, das pulseiras coloridas e do lacinho no cabelo. A mulher do quarto cor de rosa, que ainda guarda seus ursinhos e que mentém os sonhos de menina. Que ainda guarda seus diários. Que passa horas no seu quarto, trancada, sonhando. As pessoas não entendem que esta sou eu, a menina-mulher ou a mulher-menina. E que cada pedido para que eu cresça são em vão, eu nunca vou crescer, vou ser sempre está. A menina meiga, insegura, sonhadora e misteriosa. A mulher com ares de menina. E mesmo que mulher eu vire, vou ser sempre, por dentro, está menina.
Muita das pessoas pedem um lugar no céu, outros pedem um pedaço de terra para viver, alguns pedem riquezas e outros até pedem o impossivel...mas eu peço-te 1 lugar no teu coração...
Muito me intriga ser chamado de “doutor” em certos ambientes sofisticados, onde não me pedem um diploma ou currículo. Tenho sempre a sensação que se descobrirem que não passo de um simples escritor, serei expulso do ambiente...
“Quem são aqueles que pedem ajuda de alguém para respirar?
Quem são aqueles que se fazem entender do medo?
Quem são aqueles que nem reconhecem sua face diante do espelho?.”
(do livro: “Livrai-nos de todo mal”)
A minha solidão entra em constante contato com aqueles que não pedem pra senti-la.
E isso se deve ao meu silêncio em resposta – se compreendes essa fadiga que de humana não tem nada, é mesmo espectros de um animal ao qual desconheço – e somente em resposta poderia se ter silêncio. A pergunta era muda e a resposta vinha clara. Consciente. Acho racionalidade coisa besta, coisa de quem não foi tocada lá no fundo, lá no imaterialissimo, julgadissimo, veracíssimo, sincericidissimo e põe issimo ai, porque é assim que as pessoas clareiam as coisas: Sentindo racionalidade nas veias.
Não funciona.
Sou mesmo bicho besta que cai encima do emotivo e é somente pra isso que existe homem e mulher, homem e homem, mulher e mulher... Pro amor. Tem coisa mais bonita do que sair de si, do que enxergar que amor é perceber e crer que não da pra fugir do gostar? Não gostar por que tem que gostar. Gostar por gostar, gostar por cai em desenfreada no pensar, gostar porque gostar é humano e imaterial, gostar porque se ama e é amado. Gostar porque gostar faz parte do viver, conviver e do aprender.
Racionalidade mesmo é coisa de gente fraca, ponderada, medrosa. É coisa de quem mede conseqüências e atitudes pro amor. O amor é intensidade e não racionalidade, não se trata de medidas, amor é vida e não cálculos.
Anjos...
Anjos aparecem em nossas vidas...
Não pedem licença e nem passagem...
Invadem os pensamentos, sonhos, imaginação e tudo que se diz vida...
Revira o passado, o presente e o futuro conduz ao inesperado e o novo nasce e renasce a esperança morta, apagada pela dor sofrida, traída e esquecida por alguém...
Não importa
E tudo de bom que parece ter vivido é revisto e reavaliado...
Atordoado e embriagado dessa paixão invadida...
É novo!
Às vezes incompreensível, até louco...
Me faz lembrar...
As grandes histórias de romances, amores e paixões marcadas pelas loucuras
O inusitado...
O diferente irreverente...
Muito presente...
"ANJO"!
Destino, reencontro espiritual, alma gêmea, o que importa?
Sinto-me jovem, vivo, feliz, querido, adorado...
Quanto vale viver assim?
Resposta: "TUDO"!
Confesso que me sinto um pouquinho triste quando entro em um bar ou compro uma bebida e não me pedem a identidade para conferir minha maioridade. Será que já aparento ser o que sempre fui? Será que falta aparentar o que serei?