Coleção pessoal de ZaymonZarondy
ÚLTIMO GOLE DE MIM
A CADA DIA UM POUCO DE MIM SE VAI PRA SEMPRE E NADA DE ADEUS APENAS UMA FALTA FICA QUE NÃO SE DISSIPA NUNCA E SALTITA COMO MOLECA TRAVESSA NUM MEIO DE UM CHUVISCO TÃO RÁPIDO QUE NEM CHEGA A MOLHAR DIREITO MAS MOSTRA O ESTRAGO QUE UM SIMPLES AFAGO PODE FAZER A VOCÊ.
A 4 MÃOS
O meu amor é infinito. O meu amor não cabe em si de tanto contentamento. Eu só sei te amar. Eu só sei te amar mais cada vez mais. Eu sou capaz de dar a minha vida pra ficar contigo. Eu seria capaz de dar duas vidas, se as tivesse. Corri o “mundo inteiro” atrás de um amor e descobri que ele está aqui, bem ao meu lado pra sempre. Eu fiz o mesmo durante “longos anos” e para minha surpresa estava tão perto, que é até impossível de pensar, dizer e acreditar. O tempo todo o mundo girava em torno do nosso amor, pois nesse momento todo, nós estávamos sendo preparados para amar definitivamente. Eu já não posso viver sem o teu amor, deixa eu me aconchegar nos teus braços, que me abraça com a força de um deus grego. Se aconchega, se chega, se envereda e se perca em mim, mas tem que ser pro resto da vida.
RASTROS DE POEMAS
Revisitando meus escritos Antigos e inglórios Tais quais pergaminhos Encontrei tanta coisa Estranha Até teias de aranha E amarelidão no papel Letras de datilografia Palavras do primórdio Tudo revelando o tempo Passante, passado, passeante De fato tudo passou Eu não sou mais o mesmo Hoje gosto de pão com queijo E veja até de cerveja... Do amanhã não sei nada ainda O que sei apenas é que a poesia mora e sempre vai morar em mim Ela pulsa latente, de forma irreverente, não me deixa ficar ausente E assim eu sigo rente eu e a poesia, de mãos entrelaçadas, deixando um rastro de poemas.
EFÍGIE
No jardim de uma vasta casa Uma efígie estranha habitava E feito um verme se arrastava Ao relento ou ao vento Seja qual for a estação Chova ou faça sol Sempre lá ela estava Muda... Sentada... E tristonha. Seu olhar perde-se no horizonte De um passado distante Lágrimas instantaneamente Rolam pela sua senil face Falecendo no solo em enlace. Uma sombra sombria Em sua mente percorria E no seu coração já adentrou Depois fora embora Sem olhar pra trás Deixando ser semimorto Extinto de sentimentos Presenteando-a com grande angústia Sugou-lhe a comoção... e a razão Fê-lo prisioneiro da solidão.