Coleção pessoal de yasminalves
Seus olhos me fritaram como nunca. Secos, que avançavam ao fundo, naquele silencio, tostando a minha alma. Procurando detalhes, sem fala, sem áudio, só com a visão.
Até de olhos fechados eu consigo ver você olhando pra mim
Em questão de minutos a variação foi drástica, eu queria te matar. Mais depois até queria que você ficasse ali ... mesmo que não fosse quietinho, com seu jeito, maluco mesmo. Palavras pequenas mas confortantes, apesar da situação.
- Fica com Deus e durma bem, eu amo você.
Apaguei o que eu escrevi mil vezes, ai agora eu me pergunto porque eu fiz isso (Como se eu nunca fizesse essa pergunta pra mim mesma). Não é que não tenha nada pra falar, é que não tem nada além do clichê pra dizer. Mentira, porque tem a ansiedade. Agora vem a grande pergunta: Ansiedade de que? Porque quando as coisas acontecem, parece que eu fujo delas, como se elas fossem morder. Na verdade eu só não fujo quando tem você, eu até tento fugir, como se eu ainda pudesse, mais são só tentativas. Meras e fracassadas tentativas. Minutos por você, horas por você, dias por você. Mesmo eu não respondendo nada do que eu me perguntei ...
Pode ter certeza que vai ter você no meio.
É na hora que eu falo ''Nem adianta, não vou esquentar a cabeça.'' , o celular toca, e você me solta uma daquelas, gigantescas, que remoe até o fígado. Se ciúmes fosse whisky, eu já nem saberia meu nome mais ... alias, a gente tem mesmo é que aproveitar, tanto o hoje, o amanhã, tanto eu, você. Aproveita. Aproveita de mim. Aproveita daquelas. Daquelas lá que você no máximo deve saber o nome, e usa o termo 'aproveitar' ao pé da letra. Mais comigo faz diferente, aproveita pra ser feliz, pra me deixar feliz. Aproveita enquanto eu posso te amar. E não me pergunta, nem onde, nem quando, e nem com o que eu me aproveito. Só me pergunta se eu te amo, assim como você faz todo dia.
Até parece que satisfação é uma coisa que a gente precisa ficar dando por ai. Isso a gente dá pra poucos e bons, e olhe lá! Coisa certa, coisa errada, não importa. Importa a intensidade, o estrago a gente vê depois...
porque aliás, eu não devo nada pra ninguém!