Coleção pessoal de YaraAlves
Devagarinho vamos parando de sentir falta. Há um espaço maior entre os nós na garganta. O coração já sossega mais no peito. E o silêncio já não machuca com a mesma intensidade. Esse é o poder do tempo. Por mais cruel que a despedida seja, o tempo arranja tudo. Muitas vezes o silêncio é um grito que ecoa e agride o alma. Mas o tempo restaura... ele põe tudo no lugar.
Yara Alves
@linhas.da.alma
Saudades dos encontros que somam, de conversas profundas, conexões sinceras e de pessoas que estejam dispostas a estar e ser verdadeiramente presentes.
Yara Alves
São saudades de um mundo contente feito céu estrelado. Feito flor abraçada por borboleta. Feito café da tarde com bolinho de chuva. Onde a gente se sente tranquilo como se descansasse num cafuné. Onde, em vez de nos orgulharmos por carregar tanto peso, a gente se orgulha por ser capaz de viver com mais leveza.
Acredite: o Universo está trazendo tudo que é seu. Deixe ir todos os pensamentos que dizem o contrário e seja grato no aqui e agora.
Yara Alves
O momento é de recolhimento
Olhar aqui pra mim
Reunir todos os pedacinhos
Que nem vi por onde larguei
E talvez o tempo me ajude
Ou a sabedoria dos deuses me guie
Quem vai saber?
Pode ser que o nascer do sol traga a resposta
Se não for assim,
A lua irá me consolar
Dia após dia
Em algum momento
Irei me reencontrar...
Yara Alves
"Não tem problema ficar triste vez ou outra.. mesmo que doa. Mesmo que aquele nó fique por alguns minutos preso na garganta."
- Foi o que ela pensou enquanto liberava as lágrimas que há muito tempo queriam cair.
Yara Alves
Quando percebi....
era tarde demais.
Você já havia se tornado a minha pessoa favorita no mundo.
Yara Alves
Não posso fechar as portas do meu coração
Não posso porque não quero
Cada dia que renasce o sentimento é mais lindo
Um misto de amizade, amor, carinho, saudade...
Pode parecer loucura, insanidade
Mas eu chamo de fé.
Algumas vezes só precisamos de um tempo de recolhimento, de assumir o “não dizer". Há muita sabedoria no silêncio. E talvez a rotina da vida rouba esse encanto que é unicamente ser. Sem expectativas, sem urgências, sem a predeterminação das coisas.
Quando acessamos nosso íntimo silenciosamente, podemos compreender o que acontece ao nosso redor, que antes era totalmente incompreensível. Esse movimento de silenciar, acalmar, ponderar, também é uma forma de estar inteiro, de se conectar com o momento presente, de sentir a leveza da vida desde os sabores que ingerimos até o sutil toque do vento que chega a nossa pele.
As coisas passam a ter significado exatamente como são. Você vai abrindo mão da autocobrança e principalmente abrindo mão do julgamento, tornando tudo mais coerente. E você desenvolve um olhar mais amoroso, deixando que cada pessoa do seu convívio seja exatamente como ela é. Perde a necessidade de tentar moldá-la ou transformá-la. Você simplesmente é. Você simplesmente deixa que o outro seja. E é nesse conforto existente, que a mágica acontece. Você está inteiro. E tudo vai se modificando ao seu redor. Não por imposição ou insistência. Mas sim porque o universo ajusta e provê. Só precisamos estar consciente e abertos.
É natural que algumas conexões deixem de existir com o passar do tempo. Os interesses e modo de viver já não são mais os mesmos. A energia também não se conecta com a mesma intensidade. É a vida mostrando que os ciclos se encerram sim e que nem sempre vamos seguir na mesma direção. Precisamos compreender que não é egoísmo tomar um caminho diferente… Cada um possui o seu caminho e, neste percurso, vamos encontrando pessoas que estão com a mesma sintonia que a nossa e isso nos ajuda a prosseguir. Permanecer insistindo em presenças que já não nos acrescentam é pura teimosia. Deixe ir… tá tudo certo e vai ficar tudo bem.
Yara Alves
Nem sempre é fácil aceitar que um ciclo precisa se findar. Abrir mão de nossos apegos é um processo doloroso que fere nossas emoções. Por muito tempo permanecemos em um profundo estado contemplativo alimentando esperanças enganosas.
O outro se torna um objeto para suprir nossas carências afetivas e tranquilizar nosso ego.
Sem nos darmos conta vamos dificultando que a vida continue fluindo de forma natural e ficamos perdidos em um emaranhado de conflitos existenciais.
Neste momento é essencial que se desperte o amor próprio, aquele repleto de autocuidado, no qual nos colamos no colo e nos convidamos para trilhar o caminho do recomeço. Nem sempre é fácil, eu sei. Mas já sabemos que nada é permanente. E que a vida, sempre tão grandiosa, nos mostra um novo horizonte, no qual podemos caminhar muito mais seguros, experimentando sensações maravilhosas repletas de amor e reciprocidade.
Yara Alves
Te fiz um café
Era o meu bilhete de amor
Dizendo que contigo meu coração sorri
E você nem percebeu
Meu jeito de dizer que te amo
Através destes pequenos gestos
Entre olhares e silêncios
Fica aqui comigo
Vamos esperar a chuva passar
Sem nada dizer
Apenas sentir
Não há porque desistir
Olha aqui pra mim
Redescobre o que nos faz bem
O que nos ajuda a seguir
Vamos tentar recomeçar
Uma nova chance para amar
Yara Alves
Mais uma vez o vento trouxe tua lembrança
Como um delicioso toque chegou e me envolveu
E eu imaginei caminhando ao teu lado
Sob o mesmo céu
Com a perfeita luz crepuscular
E naquele momento
Pude contemplar o meu amor
Entre as ruas e os meus sonhos
Sua presença veio me lembrar
Que há sempre uma chance para renascer
E por um segundo
Ao toque do vento
Eu poderia te envolver
E eu quero dizer ao céu
Ao sol e a tudo que nos cerca
Que para todo sempre
Eu vou te amar
E isso não é uma promessa vã
É realmente o que sinto
Eu continuarei te procurando
Um dia andaremos lado a lado
Sob o mesmo céu
Eu almejo te encontrar
E contemplarei a ti
Como quem contempla uma bela flor
Com total e completo amor
Yara Alves
Em lágrimas mostro um sorriso
Minuciosamente desenhado
E quem me vê passar
Nem imagina o tamanho dos meus ais
Nem você sabe
Pois foi tudo em vão
E ainda te escrevo poesias
Com recortes de lembranças do que só em mim existiu
Um grito mudo
Que arranha e me cala
Silenciando tudo em mim
Yara Alves
Eu demorei pra aceitar que a estadia das pessoas em minha vida era momentânea. Eu queria sempre que durasse um pouco mais, talvez pra sempre. Tinha um problema enorme com essa transitoriedade. Com coisas passageiras. Sofria. Doía. Às vezes o lugar que nos aconchegamos é tão confortável que queremos simplesmente ficar ali… imersos… submersos… apenas sentindo.
Até que me dei conta que isso que é a vida: momentos efêmeros. Muitas das pessoas que chegam é para ensinar… agregar… mover… ou nos sacudir… mas elas precisam ir. Como tudo que vai. E nesse balanço que é viver… o universo foi me ensinando a viver o desapego… deixar ser nutrida com todo o aprendizado e liberar… por mais lindas que algumas pessoas sejam, elas só podem ser eternizadas em nosso coração… um dia elas vão… e temos que aprender a enviar todo o amor de longe e ser grato por um dia nossos caminhos terem se cruzado.
Yara Alves