Coleção pessoal de yalismartini
A PROCURA DO PARAÍSO
A procura do paraíso vamos,
vivendo como se não tivéssemos juízo,
será que estamos vivendo em vão,
tentando achar um sentido nesse mundo cão!
Como se fosse ternura,
acho que vinte sete é a idade da loucura,
sobrevivendo tentado evoluir,
mas ao mesmo tempo, sem saber pra onde ir!
Resgatando a dignidade,
que parece que deixou saudade,
um futuro cheio de incertezas,
acreditando faltar alguma coisa na mesa.
Vem aquele aperto, vai faltando ar,
será que é agora, posso falar?
A única certeza é que vou partir,
mesmo não sabendo pra onde ir.
ME REINVENTANDO
Não imaginei que sentiria tanta dor,
muito menos que seria tanto amor;
cultivei um passado que continuo revivendo,
sem saber até quando continuarei remoendo.
Mudando a rotina, vou me reinventando,
e da cena vou me retirando,
me levando pra outro mundo essa situação,
mostrando que a vida não era só perfeição.
Vivo procurando um novo sentido,
seria bem mais fácil, se o coração tivesse me ouvido;
A cabeça segue inconsciente,
tentando rebater o bobo inconveniente.
Basta, amanhã começo de novo!
Me esquecendo que o bobo não é novo;
Achei que tudo seria restaurado um dia,
Mas por enquanto, não encontrei essa funilaria!
SEGUNDA EDIÇÃO
Acordando sem brilho talvez,
venho sonhando iluminar-me de vez,
deixando para trás o escurecer,
e contemplando o sútil do amanhecer!
Vou forçando mudar a página,
que já está perpetuada na minha rotina.
Exigindo de mim o amadurecer,
e não o querer te esquecer!
Quase sem forças para relutar,
vou teimando e tentando me amar,
na esperança do amor chamar,
e apagar o escrito que me veio a deixar.
Nesse livro não tem final feliz,
isso é o que o coração diz.
As vezes quem sabe uma segunda edição,
Para confortar esse nobre coração.
NO DESCOMPASSO
No descompasso!
A mente, menti,
o coração sente,
implorando um abraço!
As vezes clama,
não faz drama,
até ignora,
no fundo chora!
Um corte profundo,
dilacerando o mundo,
que grita de dor,
será que é amor?
Muda tudo,
muda todos,
sem rebeldia,
amanhã outro dia!
MANIPULANDO
Porque não questionar?
O que a mídia insiste em empurrar,
As vezes mudando o foco,
Que leva a distorção e ilusão!
Nem sempre representa,
A sociedade que finge, mas não contenta,
Que parece, mas não aguenta,
Querendo a revolução.
Despida de toda atenção,
Daqueles que quer ter razão,
Que espera e se nutrem,
Como se fossem um abutre.
Lambuzada de injustiça,
Vem saboreando a carniça,
Desprezada pela sociedade,
Que procura um pouco de dignidade!
IRA
Estranho talvez seja,
quem mesmo esbraveja,
voltará atrás um dia, quem sabe?
Só assim voltará a ter alegria.
Querendo sempre quis,
apenas não esmorece.
Que tão duro seja, que a crueldade,
esteja a acima da humildade.
Talvez siga reluzente, ou imortal,
doce ilusão, não passará por cima do coração, que rodeia, mas segue apertado sem piedade.
Querendo escapar da maldade, que nem sempre foi.
Seguindo em frente, cabeça erguida, mas o coração aos pedaços.
Juntando os pedaços, que no dia
Imperfeito,
ficou deste jeito, aguardando o perdão.
Dos que acham ter razão,
sem nem mesmo saber tantos motivos, que
levaram a ira da criatura.
ASSIM SEGUIMOS MORRENDO
A vida continua a ensinar,
da forma mais dura e cruel,
mostrando de que nada vale o papel,
hoje acordei com vontade morrer.
Agora não adianta correr,
morrendo várias vezes antes de morrer,
seguimos sem rumo e abatidos,
hoje acordei com vontade morrer.
Não consigo respirar!
De novo o mundo veio a parar,
sabendo que logo volta a andar,
hoje acordei com vontade morrer.
Mãe ele não viu que eu estava de uniforme?
Os bons seguem com fome,
a espera de alguém socorrer,
hoje acordei com vontade morrer
VOLTA AO PARAÍSO
Ansiedade aperta sem fim,
parece querer sucumbir,
rasgando, doendo só eu sei,
o lugar que um dia eu amei.
Não aguento mais essa angústia,
que um dia espero acabar.
Sofro e sigo querendo correr,
para onde nem sempre sei.
Só quero sem dúvida,
o que a mente insiste em buscar,
mas na verdade querendo ficar,
na casa que acredito ser minha.
Nem sempre o tempo anda,
tem horas parece parar,
aguardando apenas um toque,
que a eternidade insiste em adiar.
Continuo respeitando o tempo,
mesmo me deixando angustiado,
cobrando uma atitude radical,
que continua no tempo normal.
SOBVOANDO
Uma atitude pode destruir a maior das virtudes.
Eternamente egoísta serei,
por aceitar as condições que a vida me impôs,
independente do rumo que seguirei!
Sabendo o que o coração precisa,
torna-se pequeno para tanto sentimento.
Rodando em círculos,
esperando eu sei o que.
Um dia se arrependerá,
a vida se encarregará de lembrar,
que poderia ser maior que a razão,
se tivesse ouvido o coração!
Nada fará o tempo parar,
um dia tentará amenizar,
sem forças para corrigir,
o que o mundo me colocou a sorrir!
CHEIRO DE FLOR
Nada mais que a cor, porque causa tanta dor.
Se um jardim colorido fosse,
o mundo teria cheiro de flor,
e no coração muito mais amor.
Batendo forte e vigoroso,
ofuscaria o mais preconceituoso;
Libertando o escrito no papel,
que continua preso não apenas na memória,
mas vêm se arrastando na história.
Deturbada pela demagogia,
vem sucumbindo a falsa democracia.
Açoitada pela corrupção,
a desassistida sem opção!
Com os olhos cheio de esperança,
chorando como uma criança,
que ainda acredita no Pai,
aguardando que um dia vai.
Até quando?
Ficar me lembrando!
Se quero esquecer,
sem mais nada a temer.
Senti que passou, coração cicatrizou, me deixe seguir, já sei pra onde ir.
No meu porto cheguei, até aqui eu nadei, quero desfrutar da calmaria, que achava não chegar um dia.
Sinto o cheio do mar, me convidando a amar, invadido pela imensidão azul,
Me afagando com seu corpo nu.
SEGUNDO ANJO
O segundo anjo partiu,
mas nem mesmo asas surgiu.
Agonizando, aperto no peito,
não sei se lhe cobro respeito.
O tempo parece parar,
pra nada consigo mudar.
Eu vendo o relógio andar,
sem efeito tento me recompor.
Que vontade voltar no tempo,
que não controlava,
mas sempre soprava a favor,
hoje só me deixa o temor.
Que mesmo sabendo passar,
temendo sigo sem uma palha mover.
Mais tarde voltará ainda mais forte,
o terceiro anjo voará, deixando a pior das dores,
sabendo ser a última, sei lá a mais querida,
para tanto a mais dolorida.
Quem sabe um dia vai embora, e volta bater em outra hora, assim vou voltando a respirar, mas nesse momento estou ficando sem ar...