Coleção pessoal de xFraise
[...]E tudo que se seguiu ao primeiro passo foi apenas emprestado a nós enquanto partíamos em nossa busca. Somos seres espirutuais, vivendo em corpos emprestados, levando vidas emprestadas. A cada vez que deixamos cair um pedaço de nossa identidade fabricada, emprestada, enxergamos mais de nosso ser verdadeiro. É isso que permanece quando perdemos ou descartamos todo resto.
Seja como os pássaros que, ao pousarem um instante sobre ramos muito leves, sentem-nos ceder, mas cantam! Eles sabem que possuem asas.
É rápido como uma sombra, curto com um sonho
Breve como um relâmpago na noite fria
Que com melancolia revela tanto o céu quanto a terra
E antes que o homem consiga dizer "Veja!"
Os dentes da noite o devoram.
E assim, depressa, tudo o que é luminoso
Desaparece em meio à perplexidade
Saudades
Saudades! Sim... Talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bem pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar. Mais a saudade andasse presa a mim!
Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.
A minha consciência tem milhares de vozes, / E cada voz traz-me milhares de histórias, / E de cada história sou o vilão condenado.
Considero o mundo por aquilo que ele é, Graciano: / Um palco em que cada um deve recitar um papel, / e o meu é um papel triste.
As palavras são como os patifes desde o momento em que as promessas os desonraram. Elas tornaram-se de tal maneira impostoras que me repugna servir-me delas para provar que tenho razão.
Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada.
Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).
Choose life.
Choose a job.
Choose a career.
Choose a family.
Choose your friends.
Choose your future.
Choose life.
But why would I want to do a thing like that?
I chose no to choose life..
I chose something else.
And the reasons?
There are no reasons.
"Diz que me odeia,
que gostaria de me machucar.
Que se apaixonou por uma outra mulher.
Mas não diga que está me esquecendo."