Coleção pessoal de woolov
Sou tão feliz ao entristecer de um dia escuro
Tão solitário nessa sala cheia de mórbida alegria
Tão quente sob o sol de uma nevasca
Não te proíbo de ver dois de mim
te proíbo de negar um de nós
E a ti sou ninguém... em duplicidade vivo
em dupla cidade vivo..
em dupla saudade morro...
Escorre pelas as mãos a veia aberta
corre o sangue solto suplico ao sentimento
Socorre ao meu pedido areia certa
e pare de viver em pensamento
O vento leva ao entardecer
o que de dia fez-se tanto
do muito ao pouco, do pouco a muito...
toca o chão o meu alento
Um novo dia... bastou um sorriso...
De suas mãos mais uma vez, sou seu rebento.
Amor de Coruja é assim
Nunca adormece, só fechas os olhos pra pensar
Abre asas, vigia, conforta cada desatino
Em leves penas o julgamento
Culpado eu por gostar tanto de ti feito um menino
Levaria-te para jantar se os talheres não estivessem fofocando
Levaria-te para o parque se os balões não se enchessem de intrigas
Levaria-te ao museu, se de velhos os quadros não se entreolhassem em desconfiança
Levaria-te ao cinema se protagonista eu fosse...
Todos os dias te levo a mim, e sussurro em segredo, que amo-te pra mais ninguem saber...