Coleção pessoal de wesleygiovanny
Dentro de mim
No silêncio letal que me persiste;
Há um mar de quietude;
Meus vagares são plenitude;
É a fuga só d’um homem triste;
Por vezes, chego a ser rude;
Quando interrompido ou indagado;
meus pensamentos, não pergunteis;
São abstratos, só em mim existem.
Minh’alma se divide em paz e disputa;
Mas, em meu silêncio, alguém me escuta;
Não se cansa de ouvir, nem de mim desiste.
Em fiel atenção interior;
É onde despejo a minha dor;
Na certeza que não seja propagada.
É paciente, nem se quer reluta ou indaga;
Minhas angústias ou estórias de amor.
Afinal, quem sou eu, quando me escuta;
Na minha fortaleza interior?
Na magia da juvenilidade
O meu eu perdia-se em teus encantos;
Via teu rosto em cada canto, era a busca incansável de te ver.
buscava-te a todo instante, se era delírio;
não sei! Era bom demais te ver!
No fascínio daquele instante, as mãos tremulam delatavam a emoção, tornando impossível de conter, a voz faltava, era sufocante, era a magia de te ver.
Oportunidade eu nunca tive
Mas disso nunca duvide
Na minha adolescência
O meu maior sonho era você.
Presença imaginada
Não foi um sonho, era presença;
Em delírios senti a tua essência;
Talvez, seja só a minha crença,
Fazendo meus pensamentos de escravo.
Aprisionando-me na inventividade;
portando-me aos devaneios que me conduz;
Inenarrável foi senti-la por um instante;
Mesmo tendo findado ao nascer da luz.
Percorrerei os caminhos da volta;
Desejando-te em meus vagueios constantes;
Atento! Sem perder um só instante.
Me disporei ao silêncio e à renúncia
“Anônimo e abstrato eu voarei “
Em busca do enigma de nós dois.
Desalento
De tristeza minh’alma está completa;
A sentir furadas de espinhos;
Na noite em que me sinto sozinho;
Revendo conversas trocadas com você.
Na impossibilidade de ter, caminhei na contra mão do destino, E agora, eu dissipo meus sentimentos sozinho, escrevendo em folhas;
Pensando em você.
-Wesley Giovanny
Eu vou apagar de mim;
todo esse sentimento inverso;
Na incapacidade de ser vivido;
Guardarei comigo, apenas os versos.
Da menina mais pura que já vi;
O doce encanto que exalas;
Pureza criada pela natureza;
Que fez morada em minh’alma.
O sonho que não passará de encanto;
Onde meu eu perdeu-se em teus encantos;
Sonhando o que não podia viver.
No fascínio do teu ser
Por deveras eu confesso,
tu serás eternamente, o meu mais lindo verso.
A tragédia não é quando um homem morre. A tragédia é o que morre dentro de um homem quando ele está vivo.
Saudade
Toda saudade é bonita;
Inexiste saudade feia;
Em nossos corações ela habita,
faz passagem na mente que vagueia;
Acompanhada de um longo suspiro;
São meus castelos de areia.
Eu gosto de você;
sobre um olhar diferente.
Quando a vi, encontrei pureza de
tamanha limpidez, de pronto;
Tive a certeza: foi a natureza que te fez!
Uma menina que transpira amor.
leve, delicada, feito o tocar do
vento numa flor.
Olhar que reluz vida;
Uma voz doce, feito o néctar que alimenta o beija-flor.
És flor desconhecida. Flor que brota amor. Privilégio tê-la em um jardim;
Quem dera brotasses em meu canteiro.
Teria eu; plenitude sem fim.
uma flor pra chamar de amor;
E, que brotasse só pra mim...
As folhas em branco
Preenchem o vazio persistente
Em habitar o meu ser;
Vazio deixado por você;
Quase impossível preencher;
Uma falta que sufoca;
Na esperança da sua volta;
Rabisco folhas, contando histórias;
Vívidas com você.
No fascínio do teu ser;
Meu eu se perde em teus encantos;
Revejo teu rosto em cada canto;
Meu coração despedaçado, cai em pranto;
Revivendo memórias contracenadas com você.
Escrever sobre nós dois, é a forma diferente de te ter: sem nada exigir, sem nada de te ter, basta apenas uma folha, em segundos, sem perceber, ao meu lado está você.
Seja gente boa, seja amigo de alguém;
semeie coisas boas, faça sempre o bem;
pois, mais na frente, o tempo cobra, e não perdoa um vintém.
Não se feche para boas lembranças;
com medo de chorar por saudade.
chorar faz bem! Alivia a alma e faz lembrar de alguém.
A saudade é um sentimento que permeia.
não há construção que resista à sua infiltração;
pois, não há proteção para contê-la;
deixe-a entrar.
Permita-se reviver o que um dia foi bom e, o que hoje, faz-te sofrer...
Onde foi parar?
Tenho medo do amanhã, quando o tempo passar;
E, junto com ele, o amor levar.
No lugar do calafrio, a dor tomando conta do seu lugar…
Medo do fim da afinidade, de perder as vontades;
Do frio da barriga passar, do sabor do seu beijo cessar;
Procurar-te nos meus desejos e, não te encontrar.
Porquê, às vezes, tudo se parece distante;
O nosso amor relatado, apenas, por fotos, ocupando a nossa estante.
A magia que se perdeu com o passar do tempo;
No meu peito um descontento, nos meus pensamentos, só há nós dois, a todo o momento.
Se amanhã, tudo isso vier a acontecer, fico a perguntar-me:
O que será de mim, sem esse amor para preencher o vazio que irá se instalar?
Na utopia do dos meus sonhos, o fanatismo falando o seu nome:
Onde você estar?
Nostalgia
Na manhã que acordo sem o teu beijo;
é levantar-se, sem o bom dia que mais desejo.
Cama vazia, lençóis amarrotados...
A tua roupa de dormir deixada ali ao lado...
Acordar e não te ver, bate-me um desespero.
É um dia sem cor, é o amanhecer de um céu apagado.
Os lençóis exalam o teu cheio;
Vestígios que estivesse no nosso ninho.
Os fios dos teus cabelos traçando o caminho sobre sala;
A tolha molhada, a porta entre aberta;
O teu perfume acompanhando o descer da escada.
No quarto ao lado o nosso fruto ainda dormindo;
Me faz lembrar que fostes trabalhar e que logo mais irei reencontrá-la.
Tê-la nos meus braços e dizer: É impossível viver você...
Flor de mandacaru 🌵
Há quem pense que seja só espinho, que não tem cheiro nem sabor;
Que é arbusto seco que nasce sozinho;
que não dá flores e não muda de cor;
Não precisa de cuidados nem de carinho;
germina até nos telhados da casas, semente levada pelo vento ou passarinho.
Por essa condução, um certo dia,
um passarinho pousou em minha mão
Deixando uma semente;
o vento bateu e caiu no chão;
dias após, germina uma flor,
A flor mais linda do sertão.
Cresceu rapidamente.
Brotou os primeiros espinhos;
chegando a furar-me.
Não por ser rígida, era apenas o jeito em que eu conduzia às minhas mão.
Ao compreendê-la, pude trocá-la;
os seus espinhos se tornaram macios;
feito plumas de algodão.
Aparentava ser seca por fora, mas, a sua fibra era tão suculenta que quando apertei, escorreu água em minhas mãos.
Água captada por suas raízes, fixadas no lençol freático chamado coração.
(Linda flor, simbolismo do sertão).
O vento que batia em seu caule e passava entre os espinhos formavam um lindo som para os meus ouvidos, dando-me a certeza de que ninguém nasceu pra viver sozinho, no sertão da solidão.
Ela me mostrou que até os mais duros espinhos possuem vida e que em todo o ser existe amor;
basta apenas encontrá-lo e rega-lo;
E, logo verás o nascer de uma flor.
O que seria do sertão, sem essa flor que nasce em solo tão árido e colore o mato seco?
Simbolismo do sertão, linda flor que nasce quando vem chegando a chuva;
Dando esperanças ao sertanejo;
Uma obra prima tão linda quanto a sua existência, é assim que a vejo.
Amor de fevereiro
Não me venhas incompleta
Igual o mês de fevereiro
Não me doou por metade.
Só me entrego por inteiro.
Desejo que sejas completa,
31 dias, quem sabe,
Feito o mês de janeiro.
Perdoe-me a objetividade, mas,
Não me contento com metades
. Sou completo de verdades.
Não me apego a vaidades.
Nem me importo com apetrechos;
Com o rímel ao contorno do olhar;
A maquiagem pode sair, se acabar…
Prefiro o natural, esse é impossível de acabar…
A beleza truísta do teu olhar:
A tua voz ao acordar…
Só espero reciprocidade!
Se amo em ti cada detalhe;
Como posso permitir-me, viver sem te tocar?
O teu amor fascina-me, sobrevivo do teu ar!
Não posso tê-la ao meu lado por metade;
Sabendo que a outra parte, não te permite estar… (o coração)
Se realmente me amas
Sejamos amores a qualquer preço;
Sejamos amores em qualquer lugar;
Sejamos amores todos os dias;
Sejamos amores completamente, não por um terço.
Sejamos sempre amor, pois, o melhor da vida é amar…
Wesley Giovanny
Na utopia da vida;
Resolvi vivê-la com você.
Apesar do somatório das angústias;
Que por vezes fizeram-me sofrer;
Persisti na ideia de que a minha vida:
Só teria sentido, se fosse vivida com você.
Fanatismo ou ilusão? Não sei!
Apenas, atendi os desejos do meu coração.
Houve algo que me fez sobreviver;
Todos esses instantes, enquanto;
Eu vivi analisando a amargura:
Que seu usufruía de mim!
Seria apenas momentos para você.
Mas, em mim, isso possui-me;
Como o ar, que eu necessito, a cada instante!
Sei que por você, não posso mais lutar;
Mas, por mim, tentarei sobreviver de lembranças, lágrimas e suspiros.
E, se tudo o que eu te dei, foram, apenas momentos para você;
Só me resta a esperar e morrer aos poucos.
Incertezas
Por muito tempo,
Já não sei, sobre o amor de nós dois.
Sentimentos perdidos ou deixados para depois?
Do ápice à decadência.
Amor ou ilusão?
Não sei mais a dimensão!
Você não dá a devida atenção;
Já não sei mais qual é o vocativo usado para mim, pelo seu coração:
Se é; Amante, amigo ou conhecido. Certeza tenho que não é marido,
Pois, o tempo extinguiu essa função.
O seu pensamento irreversível;
O seu sentimento imutável;
Coloca a nossa união, em situação instável.
Nem um passo à frente, nem um passo atrás.
Já não sei se vivo ou só existo.
Já não sei para que lado fica esse caminho chamado (paz)…