Coleção pessoal de WebertGomes
Me cansar já faz parte da minha rotina. E meu maior cansaço é de mim mesmo. E eu sou tudo. Quando canso-me de mim, canso-me de tudo também.
O estado de relaxamento é quando desprendo-me de todo o meu corpo físico e passo a sentir o mundo - seja qual for - com a alma.
A noite hoje está cansada. Tudo está cansado. Ou no mínimo sou eu que faço reflexo de mim em tudo o que vejo lá fora.
Ris de mim porque acha-me louco. Desculpe-me se falo só. Só não quero perder-me na sanidade de quem ri do que os outros são.
A Filosofia trouxe-me de volta à vida. Estava morto [ou apenas sonolento] e não sabia. Acordar foi o ponto de partida para o progresso. Mas não posso dizer que não aprendi com os sonhos que tive, enquanto sonolento. Até agradeço-os. Foram os pesadelos que me acordaram. No entanto, dormir um pouco, às vezes, também é preciso. Ou não há força que dê conta deste mundo.
É preciso não ter amor a nada. Porque tudo quanto se ama, morre. E não se morre junto. Continua-se amando.
Pelo aporte do que já escrevi, mais esperam que eu escreva algo maior. Eu que nunca esrevi algo de tão pequeno senão palavras.
O contexto de vida contrói nossos conceitos. Eu tenho um, você tem outro. No fim, somos iguais de maneiras diferentes.
Palavrões não são necessariamente ruins. São apenas palavras. Mais uma entre tantas que temos a nosso favor para declararmo-nos. Uma declaração por vezes menos falsa, porque diz o que há em oculto no coração. Então, quando eu disser um palavrão, não torna-me-ei menos gente. Tornar-me-ei, porém, mais humano, expressando o que vem da alma com palavras do coração. A diferença é que não tem tanta razão. Há, em contraste e em grande dose, emoção. Palavrinhas, em contrapartida, não passam às vezes de subterfúgios de diálogos.
O amor pode ser comparado a uma singela fruta, que nasce apenas na árvore cuja estrutura é capaz de gerá-la.