Coleção pessoal de wcosta1950

Encontrados 12 pensamentos na coleção de wcosta1950

Cara Dura

Essa cara dura está com jeito de pedra
Escorregadia você
Passe a mão na cabeça e espante os maus pensamentos
Que na certa vem pancada por ai
Faz tempo que não a vejo assim
Espantada comigo
Sempre que quis abrigo me chamou
Também sou de vidro às vezes,
O papel se inverteu,
Pouco tem quem muito abusou
Quer pimenta, mas não quer o ardor
Lasca fora que hoje a comida é pouca
A farinha de pirão azedou
Faz tempo que não a vejo aqui precisada
O meu peito está curto para acolher
Hoje fechei mais cedo para balanço
O caixa zerou,
Mas passe outro dia, quem sabe não faço promoção de carinho,
Liquidação de amor

Breque no freio

A topada doeu
Arrancou o pedaço, sei que também sente essa dor
A descrição faz o sangue correr mais acelerado,
Sentir a aflição de olhar a ferida exposta
Ontem não tive resposta,
Com doeu essa dor
Não expus a ferida aberta
Não quero olhos que desconheçam o ardor de sentir um pedaço deslocado de si
Não enguiçou o sangue do peito porque me mantive fechado
Reduzi as pulsações para me manter hibernado
Hoje na minha cidade é feriado
Vamos comemorar com um chope gelado
Faz de conta que nada aconteceu
Se as bandeiras não foram desfraldadas foi porque o vento não veio
Não foi porque se partiu o andor que o santo quebrou
Não é porque o sinal não abriu que o carro andou
Dá um breque nos freios
Amanhã o dia será diferente
Não é porque se despedaçou um sentimento que morreu o amor

Bocejo


O rosto lotado de caras
O tapa passou perto
Seus olhos fitos nas mãos aberta,
Sorriu
Estranha apatia para quem sabe ferir
Boceja nas bocas que beija
Boca na boca nem sabe que beija
O tempo não corre se eu não corro
Ainda escorre nos vão dos teus seios os desejos anormais
Sempre observo quando passas na minha rua
Não há sinal de que me notas
Fecho a porta
E a vida segue integra
Quem eu fui na tua vida
Afinal?

Atormentados


Hoje nada sei sobre o tempo
Ele não me consome
Nem me pressiona
As minhas inspirações são frutos dessa inconsciência
Ardilosa mania de se sentir sem vida
Desta porta assim vigio,
Não dou entradas às emoções,
Dos castelos arruinados do amor,
A putrefação exala seus males
Grito das torres altas
Gralhas, carpideiras aves
Irritantes gemidos dos desfeitos casais,
Bocas e olhos pintados,
Ritos risos buscando argumentos,
Cada qual teve seu tempo, seu momento
Eu de mim assisto impassível seus tormentos
Nada me dizem agora,
Afora o tempo que insiste em bater a minha porta
Lá fora não existe mais
Novidade alguma

Amigos

Trato é trato,
Sem argumento para mudanças,
Eram amigos somente
Mas era tempo de amar
Vendavais revolveram os elementos
Os atormentados redemoinhos fustigaram as regras

Os sentimentos chicoteiam agora a janela e ela olha pela vidraça
Fecha as cortinas e senta de costas para a vida
Deixa a dor açoitá-la

Neves podem chegar
Faz um friozinho gostoso
Ela vai para debaixo das cobertas
E se esquenta nas doces lembranças que ele lhe traz

A partir de você

Rabisco o chão,
A terra tem a cor de sua história
Cada grão tem sua uma vivência
Cada salpico foi atormentado, ou tranqüilo,
O veneno não tomado,
Tem o sabor mais ameno
Corroeu o mal em si
Não fez mal a ninguém
Em minhas veias correm o bem e o mal,
O remédio e a toxina fatal
Corre em mim uma história
Não me apercebo os riscos,
E rabisco o chão
Ainda me chama atenção
O corpo é o exercício da dor e da memória,
Está sendo escrito neste instante o que eu sinto,
Se de amor me enveneno só há um antídoto, a saber,
Vem sentir na real o que eu digo,
Vem para embaralhar nossos escritos,
Vem fazer uma nova historia comigo

Wilson Costa
22/11/11

A noite não anoitece pelos meus olhos
Às vezes sim pela minha alma,
Abismada sem entender o anoitecer
Sem saber definir a partida
Alma minha que ingênua e desvairada
Não compreende a minha lida
Para escapar amor das tuas queridas mãos

Receba de mim, mais mais um pouquinho do meu amor ..não todo... não que ele gaste, não gasta porque ele é eterno, mas porque sei se a dose pode ser forte demais

Seu moço, senhor farmacêutico, eu quero um remédio para saudade
Mas dói onde senhora?
Não sei explicar, não dói em lugar nenhum, mas dói em todos os lugares,
Pode ser mais especifica?
Tenho um estoque de saudades moço, saudades frágeis, saudades tensas,
Intensas e saudade forte
Têm densas, voláteis, umas que chegam do nada, devem ser saudades de antes, de vidas passadas,
E as que não chegam e nem partem, apenas estão
Posso lhe dar um analgésico, uma injeção?
Obrigado seu moço, vou embora
O senhor pode ser bom de curar dor de barriga,
Congestão nasal, mal de piriri, insolação,

Vem minutar nos papeis branco da minha vida
Vem rabiscar, desformatar minhas certezas,
Vem bagunçar com quaisquer letras,
Vem poetizar, Vem grafitar,
Vem de amor em punho
Nem precisa palavras
Nem precisa rascunhos,



Wilson costa

Se havia uma certeza, sobre o amor, esta..
Foi atropelada pelo caos da cidade,
Nada que a alguém afetasse,
A não ser ao meu coração
Um indigente atropelado na avenida
Mas a verdade ainda rola no asfalto o sangue de quem ama também

Do amor mesmo... só ficou o poema...
Engavetado no necrotério da vida

Wilson Costa Wilson

O som batia na vidraça sem dizer nada,
Os olhos não sabiam a quem olhar,
Não sabiam a cor do dia,
Só tinha a noite para olhar,
Do quarto um apelo as estrelas
Um pedido de amor a si mesma...

Wilson Costa Wilson