Coleção pessoal de virgiliosoares

⁠Porque é que o medo me persegue?
É como a morte, persegue-me por todo o lado. Mas não tenho medo de morrer. Isso não (…) tenho medo da solidão (…) da solidão também não. Mas, afinal do que tens medo? Tenho medo que os gatos não voltem dos seus passeios pelos telhados.

⁠ Continuo a minha jornada, envolta em resignação e revolta, sei que as aparências podem enganar, mas a verdade reside além do que os olhos podem ver

⁠Sei que a minha verdadeira essência não pode ser capturada por meras observações superficiais. A minha alma é um labirinto de mistérios, e apenas aqueles que um dia se atreveram a mergulhar nas profundezas da minha existência podem desvendar os enigmas que guardo tão cuidadosamente

⁠Carrego comigo histórias por contar, marcas invisíveis que só o coração pode compreender

⁠Sou e serei sempre uma mulher de mistérios, envolta em véus de silêncio ou de gritos indecifráveis

⁠Morre sempre um pedaço de nós quando nos deixamos moldar só para agradar aos outros

⁠Não sei que importância devo dar ao pó.
Que importância se deve dar às memórias que fogem e se transformam em pó?
Julgo que nenhuma.
Mas por que deixo que me martirize a ideia de as sentir fugir para longe da vista? Talvez porque a memória é tudo o que me resta.

⁠“Transporto nas mãos abertas
Uma ânsia fria
Nas pontas dos dedos
um vazio pardacento
e mesmo assim acredito.”

⁠“Deixa-te guiar pelo sol
e verás que tudo é passageiro.
Que a noite espreita atrevida
OU que a lua sabe do seu próprio brilho.”

⁠A dúvida!... Só a dúvida tem o poder de infligir
chibatadas aos mais crédulos. Se não fosse por ela, o
abismo que separa a utopia da realidade seria menor.

⁠Porque nos dobramos tantas vezes perante a
realidade que nos rodeia? (Pergunta mesquinha na
solidão rodeada de gente.)

⁠“Uma criança sonhou…
Que o seu sonho mudaria o impossível…
Quando se tornou mulher, descobriu que
sonhar nem sempre faz parte da vida.”

⁠A loucura, essa sombra que atinge a humanidade.
Para quê pensar nela se ela existe? Quando existe e se
existe, é porque temos medo.

Quando as palavras se sobrepõem aos sonhos a poesia morre.

Nada mais simplório que um "eu te amo" levado ao limite na banalização do verbo amar.
Por isso, ame por inteiro e sem alarido e verá nascer borboletas nos olhos dos que ama.

Não queiras o impossível... limita-te ao que cada um te pode dar para que não te exijam; aquilo que não és.

Pode fugir tudo por entre os dedos, menos o conhecimento e a capacidade de ainda sonhar.

Humildade é saber aceitar o fracasso com um sorriso e o topo sem exibicionismo.
Olhar os outros sem esquecer que cada um é ímpar e cada qual é o resultado de si mesmo.
Levantar as defesas perante o imbecil e saber que é hora de as baixar perante o sábio.
Ser humilde acarreta a humanidade de cada um, a gentileza e a temperança.

Nunca estamos preparados para enfrentar as feras que criámos.
Sejam as da nossa cabeça ou as da sociedade, actual.

Não quero este tempo, sem lei nem roque, estou a mais num espaço descabido e frio. Busco mas sei que me escapa o norte…
Talvez porque a incerteza tomou conta do rio
e a vida já não vale por si só. Amor será fake,
num amanhã desprovido, pelintra e vazio!