Coleção pessoal de Verifarias
Dolorosa é a sensação que sentimos quando nos decepcionamos, mas pior ainda deve ser a decepção de Deus diante de atos tão egoístas como os de esperar que a vida do outro seja a razão da sua felicidade, se nem ao menos é capaz de construir as bases da própria felicidade.
Vivemos em falsa liberdade. Os corpos podem ir e vir, mas a mente está aprisionada nas emoções mais miseráveis.
Só se ama o que se conhece? Não sei se é uma verdade ou inverdade... Depois que realmente conhecemos, fica mais difícil de amar...Qual o segredo do amor?
Tenho a capacidade de atrair atenção com meu discurso. De atrair atenção com a minha voz.
Tenho a habilidade de mudar conceitos, vender ideias, despertar sonhos e paixões, transformar convicções.
Mas, eu tenho a mesma capacidade de esquecer tudo àquilo que disse, e de não aplicar nada daquilo para mim mesma!
Pouco importa...
Se eu fiz bem a alguém e se meu discurso serviu, o resto é balela!
Tudo que falo faz sentido para complexidade alheia - mas – no dia seguinte, não sei se tudo que eu disse fará sentido para quem ouviu, ou para mim mesma.
Detesto o silêncio, até mesmo para dormir;
Detesto a escuridão, até mesmo para dormir;
Eles me fazem pensar na morte!
Eu amo esta viva, às vezes!
Meu filho!
Meu maior sonho é inventar uma palavra que traduza o que sinto por ti. Amor, é pouco para descrever e representar meus sentimentos.
Enquanto não acho essa palavra, fica com um 'eu te amo' Augusto Farias.
Quando não sei o que responder envio-lhe a letra de uma música!
Alguém já pensou na resposta por mim!
Gosto de gente!
Principalmente, de gente que sofre, que tem desilusões, que tem dores por amores, que tem historias de amores mal resolvidos, que tem lágrimas nos olhos...
Gosto de gente que se atreve aos dissabores da vida... A vida não é feita de utopia, como se deseja!
Ela é feita de gente que tem esperança, que tem sonhos, que tem desejos, e que mesmo com uma bagagem cheia de lamentações, acredita que viverá um novo sonho, um novo amor, uma nova historia...
Mas eu sou apaixonada por gente que larga tudo para viver um sonho novo, um novo amor, uma nova historia, mesmo que as últimas nem tenham se concretizados, ainda!
Isso é gente de verdade, que arrisca... Arrisca tudo de novo! Não fica presa... E, entende que a vida muda, e que mudar é preciso, senão, a gente deixa de ser gente...
Caminhando pelo Vidigal, vejo alguns homens em alguns bares, isso às 15h, estão eles conversando, bebendo, fumando, ouvindo música... São tão tranquilos!
Será que eles são ‘vadios’ ou ‘bem sucedidos’? Tudo vai da expectativa, na minha percepção. Não me cabe julgá-los.
Até porque sei que neles permeiam as mesmas dúvidas sobre felicidade, sucesso e futuro que em mim.
Ver essa cena causa certa inveja... São tranquilos!
Percebo que eles têm a consciência de que a preocupação não lhes garantirá nada, nem felicidade, nem sucesso, nem de um futuro melhor...
E de quebra, vejo que há um fator em especial... Seguramente, terão uma capacidade melhor do que a minha para reconhecer a felicidade, pois eles estão a sua espera, mas, se ela não chegar... Pelo visto, tudo bem! Ficarão com a vida simples, e os pequenos prazeres.
Pois, eles ainda terão o bar, a bebida, os cigarros, a música, e pelas fisionomias, isso lhes dá um gostinho da felicidade...
Quando vejo essas pessoas bem sucedidas, paro, penso e me pergunto:
- Porque não sou assim? Tenho oportunidades, potencial, talentos e muita capacidade!
Segundos depois me deparo com outra pergunta:
- E eu seria mais feliz assim? É isso que quero para mim?
Não gosto da vida engessada! Não sou convencional! E, não sei se o mundo seria melhor se todos fossem iguais...
Consigo fazer dos sonhos uma paixão, e das paixões um sonho, e também consigo viver sem fazer nada pelos sonhos, tão pouco pelas paixões.
Isso é um problema? Não! Problema seria se eu me tornasse frustrada por isso. Me aceito, porque ainda assim, a vida me surpreende!
Hiperativa, desatenta, complexa, eufórica, melancólica, saudosista, passional, desiludida, imaginativa.
Nada disso fica bem em meu currículo, mas fica tão bem em mim, e ponto final.
Acordo com a cabeça cheia de pensamentos vazios! E, isso me alegra!
Cansei se tentar, exaustivamente, acordar com todas as respostas... Fico com as perguntas que me movem, e por vezes, me deixam parada.
Não tenho mais a pretensão de tomar as rédias da vida, só desejo viver...
Quero conduzir as ideias que Deus me conceder e confiar no plano que ele tem para mim. Isso faz muito mais sentido.
Espanta-me a capacidade que tenho de fazer amigos! Espanta-me, minha capacidade de cativar as pessoas com meus pensamentos desordenados, com minhas palavras simples, minhas confusas conclusões, mas que traduzem minha complexidade – talvez muitos se enxerguem nesse caos que sou.
E quem consegue cativar pessoas com conversa em um bar? Qualquer um! Melhor seria perguntar, quem não consegue... Mas, nem todos conseguem preservar a admiração cativada.
O que será que as cativa? Serei eu? A conversa? As palavras? O caos? Creio que não seja nada disso...
Só quem tem coração nos ouvidos, e quem tem ouvido nos coração, como se fossem um único órgão, conseguem essa façanha de me admirar.
Alegra-me encontrar essas pessoas... Não porque as cativos, mas porque me reconheço nelas...