Coleção pessoal de VERACHUEIRI
A vida é uma caminhada para o crescimento! Nascemos, conhecemos a liberdade de ser criança; solidificamos valores e ideais, falamos com sinceridade tudo que pensamos e sentimos na adolescência; lutamos por justiça, igualdade, e enfrentamos tudo pra fazer valer nossos direitos na juventude; sem perceber, nos tornamos adultos, cheios de sonhos, que animados, tentamos concretizar. Os dia vão se passando, e no entardecer da vida, percebemo-nos aprisionados em regras que nos tornam distantes da inocência e liberdade da infãncia; emudecemos diante da hipocrisia dos homens,e percebemos o quanto somos impotentes, diante da disputa disfarçada e escancarada pelo poder entre as pessoas, que nem percebem o quanto são cruéis em julgar e punir, em nome de uma honestidade e justiça que nem de longe conhecem. Caminhamos para a maturidade cada vez mais incrédulos em nossa própria transformação, percorrendo o caminho inverso e sufocando em nós, a confiança nas pessoas. Sentindo que somos ridículos por achar que tudo que aprendemos sobre honestidade, justiça, democracia, amor entre os homens, respeito ao próximo, humildade e amizade, ainda poderia ser ensinado a nossos filhos. Chegamos a velhice sem brilho no olhar. Nosso corpo se curva pelo hábito que, sem perceber, adquirimos por não podermos erguer nossas cabeças. Nosso trabalho, se torna um fardo, por que há muito perdemos o prazer em fazê-lo, já que não tem tanta importãncia. O que aprendemos jamais será esquecido, mas já não conseguimos nos fazer ouvir. Não é fácil aceitar que tudo que construimos, mal dá para o remédio que seria pra curar a dor. E, a única coisa que nos resta é assistir o filme que se repete, com os que lutam honestamente pra sobreviver. Até quando? Até quando Deus se apiedar de nós!
Se Deus criou as pessoas para amar e as coisas para cuidar, por que amamos as coisas e usamos as pessoas?
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música e quem não acha graça de si mesmo.
Sou pessoa de dentro para fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dou pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo, ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil... e choro também!
Crônica do amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. (...)
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referências. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco, você levou-a para conhecer sua mãe e ela foi de blusa transparente. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano-Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário, ele só escuta Egberto Gismonti e Sivuca. Não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama esse cara? Não pergunte pra mim.
Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes do Ettore Scola, dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettuccine al pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem namorado?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó. Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é.