Coleção pessoal de Velto-Mariano
Aprenda a ver os bastidores dos seres humanos, pois aquilo que os seus olhos enxergam é apenas uma representação para o social.
Enxergar é um ato mecânico, qualquer ser humano enxerga, desde que não seja cego, mas ver é com a alma e não é pra qualquer um.
Por isso, use os seus olhos para ver e verá que dificilmente será enganado, dificilmente alguém te dá um calote, dificilmente alguém te trairá e mentirá para você.
É assustador? É!
Mas também é divertido, é invertido e valerá à pena!
Quando passar a ver os bastidores, você vai começar a não querer apertar a mão de certas pessoas.
O mau caráter se afastará de você e os falsos e mau educados, não te cumprimentarão!
Você vai ver que no bastidor, aquele machão era apenas uma flor que ainda não desabrochou.
Que aquela pessoa que berra, que grita, que faz e acontece não passa de uma barata prestes a ser esmagada.
Que aquele pastor não passa de um charlatão.
Você passará a ver também que aquele que se diz teu amigo, nunca foi… e que estava do teu lado apenas por conveniência.
Você começará a ver a vida sob um ângulo mais positivo sem interferências.
Vai ver também que passará a conhecer mais as pessoas, quando elas se afastam de você, pois a proximidade nos torna cegos e a distância é amplificadora.
Aprenda a ver o ser humano, logo o desapego de algumas pessoas será instantâneo!
Quando você vira um poço de contradições, contradizentes e contraditórias é chegada a hora de se recolher na sua insignificância, meditar e repensar em todas as palavras que lançou contra ao seu semelhante, principalmente quando se tem como alvo aqueles que você considera como “amigos”.
Tentar tornar a sua personalidade mais fleugmática é um caminho.
Sabendo que isso é uma missão muito difícil, mas como saber se não tentar?
Se sua decisão é não tentar e continuar na mesmice disseminando a maldade, mesmo sabendo que o único prejudicado (a) é você, é porque você não tem o mínimo de senso comum.
O bom de sermos autênticos é que pessoas covardes e falsas, fogem de você como o diabo foge da cruz. O bom disso tudo é que as verdadeiras pessoas amigas ficam, te telefonam, te mandam mensagens e te procuram para conversar.
Esses dias em conversa descobri que essas pessoas que ficaram, pessoas raizes, verdadeiras e amigas que te olham no olho e te ajudam são ateus, ou seja, não acreditam em Deus.
Olha que interessante, uma pessoa que não acredita em Deus, mas acredita em você. Seria eu um semideus?
Como eu sou livre de preconceitos eu abraço a todos, até os religiosos, por isso na Bíblia diz: “nem todo o que me diz Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus”.
Vejam que a Bíblia é um livro cheio de indiretas para quem anda com ela debaixo do braço, mas eles acham que os versículos não servem para eles também, porque eles são santos e você não!
Gente hipócrita!
Viva a hipocrisia!
Entro num café em Coimbra, a atendente trabalhava e ao mesmo tempo chorava muito, um senhor pede uma cerveja e pergunta: Porque a menina chora tanto? Aquela pergunta foi como escarafunchar uma ferida, pois a mesma chora muito mais ainda.
Como uma fera enjaulada, sai o patrão da cozinha e lhe ordena que limpe o chão enquanto ele sai, pois voltaria dentro de duas horas e quando voltasse se o chão não estivesse limpo ele iria obrigá-la a limpar com a língua, entra em seu carro e arranca em alta velocidade.
Na hora me reportei as senzalas que era uma espécie de habitação ou alojamento dos escravos brasileiros, eram galpões de porte médio ou grande em que os escravos passavam a noite. Muitas vezes, os escravos eram acorrentados dentro das senzalas para evitar as fugas.
Costumavam ser rústicas, abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis. Eram construções muito simples feitas geralmente de madeira e barro e não possuíam divisórias.
Os escravos dormiam no chão duro de terra batida ou sobre a palha. Costuma haver na frente das senzalas um pelourinho...
A atendente aproveita a ausência do patrão e desabafa com o senhor que pediu a cerveja, segundo ela entra no café as 6 horas manhã, faz toda a faxina, as 8 horas abre ao público, ela tem direito de tomar um café o que vier depois disso tem que pagar, mas para economizar seu mísero salário ela não come nada porque tem uma filha que depende dela.
Disse que o patrão é o diabo em pessoa, ela só sai para almoçar as 15:30 horas, retorna às 19 horas e o horário de saída só Deus é quem sabe, mas disse que já chegou a trabalhar 15 horas por dia e todos os dias é humilhada.
Eu na brincadeira disse: “Então você trabalha numa senzala, porém moderna, as correntes para não fugires são as horas que te prendem aqui, as chicotadas são os insultos do seu patrão.
Perguntei: Você vai fugir ou está a espera que seu patrão lhe der a carta de alforria?
Ela refletiu e disse emocionada: Após esta definição vou pensar muito na minha vida e quando voltares cá verás que aqui não estarei mais.