Coleção pessoal de VejaEstrelas

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Ao anoitecer

Adormecem, pois a ardente luz renasce,
Cortes de dores na alma, existe cura?
Com seu brilho, a obscuridade enfraquece,
No entardecer, uma nova marca escura,
Escuridão e o vermelho presente em mim,
Minha essência igual este céu carmim;

Astro que distancia-se a novos minutos,
Sua proteção atrofiando, quebrando,
Escurecendo, faz surgir pesadelos mútuos,
Sangue escorre dos meus olhos, andando,
Seguido com negrume da noite a adentrar,
Não peça permissão, afinal a deixo entrar.

Ouvir

Deitado, a música entrando e mudando,
Uma nova visão do mundo me doando,
Um sentir a cada música, um rachar,
Uma quebradura nesta apatia constante,
As cores voltam a minha alma manchar,
Parando o Vazio que volta a cada instante;

Logo, deixe-me sozinho e deixe-me sentir,
Neste meu quarto há vários sentimentos,
As músicas me independem de mentir,
Elas tornaram-se meus complementos,
Com elas, sinto-me humano, sinto vida,
Eu vejo alegria no negrume da minha vida.

Escapatória?

A dor percorre pela minhas veias,
Modificando o sentir, o meu olhar,
Não fingerei que estou a me importar,
Que sempre percorram, não tenho ideias,
Neste vazio memórias encontram-se,
Onde as dores livremente preparam-se;

Caminhado, um simples virar e eu verei,
Onde tudo começou, infelizmente errei,
Se ao menos conseguisse me perdoar,
Esquecer, mas esta dor sempre irá voltar,
Pois o passado não altera-se, é um fardo,
Que não suporto mais... estou no aguardo.

Doação

Sobre os meus abraços, aperte-se,
Com os meus beijos, alimente-se,
Estou disposto a doar meu amor,
Para seu esplendor sorriso nascer,
Espero que esteja preparada para ver,
O deprimente eu, cure-me desta dor;

Tão profunda em minha alma encontra-se,
Sugando todas as cores, está és absoluta,
Presente em cada hora; mostre-se,
Veja-me e pergunte-me: ainda irá à luta?
E escute-me: sim, está és minha amada,
E o poder contida nela és minha armada.

Confiar

Integrante a relatividade de um sorrir,
Mentindo pra quem diz que nos ama,
Maldita seja essa droga para nossa alma,
Esta habilidosa capacidade de fingir,
O caminho que escolhemos ardendo,
Quando nossa mente está cedendo;

Minha nova maneira de se proteger,
Esconder a fragilidade de como estamos,
As paredes forçando-me a conviver,
E é sorrindo que evitamos,
Não temos vontade para responder,
Perguntas daqueles que fingem entender.

Erro

Considere que todos não irão esquecer,
Diante disto, esta dor deve merecer,
Pois quem magoa quem nos ama?
Culpe-se; mas vejo que está tentando,
Bem, sejamos francos, está fracassando,
Como já te questionaram: Você nos ama?

Amor Atual

Neste mundo, quando no chão estamos,
Qualquer palavra de conforto servirá,
Criamos amor pela tentação, matamos,
Destruímos aquilo que não nos ajudará,
Julgamos seguros, dizemos inocentes,
Quando traímos por amores indecentes.

Em Busca de Conforto

Toques de gelo percorrem minha mente,
Congelando, suplico, cada parte aqueça,
O fervor aumenta, por favor, me esqueça.
Deixe-me esfriar neste mar, você mente,
Diz que me salvará de me despedaçar,
Mas está aqui apenas para caçar;

Não está em busca de amor, não,
O sangue marca suas mãos, então,
Por obséquio desdenhe minha existência,
Mesmo que meu ser, em pura essência,
Esteja arduamente a clamar por seu calor,
Pois neste buraco escuro perdi meu valor.

Adormecer?

Perante as sombras e a quietude,
Quando o Sol se afasta e a Lua surge,
Eu sinto-me completo nesta plenitude,
O silêncio abraça-me e o meu ser abrange,
À medida que todos adormecem, eu acordo,
Esta é minha fraqueza, eu concordo.