Coleção pessoal de vansilva2008
Adoro jogar com as palavras, gosto de sentir o que escrevo, quando escrevo não estou narrando minha vida num diário, não são sentimentos que estou passando, ou mesmo não é meu cotidiano. Adoro ler, os livros me fazem viajar num mundo paralelo, gosto de mostrar um mundo invisível através das palavras, gosto do encontro das letras, do som que elas produzem, simples assim, sou muitas mulheres dentro de um só coração, e todas elas adoram passear pelo imaginário, assim sou eu... ou quem sabe... sou outra...
Quero fraternidade e amor de verdade não importando a intensidade, respeito e companheirismo, doçura, quero ser valorizado pelo que sou e não pelo que tenho, quero alguém que procura me entender, que sonhe junto comigo, que seja minha amiga pra todas as horas, que me ouça, que me ajude nas horas difíceis, uma pessoa que queira compartilhar momentos e memórias, que queira construir comigo uma história de felicidade, uma mulher que saiba valorizar meus sentimentos, que saiba valorizar cada segundo, quero paz e saúde, quero que me ajude com soluções, que goste de estudar e que deixe a ignorância de lado, que avalie e pense nas palavras que diz, que evita tomar decisões no calor das emoções, que seja consciente do que faz, uma pessoa eminente à mim, quero uma arquiteta para planejar o futuro comigo, que valorize o tempo, que valorize Deus, não importa a forma como o vê,que tenha fé em si própria, que saiba plantar e colher sentimentos,que durma abraçada e aconchegada comigo e que logo pela manhã conte seus sonhos...
Não sou boa de tristeza, não sei o que fazer com ela. Ela chega, me abraça, me beija e enfia sua língua métrica garganta abaixo e eu sufoco, embrulho, claudico. As paredes do mundo esmaecem dois tons, os ruídos triplicam de decibéis, as esperanças encolhem ao tamanho das pulgas, os cansaços se expandem com barrigas imensas. Talvez um porre ajudasse a distencionar o peito, pusesse lá um aquecedor qualquer, mas não sei sentar e beber pra afogar mágoas. Álcool, pelo menos pra mim, é ritual de felicidade. Falar da tristeza também não serve, me faz sentir ridícula. Colocar sobre a mesa aquela coleção miserável de nadas irrelevantes e convencer alguém de que o conjunto constitui um grande drama é imbecil e cansativo. Desisto invariavelmente antes de começar. Chorar e chorar e chorar só acrescenta à tristeza uma tremenda dor de cabeça, olhos inchados e nariz deformado. Tenho que esperar passar. Mas pior que de tristeza, eu sou de paciência
Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é.