Coleção pessoal de vandercastru
Um porta lápis cheio de canetas
Que com elas escrevo em preto, azul e vermelho
Linhas de minha vida,
tão prazerosa vida
sem recursos econômicos,
mas com vários motivos para contar
a felicidade de estar vivo.
Willian
Verdade que em tudo que penso,
ando pouco otimista
Devido a tudo de você sorri,
e ao mesmo tudo, fiquei triste
Acreditava anto em nós,
agora não sei o que vai ser.
apenas os dias, meu orgulho,
e feridas que irão dizer.
03/01/2012
Dou o melhor de mim, estudo, leio. Tento seguir todas as regras que o sistema moderno nos intitulou.
PREÇO DO ÁLCOOL (02/03/2014)
Há um mistério no álcool,
um prazer carnal, coletivo, indiscreto
(Mazelas que matam o corpo,
aos poucos, sobem a mente).
Incorreto negar que os prazeres que me proporcionou
foram em vão.
O corpo faz, a cabeça aprende.
O corpo repete, a cabeça sente.
Bebemos as cervejas que nos entregam,
misturamo-as todas substâncias ilícitas.
Tudo é droga, e é disso que me mato.
Se não saio, me prendo.
Se me solto... enlouqueço.
Há consequências brutas.
Tudo tem preço.
Gosto de escrever para que depois eu possa ler, e ver que os sofrimentos todos passam e que os sentimentos sempre se modificam.
Eu, que deixei nos papéis vergonhas do meu ser
Escrevo oque quero, com fantasias e não discrepância.
Critico homens e louvo deuses.
Atrito-me com homens e quero deles.
DOMINGO A NOITE
Sozinho, domingo a noite em casa.
Pego-me pensando na inútil vontade de nos contemplarmos com um outro ser. É tão vazia a conclusão de onde esse perigoso caminho pode nos direcionar.
Se penso que a vida são momentos, corrijo-me; sendo que a vida é planejada para grandes momentos. Sei que é preciso abrir mão dos pequenos para construir os grandes.
Mas para que mais um ser? Geralmente estamos fartos de tantos que nos rodeiam; nem tempo temos para dedicarmos a outro. Mesmo assim, amamos loucamente outros seres.
Essa regra foge ao jogo que desembaraça a vida e faz com que ela fique dançante.
Perdoem-me a confusão que rondam minha cabeça juvenil, sem alguns neurônios.
TRANCADO
Abrigo-me à casa
Tranco-me ao mundo
Sou companheiro da solidão.
Tudo que na rua passa.
Passa em poucos segundos.
Nada para! Salvo eu.
E é tão bom.
Penso ao longe,
ouço um pouco de rádio
(...)danço, canto e como de tudo.
Enriqueço a sós como o tempo.
Perderei mais algumas horas.
Mas é tão bom me trancar aqui.
FUGA (01/01/2013)
Rodeia-me o espanto de poder estar errado.
Entre seus braços, estive certo que era o lugar correto.
Quis-lhe tanto e me devora o medo de te querer
Fujo, por todo motivo,
por todo os cantos.
E sofro.
E te faço sofrer.
a cada sofrimento, um descobrimento e um temor
(...)um peso, uma pedra,
uma peça, uma dor.
Vou-me mais uma vez
espero que o caminho seja farto.
Se miserável, quero apena ser dono de minhas vontades.
Surpreendo-me com o autoconhecimento
Do ponto de vista que me olho me espanto pavorosamente.
Eu sou real: enxergo-me uma carcaça interessante, mas se me encaro, as janelas da alma viram portas.
Desejos contra a solidão
Qual será a simpatia que faça ir embora,
sem despedidas, essa agradável senhora
que muda me tomou pelas mãos e agora me leva.
Só, que ela nunca me responde
Onde vou? Me levas pra onde?
Já pedi a liberdade, e ela muda.
Faltou-me coragem para obriga-lá a me deixar
Não quero dizer Adeus, mas quero que ela se solte
Me livre da tarefa diária de encará-la pelos olhos
Sempre a noite, as vezes com outras tão mudas quanto ela
Quando amanhece, ela quase segue só e arrisca soltar-me
Mas fica, e eu fico também.
As mais sagradas rezas, para que ela parta sozinha
na próxima manhã, deixando só seu cheiro em meus dedos
Por tudo que é sagrado, que ela se vá amanhã
E deixe-me ao léu, também sem destino, porém sem medo.
Não Sabemos
Tudo no inconsciente de cada um
Revela oque é puro e transcende o medo
Temo hoje as coisas banais que existem
Na minha consciência, se tenho ainda consciência alguma.
Abro os braços como Cristo ou como um deus
Mas, não protejo a mim.Não protejo ninguém
Em um fardo leve abrindo gavetas de culpa
Culpando o certo, sem saber oque é errado
Regando quela velha arvore dos frutos de loucura
Na minha inocência, nesse flagrante de ser culpado.
Na realidade, no escuro fundo e sujo de nós mesmos
Não sabemos oque somos, oque queremos e onde iremos.
Rasgo os planos e esqueço os sonhos
Nunca vai mudar ... E o azul continua rodando.
Entre a desgraça, a pobreza e os navios que trazem guerra
Não sou puro, ninguém é puro.
Oque é ser puro?
A esperança miserável que habita esse rebanho de burros
Que escorre, evapora e morre
A cada nova fonte que seca.
A luz quente e amarela
Hoje ainda é nomeada como um bem de todos
Seca o verde e se esconde
Enquanto assiste sermos comidos vivos.
Pensando em você, menos.
Ando fumando bem menos
Vou levando, tô trabalhando
Não ganho muito mais aprendo
Pensando em você, menos.
Tô analisando, tô mudando
Ganho muito e você esta perdendo.
Eu que quis te dar amor eterno
Penso em encontrar alguém
Pra ser, oque seu ser não soube ser.
Eu que fiz as promessas mais sinceras...
Se esta me perdendo, a culpa é sua
Sua culpa, culpada da minha tristeza
Tudo que escrevi me revelando
Pra você, só você, ler e saber
Não! Vai dar em nada, mas escrevo
Pensando em você, menos.
Estou sozinho, triste
Vai dar em nada, mas você tá perdendo.
Meu talento no momento
Talvez seja admirar o vento
E nessa admiração me sento ao lado de uma criatura
E tento desenvolver o contentamento
Em um tempo sem limites
Fazendo do agora
A melhor época que existe.
Talento
Ainda não descobri meu talento
Só sei que amo
Em meio a furacões que devastam o mundo
(...) Amo.
Amo e arranco sorrisos contagiosos á outras vidas
Amo e sorrio
Congelando relógios para viver apenas o momento
Depois... Amo de novo
Como um trem levando um passageiro.
E que seja passageiro,
Mas que eu ame sempre
Que a cada novo amor
Eu tenha o dom de sentir a felicidade nos olhos
Que a cada novo olho, eu me modele
Ate descobrir o qual me faz reflexo
E eu me sinta completo.
Talvez esse dia eu descubra meu talento
Por agora só amo,
E para outras futilidades não há tempo
Meu talento no momento
Talvez seja admirar o vento
E nessa admiração me sento ao lado de uma criatura
E tento desenvolver o contentamento
Em um tempo sem limites
Fazendo do agora
A melhor época que existe.